Treinador argentino pediu que os torcedores não cornetem a equipe durante as partidas. Foto: Ivan Storti/Santos FC

Treinador argentino pediu que os torcedores não cornetem a equipe durante as partidas. Foto: Ivan Storti/Santos FC

Ninguém é maluco de afirmar que a Vila Belmiro não é um um super trunfo para o time do Santos. Não é por acaso que, desde a chegada de Fabián Bustos, a equipe alvinegra tem 100% de aproveitamento em sua casa. Mas o comportamento da torcida santista (ou de parte dela) não tem sido dos melhores em alguns momentos.

As vaias a alguns jogadores no decorrer das partidas tem sido rotina nos jogos do Peixe na Vila. Ricardo Goulart, Léo Baptistão, Willian Maranhão e Felipe Jonathan foram alguns dos alvos recentes da torcida. É verdade que, desses, apenas Baptistão melhorou seu desempenho e passou a não merecer mais as críticas. Mas despejar uma avalanche de vaias aos seus próprios jogadores durante a partida é no mínimo falta de inteligência.

Após a vitória santista sobre o Unión La Calera, na noite da última quarta-feira (18), com um gol no último minuto, num jogo em que o Peixe correu, se dedicou e suou sangue para alcançar os três pontos, Bustos desabafou e deu uma importante lição ao torcedor alvinegro, que vem se mostrando chato e impaciente.

“A torcida tem que estar conosco porque entraremos mais fortes, seremos uma melhor equipe, entraremos menos nervosos. A torcida nos ajuda ganhar, como nos ajuda a ganhar no último minuto. Sétimo jogo seguido ganhando como mandante, parecia que estávamos roubando, mas estávamos trabalhando”, disse o argentino.

Não há o que questionar na fala de Bustos. Não se vaia o próprio time ou algum jogador específico durante o jogo. As críticas são aceitáveis ao final da partida caso o resultado ou o bom desempenho não apareça, óbvio. Mas ao vaiar a própria equipe durante os 90 minutos, ainda que seja no momento da substituição de um nome, significa pressionar e desestabilizar ainda mais o atleta ou até mesmo o restante do time.

Vaiar o time no decorrer de um jogo é equivocado e mostra falta de conhecimento sobre o que é o ato de “torcer”, de “apoiar”, de “empurrar o time”. A torcida santista se vangloria de ter um alçapão para chamar de seu, um estádio que pressiona o adversário. Mas na hora de apoiar sua própria equipe, parte dessa mesma torcida tem agido de forma errada.

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