Advogado de formação, ele era um apaixonado por jornalismo e futebol

Advogado de formação, ele era um apaixonado por jornalismo e futebol

Há exatos 14 anos, em 29 de março de 2010, vítima de câncer, morria Armando Nogueira, um dos melhores textos da crônica esportiva brasileira. Ele estava com 83 anos.

Advogado de formação, mas apaixonado por jornalismo, Armando Nogueira passou por algumas redações, como o "Diário Carioca" antes de aportar na Rede Globo, em 1966, onde permaneceu até o começo de 1990. Saiu por discordar da edição nitidamente favorável a Fernando Collor de Mello em relação a Lula na exibição do "Jornal Nacional" antes das eleições presidenciais.

Na emissora carioca foi o responsável por implantar o jornalismo em rede nacional, que teve como principal marco o "Jornal Nacional", em 1969.

Suas crônicas notabilizaram-se pela veia poética, indo muito além do que se via objetivamente em uma partida de futebol ou qualquer outra modalidade esportiva.

Cobriu 15 copas do mundo e sete olimpíadas, o que lhe forneceu material suficiente para a publicação de diversos livros, entres eles "Drama e Glória dos Bicampeões", em parceria com Araújo Neto.

Acreano de Xapuri, onde nasceu em 14 de janeiro de 1927, Armando Nogueira foi comentarista do Cartão Verde (TV Cultura-SP) entre 1992 e 1993 e da Band entre 1994 e 1999, período em que dividu a mesa do debate futebolítico com Tostão, Rivellino, Júlio Mazzei e Silvio Luiz, entre outros, sob a batuta de Luciano do Valle.

Depois da Band trabalhou no SporTV, entre 1995 e 2007 e, paralelamente, escrevia uma coluna que era reproduzida em mais de 60 jornais brasileiros.

Para Armando Nogueira, o jornalista esportivo não só poderia como deveria torcer por um time de coração e pela seleção brasileira.

Na Copa de 90, na Itália, durante entrevista a Milton Neves, no Hotel Polo, em Roma, disse o seguinte:

 "Jornalista que não torce por seu time está em profissão errada. Deveria ser setorista de ensaio de ópera", ponderou Armando.

Da esquerda para a direita: Telmo Zanini, Paulo César Vasconcellos, Armando Nogueira, Renata Cordeiro, Luiz Fernando. Foto: site de Renata Cordeiro

Da esquerda para a direita: Telmo Zanini, Paulo César Vasconcellos, Armando Nogueira, Renata Cordeiro, Luiz Fernando. Foto: site de Renata Cordeiro


Acima, veja o time formado pelos jornalistas brasileiros na Copa do México, em 1970. Em pé: Antônio

Acima, veja o time formado pelos jornalistas brasileiros na Copa do México, em 1970. Em pé: Antônio "Tim" Teixeira, Hideki Takizawa, Januário de Oliveira, José Trajano, Vital Battaglia e Juarez Soares. Agachados: Ademir de Menezes, Armando Nogueira, Guilherme Cunha, Dácio de Almeida e Sérgio Leitão


Este foi o hotel em que várias equipes de rádio e tevê se hospedaram na Copa de 90. No lobby do Hotel Polo, em Roma, Milton Neves entrevistou o genial Armando Nogueira, que lhe disse que jornalista esportivo não só pode como deve ter um time de futebol de coração e torcer pela Seleção Brasileira.

Este foi o hotel em que várias equipes de rádio e tevê se hospedaram na Copa de 90. No lobby do Hotel Polo, em Roma, Milton Neves entrevistou o genial Armando Nogueira, que lhe disse que jornalista esportivo não só pode como deve ter um time de futebol de coração e torcer pela Seleção Brasileira. "Jornalista que não torce por seu time está em profissão errada. Deveria ser setorista de ensaio de ópera", avaliou Armando


Da esquerda para a direita: Zagallo, Armando Nogueira, Garrincha, o fotógrafo João Piedade (de Três Pontas-MG,  pai de Fábio Zambeli, fiel internauta de Milton Neves) e Didi. Em 1958, os cariocas foram ao sul de Minas, jogaram contra a Machadense e venceram a partida por 7 a 1. Emocionaram o barranco lotado do pequeno estádio de Machado-MG, as pernas finas e as meias enroladas de Zagallo, a camisa desbotada e as pernas tortas de Mané, o gramado pífio, o esparadrapo no joelho de Didi e os dois famosos jornalistas, tão jovens com suas máquinas fotográficas a tiracolo

Da esquerda para a direita: Zagallo, Armando Nogueira, Garrincha, o fotógrafo João Piedade (de Três Pontas-MG, pai de Fábio Zambeli, fiel internauta de Milton Neves) e Didi. Em 1958, os cariocas foram ao sul de Minas, jogaram contra a Machadense e venceram a partida por 7 a 1. Emocionaram o barranco lotado do pequeno estádio de Machado-MG, as pernas finas e as meias enroladas de Zagallo, a camisa desbotada e as pernas tortas de Mané, o gramado pífio, o esparadrapo no joelho de Didi e os dois famosos jornalistas, tão jovens com suas máquinas fotográficas a tiracolo


Armando Nogueira (à direita) foi padrinho de formatura da turma de Comunicação Social da PUC-RS, em 1975. O estudante na foto é o jornalista Lino Tavares.

Armando Nogueira (à direita) foi padrinho de formatura da turma de Comunicação Social da PUC-RS, em 1975. O estudante na foto é o jornalista Lino Tavares.


