Falar do Pelé, do fantástico time dos anos 60, do Neymar, do Robinho, do Diego, do Juary, do Pita, do Rodolfo Rodriguez, do Giovanni... é fácil. Porém, numa comemoração tão importante quanto esta, as glórias têm que ser ressaltadas, claro, mas não podemos deixar de falar das tristezas e vexames. Afinal, em cem anos de história nem tudo é lindo e maravilhoso, momentos infelizes aconteceram. Falando sobre espinhos, os 7 a 1 do Corinthians em cima do Santos foi o jogo mais triste que vi do alvinegro praiano.
Se os jogadores do Peixe entraram com má vontade e entregaram o jogo para o arquirrival para derrubar o técnico Nelsinho Baptista, não posso afirmar. Só posso falar que eles não tinham o direito de jogar como jogaram. O Corinthians tinha mais time que o Santos, além disso o Peixe jogou desfalcado, mas não aceito a derrota como ela foi. O Santos chegou a empatar o jogo, mas depois da expulsão do zagueiro Rogério desandou tudo e a tragédia aconteceu, ah, o eterno 7 a 1.
O torcedor santista diz que não liga para a "zoação" corintiana, mas, por dentro, aquela derrota corrói o coração. Esquecer aquele fatÃdico jogo é impossÃvel. Para amenizar a dor, só o Santos devolvendo o resultado, que é difÃcil, não? Já tiveram, inclusive, oportunidade para chegar perto do placar.
A tarde do dia 06-11-2005 ficará na lembrança com muita dor e tristeza pela nação santista, os jogadores que atuaram naquela partida também ficarão manchados na história do clube. O nó na garganta quando tem um clássico contra o Corinthians aparece, o santista que fala que não lembra do dia 06-11-2005 está mentindo. É igual traição num relacionamento, você pode até perdoar, mas nunca esquecerá. O Corinthians conseguiu que uma espinha ficasse entalada na garganta do torcedor alvinegro, mas futebol é assim mesmo, como diz o ditado: "um dia da caça, outro do caçador"!
O Santos Futebol Clube é um clube diferenciado, uma instituição que não é de uma capital, mas é considerada grande e conhecida mundialmente. Falar sobre os cem anos da rica história do clube, que teve o privilégio de ter, por muitos anos, o Rei do futebol, Pelé, atuando com a camisa branca é uma missão dificÃlima.
Tenho 24 anos, infelizmente, não vivi a época áurea, os anos perfeitos de 1960, mas apesar da longa fila de 1984 até 2002, posso dizer que fui agraciada de ver a geração Robinho e Diego e, no momento, a do Paulo Henrique Ganso e Neymar.
Parabéns ao Santos Futebol Clube pelo século de vida. Certamente o clube viveu muito mais momentos bons que ruins. Um time que não tem tanta torcida, pouco apelo da mÃdia, mas mesmo assim é respeitado pelos rivais. Uma equipe conhecida por revelar jovens talentos para o mundo. Como diz o hino "nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter?.
Imagem: @CowboySL
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