A diretoria do Corinthians não está com moral com a Fiel. Isso, é claro, pelo fato de o Timão ter colecionado nos últimos dois anos fracassos em todas as competições disputadas. Inclusive, esta é a primeira vez desde 2007 que o Alvinegro passa duas temporadas sem troféus. E isso faz, evidentemente, com que os cartolas corintianos queiram dar uma resposta aos torcedores no mercado da bola que está começando neste mês de dezembro.
Mas, convenhamos, o primeiro nome cotado para reforçar o Corinthians para a próxima temporada soa um tanto quanto irresponsável. Edinson Cavani é, sim, um dos melhores centroavantes do futebol mundial, apesar de já estar com 34 anos. Mas, se concretizada, a sua aquisição pelo time do Parque São Jorge seria um exagero ímpar.
É de conhecimento mundial que Cavani tem interesse em voltar a jogar na América do Sul, para ficar mais próximo do Uruguai, seu país. Só que, por mais que exista a possibilidade de ele acertar sua transferência por um valor baixo, já que seu contrato com o Manchester United está perto do fim, imaginem quanto o Alvinegro teria que pagar de luvas, salários, prêmios, etc.
Com esse dinheiro, o Timão poderia olhar para o futebol brasileiro e sul-americano e contratar pelo menos quatro peças fundamentais para ter um elenco forte para o ano que bem. Para mim, é preciso buscar um goleiro que rivalize com Cássio, um lateral-esquerdo para o lugar do já veterano Fábio Santos, um zagueiro consolidado que possa assumir o lugar de Gil ao lado de João Victor (que corre sério risco de ser negociado) e um centroavante bom e com um custo muito abaixo do que seria investido em Cavani.
O problema do futebol atual é muito claro. Os nossos dirigentes são muito amadores. Vão gerindo os clubes como se estivesse jogando um videogame. Gastam rios de dinheiro pelo que o jogador já fez em sua carreira, e não pelo que pode render no clube.
Dá trabalho, é claro, mas os cartolas, principalmente por causa da crise fincaria de nossos clubes, precisam ser mais profissionais e buscar no mercado da bola jovens que possam crescer, agregar e valorizar. E não veteranos consagrados que muitas vezes ganham muito mais pelo que realmente rendem em campo.
O bom exemplo a ser seguido é o do Red Bull Bragantino. Equipe que mesclou jovens promissores com alguns refugos e que montou um elenco que se completa. Por isso, mesmo sem gastar rios de dinheiro, a equipe de Bragança tem crescido tanto no cenário nacional e já rivaliza com os grandões endinheirados que são geridos por gente que não é do ramo.
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