Matéria do jornalista Maurício Sabará sobre o Clássico Coelho versus Leão. Imagem: Reprodução

Matéria do jornalista Maurício Sabará sobre o Clássico Coelho versus Leão. Imagem: Reprodução

Hoje inicio a segunda e última série de clássicos mineiros de todos os tempos. Para realizar tão árduo trabalho, manterei a base dos principais jogadores, aqueles que mais se identificaram com a camisa que vestiram, mas modificando a formação do jeito mais atual possível, optando por escalar três jogadores no meio de campo e mais três no ataque. E geralmente terá um ponta fixo e um lateral ofensivo do outro lado.  Um detalhe que ainda preservarei é a obrigatoriedade de ter três recordistas na equipe titular. Quem tem mais anos de clube, maior número de partidas disputadas e o goleador principal, além de outros fatos marcantes.  No meu caso, continuarei a questão de não repetir o jogador, para que se possa ter uma idéia de um campeonato. Determinado futebolista foi muito importante em mais de um time, mas levarei em conta onde se destacou melhor. 

América e Villa Nova não é propriamente um clássico mineiro dos mais conhecidos, tanto é que o nome do confronto é bem simples (Coelho versus Leão), justamente em cima do apelido dos clubes. E para os americanos o grande rival é o Galo (Clássico das Multidões, pois tinham a segunda maior torcida), que por muitos anos fizeram o principal embate de Minas Gerais, que a partir dos Anos 50 e principalmente na década de 60 perdeu espaço para Atlético contra Cruzeiro.

Sobre o clássico, os momentos mais importantes aconteceram em 1977, quando decidiram a Taça Minas Gerais de 1977, com o Villa sendo o campeão.

Abaixo veremos que as duas agremiações tiveram passados bem gloriosos, pois para os mais jovens fica a impressão que sempre estiveram abaixo dos dois gigantes mineiros, porém foram clubes que já foram os melhores do Estado.

O América Futebol Clube, fundado em Belo Horizonte (Minas Gerais) no dia 30 de abril de 1912, completou 105 anos em 2017. Seus fundadores foram estudantes, que queriam um clube para que houvesse com mais frequência a prática de futebol na cidade, ainda engatinhando no esporte. No segundo Estadual (1916) os americanos se sagram campeões (o Atlético venceu o primeiro), iniciando uma histórica sequência de dez Estaduais seguidos, um Decacampeonato que no Brasil foi igualado apenas pelo ABC de Natal. Nos primeiros anos do Profissionalismo o América discordou da mudança, inclusive tendo seu uniforme mudado entre 1933 e 1942. Nos anos de 1948 e 1949 respira novamente ares vencedores, ganhando o Estadual contra o poderoso time conhecido como Galo Forte e Vingador e o Torneio Quadrangular de Belo Horizonte derrotando o melhor time brasileiro e sul-americano da época, o Vasco da Gama. Volta a ser campeão estadualmente em 1957, passando depois por mais um período de jejum, principalmente no início do Estádio Mineirão, vendo o seu posto de grande rival dos atleticanos sendo tomado pelos cruzeirenses. De 1971 a 1973 montou um dos seus melhores times, ganhando mais um título mineiro no primeiro ano e no último ficando em sétimo lugar no Campeonato Brasileiro, sua melhor campanha no torneio. Na década de 80 deixou de disputar a primeira divisão do Brasileirão, só voltando a partir dos Anos 90, tentando reviver os bons tempos com títulos estaduais na Série A e nas outras divisões nacionais. Venceu o Brasileirão da Série B (1997 e 2017) e da C (2009).

Para o gol americano está alguém conhecido por um apelido muito usual para goleiros, pois Milagres (na verdade é o seu último sobrenome), que além de ser o jogador que mais atuou pelo América (372 vezes), foi de suma importância entre 1991 e 2001, pois na década de 90 o time voltava a ser forte no Estado, ganhando o Campeonato Mineiro (1993), o Brasileirão da Série B (1997) e a Copa Sul - Minas (2000). Seu reserva é Jardel, conhecido como Cavaleiro Negro, que para muitos foi o melhor goleiro que o time já teve, vencendo o Estadual de 1957, sendo o maior ídolo da torcida naquele inesquecível título.

Pela lateral-direita meu escolhido é Wellington Paulo, que teve três passagens pelo América, também atuando como zagueiro, ficou conhecido por sua valentia e liderança e ganhou os mesmos títulos do goleiro Milagres, além do Estadual de 2001 e o Brasileirão da Série C em 2009. Evanílson é um grande nome para a reserva, considerado a maior revelação do clube nos Anos 90, atuando pelos outros grandes de Minas (seu carinho maior é pelo América), chegando à Seleção Brasileira.

