Danilo Lavieri, Marcel Rizzo, Pedro Lopes e Thiago Fernandes
Do UOL, em Belo Horizonte
Os problemas no lado direito do setor defensivo da Argentina na Copa América geraram expectativa sobre a atuação de Everton, que vinha fazendo uma grande competição pela seleção brasileira. O atacante gremista, entretanto, não conseguiu brilhar na vitória do Brasil por 2 a 0 no Mineirão. O plano para parar Lionel Messi acabou dificultando muito a vida do camisa 19.
Como de costume quando veste a camisa da seleção argentina, Messi buscou muito a bola para tentar articular as principais jogadas. Transitou por todo o gramado, mas, principalmente, entre a faixa central e o lado direito do gramado.
Durante a maior parte do confronto, o camisa 10 argentino teve o combate de um meio-campista brasileiro - geralmente Casemiro. Auxiliando o volante, sempre um segundo jogador na sobra, pronto para dobrar a marcação. Essa função recaiu, em vários momentos, sobre o lateral-esquerdo Alex Sandro.
"O Alex Sandro entrou muito bem. Se vocês olharem o mapa de calor e onde ele transita, o Messi é sempre do meio para a ponta direita. E tem um jogador ali com a entrada do Alex Sandro, que dá uma consistência muito grande. Então, teve um componente dele e do Casemiro para perceber um espaço e fazer dobra de marcação", explicou Tite, na entrevista coletiva após a vitória.
Além de auxiliar na missão de parar Messi, Alex Sandro também precisou lidar com a marcação de Sergio Aguero. Com isso, teve suas subidas ao ataque limitadas. Cebolinha ficou sem ter alguém para dialogar. Enquanto isso, Daniel Alves e Gabriel Jesus, em noite inspirada do outro lado e com ajuda de Firmino, lideraram as ações ofensivas.
Os números do site Whoscored mostram que Alex Sandro teve pouco mais da metade dos toques na bola de Dani Alves: 66, contra 111. Com o Brasil tramando os ataques pelo lado direito, Everton tocou na bola apenas 15 vezes, e não conseguiu levar perigo até ser substituído.
A saída no intervalo esfria um pouco a grande fase do atacante gremista, que vinha sendo a sensação brasileira na Copa América. É difícil, entretanto, argumentar contra o fato de que a ação de Tite foi por uma boa causa: conter um dos maiores jogadores da história do futebol.
Com a vitória sobre a Argentina, o Brasil está na final da competição continental. O adversário da partida, que será às 17h de domingo no Maracanã, sairá do jogo de hoje entre Peru e Chile, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.
Foto: Pedro UGARTE / AFP (via UOL)
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