Armando Nogueira é homenageado pelo Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho e pelo Ministro das Telecomunicações,  Hélio Costa, em 2009.

Armando Nogueira é homenageado pelo Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho e pelo Ministro das Telecomunicações, Hélio Costa, em 2009.


O saudoso Armando Nogueira, já debilitado, na sala de imprensa do Maracanã.

O saudoso Armando Nogueira, já debilitado, na sala de imprensa do Maracanã.


O Rei Pelé e o mestre Armando Nogueira, no museu do futebol, São Paulo. Dois gênios em suas respectivas áreas.

O Rei Pelé e o mestre Armando Nogueira, no museu do futebol, São Paulo. Dois gênios em suas respectivas áreas.


Na sala de imprensa Armando Nogueira, em General Severiano, o narrador José Carlos Araújo, o Garotinho, ao lado do mestre.

Na sala de imprensa Armando Nogueira, em General Severiano, o narrador José Carlos Araújo, o Garotinho, ao lado do mestre.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


Da esquerda para a direita: Armando Nogueira, Milton Neves e Carlos Melles.

Da esquerda para a direita: Armando Nogueira, Milton Neves e Carlos Melles.


Da esquerda para a direita: Renan, Lars Grael, Armando Nogueira, Esperidião Amin, Milton Neves, Carlos Melles, o nadador Fernando Scherer (o Xuxa) e o representante do então prefeito de Joinville, Luiz Henrique da Silveira, que depois seria governador do estado de Santa Catarina.

Da esquerda para a direita: Renan, Lars Grael, Armando Nogueira, Esperidião Amin, Milton Neves, Carlos Melles, o nadador Fernando Scherer (o Xuxa) e o representante do então prefeito de Joinville, Luiz Henrique da Silveira, que depois seria governador do estado de Santa Catarina.


Armando e Milton (dir) atentos aos homenageados da noite.

Armando e Milton (dir) atentos aos homenageados da noite.


Armando Nogueira, Milton Neves e o Deputado Carlos Melles (então Ministro dos Esportes), em 2000, no troféu

Armando Nogueira, Milton Neves e o Deputado Carlos Melles (então Ministro dos Esportes), em 2000, no troféu "O Jornaleiro", em Joinville (SC). Abaixo, mais fotos do poeta Armando Nogueira no evento.


Armando Nogueira e Milton Neves, em 2000, na linda Joinville. Atrás, o excelente Lars Grael.

Armando Nogueira e Milton Neves, em 2000, na linda Joinville. Atrás, o excelente Lars Grael.


Em 1997, então no SporTV, Renata Cordeiro conversa com Armando Nogueira. Foto: arquivo pessoal de Renata Cordeiro

Em 1997, então no SporTV, Renata Cordeiro conversa com Armando Nogueira. Foto: arquivo pessoal de Renata Cordeiro


Armando Nogueira e Milton Neves durante o programa Cartão Verde da TV Cultura em 1995, Flavio Prado apresentou o programa que ainda contou com a participação de José Trajano. Foto: Reprodução

Armando Nogueira e Milton Neves durante o programa Cartão Verde da TV Cultura em 1995, Flavio Prado apresentou o programa que ainda contou com a participação de José Trajano. Foto: Reprodução


Em 1992, na abertura dos Jogos Olímpicos de Barcelona: Luciano do Valle, Alvaro José e Armando Nogueira. Foto: Reprodução Instagram/Alvaro José

Em 1992, na abertura dos Jogos Olímpicos de Barcelona: Luciano do Valle, Alvaro José e Armando Nogueira. Foto: Reprodução Instagram/Alvaro José


Armando Nogueira e Kitty Balieiro durante a Copa da Itália, em 1990. Foto: Reprodução

Armando Nogueira e Kitty Balieiro durante a Copa da Itália, em 1990. Foto: Reprodução


Renata Cordeiro e Armando Nogueira na década de 90. Foto: arquivo pessoal de Renata Cordeiro

Renata Cordeiro e Armando Nogueira na década de 90. Foto: arquivo pessoal de Renata Cordeiro


Em 1958 e em 2009

Em 1958 e em 2009


Em 2009, cerca de um ano antes de sua morte. Foto: Divulgação

Em 2009, cerca de um ano antes de sua morte. Foto: Divulgação


Em uma mesa redonda para falar de Olimpíadas, grandes jornalistas se reuniram: da esquerda para a direita, Edvar Simões, Paulo Russo, Armando Nogueira, Luciano do Valle, Silvio Luiz e Rui Viotti

Em uma mesa redonda para falar de Olimpíadas, grandes jornalistas se reuniram: da esquerda para a direita, Edvar Simões, Paulo Russo, Armando Nogueira, Luciano do Valle, Silvio Luiz e Rui Viotti


Da esquerda para a direita, Carlos Roberto Kirmayr, Luciano do Valle e Armando Nogueira

Da esquerda para a direita, Carlos Roberto Kirmayr, Luciano do Valle e Armando Nogueira


Estúdio da Rede Bandeirantes, na Copa do Mundo de 1994, em Dallas. Programa Apito Final. Da esquerda para a direita, Armando Nogueira, Júlio Mazzei, Mário Sérgio, Luciano do Valle, Rivellino, Tostão e Silvio Luiz. Foto enviada por Tatá Muniz

Estúdio da Rede Bandeirantes, na Copa do Mundo de 1994, em Dallas. Programa Apito Final. Da esquerda para a direita, Armando Nogueira, Júlio Mazzei, Mário Sérgio, Luciano do Valle, Rivellino, Tostão e Silvio Luiz. Foto enviada por Tatá Muniz

 

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