Lazarotti inicia a zaga, sendo muito importantes para a forte defesa americana da segunda metade da década de 40, conhecido também por ser o único jogador que atuou em cinco times mineiros (América, Atlético, Cruzeiro, Renascença e Sete de Setembro). Quem completa é Luzitano, que também fez parte do mesmo período, sendo junto com o seu companheiro campeão estadual em 1948. Dênis é o primeiro reserva sendo um zagueiro que até hoje fala bem do América, muito importante na década de 90. Da mesma forma dos titulares, que jogaram juntos, os reservas também, pois Luiz Carlos esteve presente com a camisa americana entre 1989 e 1995, sendo um dos jogadores que mais teve atuações em todos os tempos. 

Lateral-esquerda é uma posição muito respeitada, portanto Caillaux é o meu escolhido, sendo um dos gigantes da defesa americana nos Anos 60, enfrentando atacantes de respeito do lado cruzeirense e atleticano. Escolhi Danilo para ser banco pelo lado direito, um dos principais jogadores da década atual, campeão mineiro em 2016.

Pouco depois do título mineiro de 1971, o América contrata Juca Show, que estava no Fluminense de Araguari, um craque de primeira grandeza, ficando até 1974, sendo um dos principais comandantes de um dos melhores times americanos, o que faz dele com méritos ser o meu volante principal. Um nome de peso figura para ser banco, pois Gilberto Silva foi campeão do mundo em 2002, tendo bela passagem pelo exterior, porém foi revelação americana, ganhando o Brasileirão da Série B (1997) e a Copa Sul - Minas (2000).   

Vencedor da Bola de Prata de 1973, Pedro Omar foi outro meio-campista de destaque, que atuou junto com Juca Show na histórica campanha do sétimo lugar no Brasileirão, sendo ele e o Juca dois jogadores que atuaram menos de 100 partidas, mas que são os meus titulares, de tão marcantes que foram. O Palhinha, que tanto se destacou no São Paulo entre 1992 e 1995, foi revelado profissionalmente pelo América, atuando bem de 1988 a 1991, retornando ao clube duas vezes (2000 e 2002), tendo muito destaque na conquista da Copa Sul - Minas de 2000, pois era um jogador rodado e experiente, além de ser o sétimo jogador goleador com a camisa americana (77). Dirceu Alves (destaque na primeira metade dos Anos 60 e campeão mineiro em 1971) e Amaury Horta (mesma carreira de Dirceu) são dois nomes de respeito que merecem estar na reserva, dois históricos meio-campistas.

O ataque americano de todas as épocas não terá um ponta fixo, mas é representado por três jogadores que merecem todo o respeito. Jair Bala é o sexto maior goleador do América, sendo considerado por muitos o maior jogador da sua história, tendo uma passagem marcante entre 1964 e 1965, mas principalmente entre de 1970 a 1972, formando aquele que para muitos foi o melhor time americano, campeão mineiro de 1971. Para a posição de centroavante a escolha ideal é o maior goleador de todos os tempos, então Satyro Taboada é o eleito, digno representante da equipe do Deca, pois foi campeão mineiro em 1922/23/24/25, era habilidoso, tinha valentia e velocidade, atuando com destaque até 1935, retornando no ano de 1941, além de ter feito em 1928 nada mais nada menos que 9 gols em uma única partida, sendo em Minas só superado pelo palestrino/cruzeirense Ninão (10 na mesma temporada), algo que nem Pelé conseguiria (8 em 1964) e, para finalizar, Satyro foi enterrado com a bandeira do América. Completando o ataque está o segundo maior goleador americano de todas as épocas com 109 gols em 153 partidas, tendo idas e vindas no time da segunda metade da década de 50, inclusive foi contratado pelo Barcelona em 1956, pois na primeira excursão do time à Europa impressionou os europeus pela sua habilidade e facilidade de balançar as redes, não estando presente no título mineiro de 1957, retornando em 1959 após passagens pelo Botafogo do Rio e Sport, permanecendo até 1961. Euller, O Filho Do Vento, é o primeira reserva do ataque, revelação do clube, teve destaque em times paulistas como o São Paulo, Palmeiras e São Caetano, no Vasco, inclusive no rival Atlético, mas está mesmo no coração dos americanos, sendo campeão estadual (1993) e encerrando a carreira no Coelho com o título mineiro da Segunda Divisão (2008) e brasileiro da Série C (2009). O segundo é Petrônio, herói do titulo mineiro de 1948 e terceiro maior goleador com 106 gols anotados até 1954, tinha fama de craque por anotar belos tentos, inclusive de bicicleta. E por último resolvi destacar o atacante Harvey, quarto maior goleador (89 anotados), jogando de 1951 a 1954 e entre 1957 (campeão mineiro) e 1958.

