Treinador tropeça nas palavras e na postura ao criticar a imprensa, após ver proposta do Al-Hilal não se confirmar

Treinador tropeça nas palavras e na postura ao criticar a imprensa, após ver proposta do Al-Hilal não se confirmar

Entendo a revolta de Fábio Carille com a imprensa. Além da frustração de ver a proposta milionária do Al-Hilal não se confirmar, o treinador se viu na chamada sinuca de bico nos últimos dias, já que seu pai confirmou a proposta desmentida por ele, além da sua possível saída para o clube árabe confrontar com uma afirmação dita por ele próprio, num passado recente, em que prometia não deixar o Corinthians nem por um caminhão de dinheiro.

Isso o deixou acuado. Por isso, entendo o treinador, porém não concordo com suas palavras contra a imprensa. Elas não se sustentam. E digo mais: se sou Carille, contrato hoje um profissional competente para cuidar da sua imagem e principalmente das declarações na mídia.

Carille é novo e tem muita lenha para queimar, portanto, sua exposição será sempre enorme e já deu para notar que ele não vai bem com as palavras. Sua postura não condiz com seu sucesso no comando do time do povo, no entanto, o treinador conta ainda com a boa vontade da mídia que tanto critica por ser uma novidade no cenário do futebol e não carregar ainda as mesmas manias dos treinadores mais experientes.

Porém, essa lua de mel deve acabar em breve, até porque Carille já se mostra contaminado na arte de desviar o foco, principalmente na arte de jogar a culpa na imprensa quando as coisas não andam bem...

E vale lembrar que se tem uma coisa que não sou é corporativista. Crítico abertamente todas as mazelas da categoria e sei, sim, que a mídia perdeu força também pela banalização na apuração dos fatos e na pouca ou nenhuma valorização dos jornalistas da velha guarda, que poderiam segurar o freio dos jovens valores que lotam as redações espalhadas pelo país.

No entanto, não aceito que a imprensa seja vista como grande culpada diante de derrotas e frustrações na vida de um profissional. É importante ter equilíbrio para analisar e acima de tudo respeitar a classe que, como todas as outras, inclusive a de treinadores, tem bons e maus profissionais.

 

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Foto: UOL

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