Craque holandês rompeu se recusou a estampar a marca da Adidas na Copa de 1974. Foto: My ear

Craque holandês rompeu se recusou a estampar a marca da Adidas na Copa de 1974. Foto: My ear

O atacante Neymar voltou a ser o centro de grande polêmica nos últimos dias por conta de seu rompimento com a Nike. Acusado de assedio contra uma funcionária da empresa norte-americana, o camisa 10 da seleção brasileira, que era patrocinado pela marca, teve seu contrato rompido, segundo a companhia, por não colaborar com as investigações – que já foram encerradas e tiveram resultados inconclusivos.

Apesar de rompido com a empresa, Neymar seguirá vestindo a marca em seu dia a dia. Apesar de não ser mais patrocinado pela Nike, o atacante estampará o logotipo dos norte-americanos ao defender a seleção brasileira e o Paris Saint-Germain, que seguem com contrato com a Nike para o fornecimento de material esportivo. O primeiro “encontro” acontece nesta sexta-feira (4), quando o camisa 10 entra em campo com a seleção para enfrentar o Equador, no estádio Beira-Rio, pelas Eliminatórias para a Copa de 2022.

No mundo do futebol, é normal que jogadores vistam camisas fornecidas por marcas que não são suas patrocinadoras. Lionel Messi é patrocinado pela Adidas, mas veste Nike quando defende o Barcelona. Cristiano Ronaldo tem contrato com a Nike, mas estampa a marca da Adidas quando defende a Juventus. São poucos os jogadores que rompem com determinada empresa, chegando ao ponto de tentar esconder uma marca.

Um caso clássico é o do histórico jogador holandês, Johan Cruyff. Em 1974,duante a Copa do Mundo disputada na Alemanha, o camisa 14 da seleção holandesa surpreendeu o mundo não só pelo extraordinário e inovador desempenho da Laranja Mecânica, mas também por se envolver em uma polêmica com a Adidas, então fornecedora de material esportivo da Holanda.

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Na época não era permitido que as empresas estampassem logomarcas nos uniformes uniformes, então a empresa alemã colocou suas tradicionais três listras nas mangas das camisas laranjas e nos calções.

Cruyff tinha contrato com a principal concorrente da Adidas naquele momento, a Puma – que por coincidência é a patrocinadora de Neymar hoje. O eterno camisa 14 se recusou a carregar as “três listras” em seu uniforme.

Principal jogador do time comandado por Rinus Michels, Cruyff achou uma solução simples para o entrave: vestiu o uniforme com apenas duas listras em suas mangas e no calção. E seguiu calçando chuteiras da Puma.

Vestindo seu fardamento com apenas duas listras, o craque holandês comandou a seleção laranja numa campanha histórica. A Holanda chocou o mundo ao apresentar o Futebol Total, conhecido no Brasil como o Carrossel Holandês. Avançou até a grande decisão da Copa – batendo a seleção brasileira, atual campeã do mundo naquele momento e comandada Zagallo. Na decisão, porém, acabou derrotada pela Alemanha, que levantou a taça após fazer 2 a 1 de virada.

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 Cruyff (utilizando duas listras em seu uniforme e chuteira da Puma) e Beckenbauer (utilizando três listras da Adidas e chuteira da marca alemã) no início da decisão entre Holanda e Alemanha. Foto: My ear

 

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