Quem escolho para comandar o América Mineiro de todos os tempos é Dorival Knipel, mais conhecido como Yustrich, um treinador de linha dura, que estreou a função no próprio time americano, sendo campeão mineiro em 1948, participou da primeira excursão da equipe à Europa (1956), ganhou o Estadual de 1971, foi vice dois anos depois e é o técnico que mais comandou o Coelho (278 vezes). Orlando Fantoni é um nome que merece ser lembrado, comandando o time na histórica campanha do Brasileirão de 1973. Givanildo é outro, estando presente em dois títulos nacionais das séries inferiores (1997 e 2009), tendo quatro passagens pelo clube, o que faz dele o terceiro técnico que mais comandou o time. Até mesmo o histórico jogador Jair Bala merece a lembrança, pois foi um dos técnicos que mais dirigiu o América (232).

AMÉRICA (1912 A 2017)

Titular: Milagres, Wellington Paulo, Lazarotti, Luzitano e Cailaux; Juca Show, Pedro Omar e Palhinha; Jair Bala, Satyro e Gunga. Técnico – Yustrich.

Reserva: Jardel, Evanílson, Dênis, Luís Carlos e Danilo; Gilberto Silva, Dirceu Alves e Amaury Horta; Euller, Petrônio e Harvey.

Mais partidas: Milagres – 372 (1991 a 2001)

Mais gols: Satyro Taboada – 268 (1922 a 1935 e 1941)

O Villa Nova Atlético Clube, fundado em Nova Lima (Minas Gerais) no dia 28 de junho de 1908, completou 109 anos em 2017. É um pouco mais novo que o Atlético, sendo o principal clube da cidade próxima à Belo Horizonte, que teve como mais forte adversário local o Retiro (fundado em 01 de julho de 1916), muito importante no futebol entre 1927 e 1937, com o esporte bretão sendo desativado. Mas claro que o Villa é muito maior, formando na primeira metade da década de 30 umas das melhores equipes que Minas já tiveram que foi tetracampeã estadual de 1932 a 1935 e derrotando respeitáveis times do Rio de Janeiro. Voltaria a ganhar um Estadual em 1951, além do Brasileirão da Série B (1971). A agremiação é conhecida como Leão do Bonfim, tendo um estádio chamado Castor Cifuentes, inaugurado no ano de 1930, sendo considerado um alçapão para as equipes da capital.  

No gol do Villa Nova o escolhido é Geraldão, negro vindo do Sete de Setembro que de 1933 a 1940 era o responsável pra guardar a meta do melhor time da história do clube, estando presente na Seleção Mineira de 1935. Na reserva está Arésio, que jogou entre 1971 e 1972, sendo fundamental no título do Brasileirão da Série B, defendendo na decisão por pênaltis a cobrança de Manfrini da Ponte Preta. Arizona, campeão mineiro de 1951, merece ser lembrado.  

Pela lateral-direita o Villa tem um gigante, com Zezé Procópio, atuando de 1933 a 1936 com seu futebol de muita técnica, garra e excelente marcação, tendo depois bela carreira no Atlético Mineiro, Botafogo, São Paulo e Palmeiras, inclusive disputando a Copa do Mundo de 1938 quando era considerado um dos melhores do mundo na posição. Com apelido engraçado, destaco na reserva o jogador Cassetete, marcador firme no título brasileiro de 1971, com grandes atuações em campo.  

Recordista em número de partidas (336), Anísio é o primeiro zagueiro, que durante 12 anos (1949 a 1961) honrou a camisa do Leão do Bonfim. Compondo a zaga está Isaac, segundo com mais jogos (305), que fez parte de uma época não tão vitoriosa, na segunda metade da década de 80, sendo o principal jogador da equipe. A zaga reserva foi a campeã de 1933 a 1935, constituída por Chico Preto (seria futuramente campeão paulista de 1941 pelo Corinthians) e Sérgio (11 anos em Nova Lima, de 1928 a 1939), que não davam moleza para qualquer atacante. Vale a pena a citação do quarto-zagueiro clássico Luizinho, revelado pelo clube e que faria uma histórica carreira no Atlético Mineiro, além de ser o parceiro de Oscar na zaga da Seleção Brasileira de 1982  

De 1930 a 1940 Geninho foi o lateral-esquerdo, fazendo jus à escolha na posição, pois esteve presente em praticamente todos os Anos 30, brilhando no maior e melhor time. Mário Lourenço era uma espécie de Nelinho pelo lado esquerdo, pois chutava com muita força, sendo decisivo com seus gols nos jogos finais da conquista nacional da Série B de 1971.

Para a posição de volante escolhi é o Daniel, nascido em Nova Lima e revelado pelo Villa, marcava muito bem, sabendo também jogar de lateral-direito, exerceu forte marcação sobre o Carlitinho (jogador do Remo), o que garantiu o título brasileiro da Série B de 1971 (casou no dia 30 de dezembro do mesmo ano usando as faixas de campeão), estando nas fileiras do Villa de 1965 a 1974. Na reserva optei por um jogador de apelido engraçado, que é o Pirulito, que atuou no time de 1976 a 1980 e de 1986 a 1990 (301 jogos), ganhando o Torneio Incentivo e a Taça Minas Gerais, tendo depois uma boa passagem pelo Galícia, sendo vice-campeão do Estadual da Bahia em 1980.

