Em saboroso e curtido almoço hoje com meu querido Amigo Luis Claudio Costa, Presidente da Record TV, debatendo o passado o presente e o futuro do negócio da Televisão Brasileira, ele me provocou entre uma garfada e outra:
- Fabio, se a Televisão está desaparecendo e perdendo sua importância, porque na nossa política, nas nossas importantes eleições de outubro se fala tanto em tempo de televisão?
Confesso que foi de extrema inteligência referida constatação.
Confesso, perdi o foco no almoço e exclusivamente passei a ficar pensando na importância de fato do tão disputado tempo de televisão.
Como sabem, no nosso sistema político, o tempo de Televisão dos candidatos depende das coalizões, das alianças por eles construídas através dos partidos políticos. Quanto maior a presença dos partidos maior o tempo de exposição a eles conferidos.
A tão falada mídia velha ou tradicional, ou rainha das mídias, ganha de fato uma importância preponderante em tempos de descredito e desconfiança das chamadas novas mídias, plataformas digitais ou simplesmente mídia on line.
São mais de "Cem Milhões de Uns" todos os dias, sonho de consumo de todos os candidatos.
A Televisão possui como pilares a informação, o entretenimento, a educação.
Os nossos Candidatos precisam informar, entreter e serem educados, cativantes com os eleitores, caso contrário o voto não vem.
A disputa pela audiência em tempos de eleição vira final de campeonato, final de novela, a cada programa. Ele pode ter míseros segundos ou longas narrativas, com produções hollywoodianas, ou simples externa, o que vale é o poder de gerar uma corrente de votos sólida e que se amplifique continuamente.
Num momento em que muito se fala de "Fake News", anonimato, ausência de curadoria de conteúdos e legislação específica para o meio digital, a Televisão transborda na sua relevância, alcance e importância.
O ano de 2018 possui ingredientes que fazem o nosso mercado publicitário repensar e refletir: A enorme crise política e econômica cíclica e reativa; a copa, fenômeno mundial de explosão de consumo de televisão; as eleições nacionais e estaduais.
Muito se fala da revolução da Televisão por conta das novas mídias, é facultado à audiência ver o que quiser, quando quiser, onde quiser.
Fato é que não existe nada melhor do que ligar a sua super televisão de 65 polegadas, no centro da sua sala, no seu sofá super confortável e reunir a família e amigos para desfrutar do futebol, da novela, do reality, do jornalismo.
Fato é que não existe nada mais efetivo do que ser impactado pelas brilhantes mentes criativas dos nossos publicitários na super tela.
Faço um contraponto, quantos seriam impactados positivamente se recebessem um what´s app pedindo voto?
Aposto que o sentimento seria de absoluta invasão de privacidade, tema esse muito atual.
A Televisão não precisa pedir licença nem renovar seus termos de privacidade pois sempre fez parte da família brasileira.
Atenção Candidatos, lembrem-se disso!
Respeitem os Eleitores,
Respeitem a Audiência,
Respeitem-se!