O futuro de Gustavo Henrique ainda está indefinida e, consequentemente, virou alvo de diversas especulações nos últimos dias. Em coletiva na manhã desta quarta-feira (16), o zagueiro do Santos desmentiu notícias de que está acertado com qualquer outros clube, mas não assegurou sua permanência na Vila Belmiro.

“Dizer que nem tudo que sai é verdade. Estou aqui para esclarecer. Sempre fui um jogador que não me escondi de nada”, disse o camisa 6. “Fui muito bombardeado pela torcida, xingamentos, coisas que deixam a gente chateado. Sou um jogador que sempre me dediquei muito ao clube, procurei fazer meu melhor dentro de campo”, completou.

O defensor alvinegro explicou que a demora da direção santista para procura-lo o fez imaginar que não havia interesse na renovação de seu contrato. Gustavo, então, passou a planejar seu futuro no futebol europeu.

“O reconhecimento que esperava era ter sido chamado antes, fui chamado faltando dois meses para que pudesse assinar um pré-contrato. Sempre manifestei meu desejo de jogar na Europa um dia, fu procurado por alguns clubes do Brasil também, não abri nenhuma negociação, esperei o Santos. A partir do momento que fui chamado para receber a proposta de renovação eu estava com a cabeça de que iria sair, porque não havia sido chamado antes. Meu pensamento era a Europa. Foi desde pequeno isso”, explicou. A gente começou a ficar nessa divisória de ir para a Europa ou renovar. Quando recebi a proposta, pedi para meu empresário viajar para Europa para que algum clube pagasse algum valor, multa é impossível. Mas clube da Europa não vai pagar multa sabendo que ia sair em dois meses”.

“Estou nessa, de esperar um pouco mais, sem ter pressa. Vou escolher o que for melhor para mim e para minha família. Se eu ficar, vou continuar trabalhando. Se sair, vou ser de cabeça tranquila.”, completou.

Gustavo ainda destacou que a questão financeira não é o único ponto analisado nessa novela e afirmou que não pede mais do que o Santos pode pagar para renovar seu contrato. O zagueiro de 26 anos ainda afirmou que em Santos os jogadores formados no clube poderiam ser mais valorizados.

“Vou pensar na felicidade da minha família. Claro que o financeiro é importante. Não quero pedir além, sei o que o Santos pode pagar, é salário bom, mas não se compara com outros mercados que vieram atrás de mim. Vou pensar realmente no melhor para mim. Sempre me dediquei muito a esse clube, então se um dia sair, vou de cabeça erguida, pela porta da frente”, declarou. “Aqui se valoriza muito quem vem de fora, não valorizam quem realmente se importa com o clube”, finalizou.

Autuori defende Gustavo Henrique

Em meio aos boatos que cercam a novela da renovação de Gustavo Henrique, o superintendente de futebol do clube saiu em defesa do zagueiro formado no clube. Paulo Autuori compareceu a coletiva de Gustavo no CT Rei Pelé e negou a notícia de que o jogador pode ser afastado da equipe principal caso não defina logo se renovará ou não seu vínculo com o Peixe.

“Pude constatar que circulou na imprensa que, em função de possível ou não renovação do Gustavo, o clube poderia não permitir que ele jogasse. Isso só iria acontecer se eu não estivesse aqui, comigo aqui ele vai jogar e a única pessoa que pode dizer que ele não joga é o técnico por motivo técnico ou tático. Comigo aqui ele vai jogar porque tem história com o clube, já renovou o contrato com o clube três vezes. E se não tiver continuidade foi por erro de planejamento do clube”, afirmou Autuori.

“Não quero saber de onde vem a notícia. Se for de dentro do clube, o problema é comigo. Se querem afastar o Gustavo, primeiro me afastem”, declarou o dirigente que ressaltou a importância de blindar seus profissionais.

“Estou acostumado a defender o grupo com o qual eu trabalho. Enquanto as coisas estiverem na minha alçada o compromisso com verdade, transparência e dignidade não vai faltar nunca”, disse.