Alfredo Bernardino é o primeiro meia, jogador do Villa Nova de 1933 a 1937, verdadeiro malabarista com a bola nos pés, um dos gigantes da brilhante equipe campeão mineira de 1933 a 1935, sendo o terceiro maior goleador de todos os tempos (103 gols), veio do Vila Isabel do Rio de Janeiro, era tão feliz em Nova Lima que dispensou uma proposta do America do Rio da qual poderia garantir a sua presença na Copa do Mundo de 1934, já que naquele tempo o futebol de Minas não tinha muita visibilidade nacional. Pela meia-esquerda está o fantástico Perácio, jogador de chute muito forte e excelente cabeceador, tinha muita velocidade, era bem forte fisicamente, um dos principais jogadores do formidável Villa de 1933 a 1937, sendo contratado pelo Botafogo pra jogar de 1937 a 1941 (foi um dos principais destaques da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1938, quebrando o braço e a clavícula goleiro tcheco Planicka, quando esse tentou defender o seu petardo), atuando depois no Flamengo de 1941 a 1947 (tricampeão carioca em 1942/43/44), foi um dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial, orgulho do Villa Nova ao lado de Zezé Procópio pela bela carreira que teve depois em grandes clubes do Brasil. O primeiro reserva é uma lenda, pois Vaduca esteve no Villa de 1950 a 1955, com sua Família Liberato tendo muita ligação com o clube, foi autor do gol que garantiu o título mineiro de 1951. E o último reserva dos meias é o Paulinho Cai-Cai (nem é preciso explicar o motivo do apelido), atuando na equipe de 1965 a 1972, era mais um jogador fixo na área, tendo a curiosidade de ser o único jogador não-mineiro campeão brasileiro da Série B de 1971, pois nasceu no Espírito Santo.

A linha de ataque começa com Carvalho (não confundir com Carvalho Leite), provavelmente o maior jogador do Villa Nova antes dos Anos 30, atuando pelo time de 1925 a 1930, foi quem mais anotou gols pela equipe em uma única partida, marcando 7 na goleada por 8 a 1 contra o Alves Nogueira em 27 de março de 1927. Lêra é o centroavante, parceiro de Carvalho desde 1925, porém permanecendo mais tempo, pois jogaria até 1936, vivenciando e participando da maior época do Villa com o Tetra de 1932 a 1935, é o segundo maior goleador (105 gols). Finalizando com chave de ouro, na ponta-esquerda está aquele que é considerado por muitos o mais importante jogador da história do Villa Nova, pois Canhoto não é apenas o maior goleador (108 gols), mas um craque de muitas qualidades técnicas, brilhando de 1929 a 1941, retornando em 1944, tinha uma característica única de jogar, indo com a bola dominada até a linha de fundo com os braços abertos, que fez com que ganhasse o apelido de o Homem das Asas, da mesma forma que Zezé Procópio e Perácio, merecia ter depois uma carreira nos grandes clubes de São Paulo (Zezé) e do Rio.

Os atacantes reservas são o Tonho (1931 a 1936, ponta-direita que também sabia atuar pelo lado esquerdo, cobrava muito bem penalidades), Prão (1930 a 1933 e de 1938 a 1941, um respeitável goleador) e Escurinho (1951 a 1954, ponta-esquerda muito importante na conquista do título mineiro de 1951, nasceu em Nova Lima e era Prata da Casa, tinha velocidade e habilidade, jogou na Seleção Mineira e na Carioca quando teve bela passagem pelo Fluminense).

Apesar dos técnicos que mais comandaram o Villa Nova tenham sido o Rui Guimarães (144), Arizona (133) e Dawson Laviola (123), considero que Martim Francisco seja a melhor opção para a função, um treinador de renome que foi responsável por aquele que talvez seja o maior título da história do Vila, o Campeonato Brasileiro da Série B de 1971.

VILLA NOVA (1908 A 2017)

Titular: Geraldão, Zezé Procópio, Anísio, Isaac e Geninho; Daniel, Alfredo Bernardino e Perácio; Carvalho, Lêra e Canhoto. Técnico – Martim Francisco.

Reserva: Arésio, Cassetete, Chico Preto, Sérgio e Mário Lourenço; Pirulito, Vaduca e Paulinho Cai-Cai; Tonho, Prão e Escurinho.

Mais partidas: Anísio – 336 (1949 a 1961)

Mais gols: Canhoto – 108 (1929 a 1941 e 1944)

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