Os estaduais começaram, mas peço aos amigos uma reflexão fora das quatro linhas. É possível um clube brasileiro pagar mais de um milhão de reais por mês a uma estrela do seu elenco? Num país em crise, o futebol é realmente um ponto fora da curva. Um mundo paralelo, que tem assombrado as pessoas com cifras surreais como a citada acima.
Para ter Gabigol, ex-atacante do Santos e com contrato com a Inter de Milão, o Flamengo desembolsará cerca de 1,25 milhão por mês para o jogador, que foi artilheiro do último Brasileirão.
Gabigol custará aos cofres rubro-negros cerca de 15 milhões de reais na temporada.
Os números assustam. Apenas um jogador brasileiro valeria tal valor mensal: Neymar, caso a estrela do PSG voltasse a atuar por aqui, caso contrário nenhum outro atleta, brasileiro ou estrangeiro, valeria isso por mês, atuando no deficitário futebol nacional.
O Flamengo é apontado como um dos clubes mais equilibrados do país. Se oferece isso a Gabigol, com certeza tem condição de pagar. Se será saudável ao elenco ter um jogador supervalorizado assim, é uma outra história. Fato é que o futebol atinge valores até então impensados no futebol brasileiro.
Já Rodriguinho, ex-Corinthians e Pyramids, do Egito, retorno ao Brasil para atuar no Cruzeiro num negociação envolvendo 22 milhões de reais.
Ricardo Goulart, novo reforço do Palmeiras, desembarcou no Brasil por empréstimo e também com salário milionário. O atacante custa ao Guangzhou Evergrande, da China, a bagatela de 3 milhões de reais por mês.
Segundo a direção do Palmeiras, o clube arcará apenas com 600 mil reais/mês com o jogador. O restante do valor seguirá a cargo do ex-clube.
Com o perdão do trocadinho, sem dúvida, um negócio da China para o Palmeiras!
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Foto: UOL
