O Corinthians contratou Chicão para a temporada de 2008, quando o clube ia disputar a Série B. Desde então, o zagueiro participou da volta para a Série A, da conquista de dois títulos, sempre como titular. Desde que Ronaldo se aposentou, o camisa três assumiu a braçadeira de capitão. O jogador negou que a saída da equipe no clássico contra o São Paulo, tenha feito seu sentimento pelo Timão diminuir.

"Não vou deixar que isso afete a minha história, que é bonita, de conquistas. Quando falei que jogaria no Corinthians até na Série C, muitos duvidaram. Deixei o Figueirense na Série A e vim para resgatar esse clube. O Corinthians é maior do que tudo, do que eu, do que o Tite, do que mil pessoas. Vou dar a volta por cima, tenho condições? disse à rádio Estadão/ESPN.

Chicão foi sacado pelo técnico no treino tático da terça-feira. Wallace e Paulo André irão formar a dupla titular, juntamente com Leandro Castán, na lateral esquerda, na partida contra o São Paulo. O jogador pediu liberação da concentração pela manha, e não ficará nem no banco de reservas.

"Foi opção técnica dele e tenho que respeitar. Quem já jogou sabe que é difícil receber uma notícia dessa antes de um clássico decisivo, eu não estava bem emocionalmente. O Tite disse ao Edu (Gaspar, gerente de futebol) que fui muito homem de fazer isso, senão poderia prejudicar o time. Entendo o lado dele, me escolheu, e vou respeitar e tentar fazer o meu papel em campo para buscar meu espaço novamente?, afirmou.

Chicão, antes de deixar a concentração do time, disse ter passado em cada um dos quartos para conversar com os atletas relacionados para a partida. O zagueiro não acredita que o elenco se voltará contra Tite.

"Isso não existe, com certeza não vai existir. Foi uma opção dele, que já deu oportunidade a todos. É a vez de Wallace e Paulo André. Senti o pessoal bem animado e tranquilo. Alguns chateados por eu estar saindo, mas todos tem de entender. Agradeci todo mundo desejando sorte, porque sei que vão precisa?, concluiu.

O Corinthians enfrenta o São Paulo, nesta quarta-feira, às 21h50, no Morumbi.

Foto: iG