Time de Dorival Júnior perde de goleada e técnico fica "no fio da navalha". Foto: AFA/Instagram

Time de Dorival Júnior perde de goleada e técnico fica "no fio da navalha". Foto: AFA/Instagram

Desde que a CBF inventou que Dunga era técnico de futebol em 2009, sem nunca ter sido, o nosso outrora esquadrão de ouro nunca mais deu um mínimo de alegria a seu até então orgulhoso torcedor.

Em 2014, tentamos apostar num técnico do passado, com o qual chegamos ao pentacampeonato mundial, entregando a seleção canarinho outra vez aos cuidados de Luiz Felipe Scolari e não deu certo, pois Felipão já tinha começado sua era decadente como treinador de futebol.

Pagamos caro por esse saudosismo, pois foi sob o comando desse treinador que sofremos a maior goleada da história naquele fatídico 7 a 1 para a Alemanha.

Apesar do inesquecível vexame, os cabeças de bagre que dirigiam a CBF não se deram conta de que precisavam olhar para a frente e não para o passado da era Dunga, dando nova chance a "aprendiz de feiticeiro" no comando da seleção brasileira pela qual já tinha passado sem nada fazer, a não ser vingar o chapéu que havia levado de Ronaldinho Gaúcho num Gre-Nal, deixando-o fora de sua medíocre convocação.

O retorno de Dunga para treinar a seleção foi um coisa surrealista que ninguém entendeu e os mentores da CBF só foram entender o tamanho da besteira que fizeram, quando começamos a acumular derrotas nas eliminatórias sul-americanas, a ponto de termos corrido o risco de não lograr classificação para a Copa de 2018,

A besteira repetida foi corrigida a tempo com a demissão do técnico que nunca existiu e o time canarinho foi confiado a Tite, que lhe deu nova fisionomia, classificou o Brasil para a Copa, mas não passou disso, pois no Mundial nossa seleção foi eliminada precocemente.

Como alguns consideraram que aquela eliminação aconteceu mais por falta de sorte do que por uma presumível falta de futebol, Tite recebeu uma segunda chance e continuou à testa da seleção brasileira.

Aí veio a Copa de 2022 e com ela mais uma frustração brasileira com nova queda prematura que, associada à perda da Copa América para a Argentina, no Brasil, revelou de vez que Tite não era mais do que um bom treinador, apenas melhor do que Dunga, não correspondendo portanto às expectativas do futebol pentacampeão mundial.

Por isso, Tite foi embora e aquilo que já não era bom ficou ainda pior. Experimentamos Fernando Diniz na direção técnica da seleção e o fracasso foi rotundo. Então tentou-se solucionar o problema com Dorival Júnior, que foi um bom técnico de clube, mas no time canarinho ainda não disse a que veio

Aliás, disse sim. Veio escalar um time brasileiro um pouquinho melhor do que aquele da goleada de 7 a 1, conforme se pôde constatar no baita fiasco desta noite de terça-feira, quando perdeu de 4 a 1 para a Argentina, no Monumental de Nuñes, com uma atuação horrorosa que até o faria por merecer uma goleada ainda maior.

Conclusão: estamos mais uma vez "no mato sem cachorro" às véspera de uma nova Copa, para a qual ainda não estamos matematicamente classificados e que, se chegarmos lá, talvez sejamos eliminados tão ou mais precocemente do que no certame mundial de 2022.

Fale com nosso comentarista esportivo, colunista, repórter e entrevistador Lino Tavares: jornalino@gmail.com, celular/whatsApp (55)991763232).

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