É cada vez mais difícil apontar qualidades no time do Corinthians. Hoje o Timão sofre absurdamente para atacar, e tem sérias dificuldades defensivas.

Em crise financeira e com um elenco extremamente limitado, a equipe do Parque São Jorge vive um ano de reconstrução e, com justiça, o discurso desde o início na direção alvinegra foi de paciência com o treinador.

Com quase três meses a frente do Corinthians, o trabalho do técnico Sylvinho pouco evoluiu. Óbvio que o período é curto e que são muitas as dificuldades encontradas pelo treinador. Mas a equipe dá pouquíssimos sinais de melhora. E isso é preocupante.

Claro que não é hora de demitir Sylvinho e qualquer análise em cima do trabalho tem que levar em consideração todo o contexto em que o treinador e seu elenco estão incluídos. Mas em algum momento o time precisa evoluir.

A questão que fica é: Até quando existirá a paciência com o treinador alvinegro?

Com a chegada dos reforços Renato Augusto e Giuliano, dois excelentes meio-campistas e que tendem a melhorar a equipe corintiana, Sylvinho tem sim a obrigação de fazer o Timão evoluir.

O treinador não parece disposto a modificar o jeito da equipe jogar. Talvez seja um erro, afinal, o melhor momento do Corinthians no ano foi quando o técnico Vagner Mancini estabeleceu o esquema com três zagueiros, que protegeu a zaga, deu solidez ao meio-campo e inclusive impulsionou o desempenho de Luan, que conseguiu se apresentar bem em alguns momentos.

Ao longo dos últimos anos, a equipe corintiana jamais foi vulnerável. A solidez defensiva sempre foi o ponto forte e, mesmo quando o elenco não era dos mais qualificados, tinha uma transição muito bem trabalhada para chegar ao ataque. As duas características não existem hoje. A tendência é que melhor com os reforços. Mas isso precisará ser provado dentro de campo e Sylvinho tem cada vez menos tempo para tirar mais dessa equipe.