Richarlison foi, pelo menos durante alguns dias depois do primeiro jogo do Brasil na Copa do Qatar, o nome mais comentado em nosso país em todos os seguimentos.
E justamente, já que o golaço que ele marcou contra a Suíça (o segundo dele na partida) tem muito jogador que não consegue fazer durante toda a carreira.
Imagine então em um jogo de Mundial?
Foi espetacular!
Tanto que hoje foi merecidamente eleito o gol mais bonito da Copa do Qatar.
E Richarlison tem outra grande qualidade, que é o seu carisma raríssimo.
Incrível como ele aparenta ser gente boa e perto dele é difícil você ver alguém que não esteja sorrindo.
Mas, mesmo com dor no coração, por se tratar de um cara espetacular, precisamos falar a verdade.
Ele ficou devendo um pouquinho no decorrer do Mundial.
E, claro, não é só ele, não.
Desde Ronaldo Fenômeno, na Copa de 2006, talvez o nosso melhor centroavante tenha sido o Luis Fabiano, em 2010.
Em 2014, Fred decepcionou.
Em 2018, Gabriel Jesus conseguiu terminar a Copa sem balançar as redes.
E agora tivemos mais essa decepção com nosso camisa 9.
E por onde será que andam os grandes goleadores brasileiros, hein?
Eu, particularmente, adoro o Pedro, do Flamengo.
Mas ele ainda está muito longe de um Careca, de um Ronaldo ou de um Romário (que era 11, mas que guardava a bola na rede como poucos).
Será que Endrick, que joga tanto centralizado quanto pelas pontas, poderá suprir essa carência brasileira na próxima Copa?
Espero que sim!
Ele, sim, tem chances de chegar ao nível dos já citados Ronaldo e Romário.
E, assim como essas duas lendas, também pode conduzir o Brasil a mais um título mundial.
Sim, já que, sem um goleador nato, vejo como complicada a busca do Brasil pelo hexa.
Concorda?
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Scaloni prova que técnico ganha jogo e Copa! Por @MarcosJuniorMic
Fiquei triste quando o Seu Mingo, o saudoso Domingos Fernandes, deixou o Departamento de Futebol do Saint Moritz, o clube de campo de Mairiporã que frequentei na minha infância e adolescência.
Ele organizava os rachões e os campeonatos de Futebol de Salão e Campo, e eu sempre era o capitão dos seus times, o camisa 10 das seleções do clube nos jogos "contra".
Naquele de mais cara memória para mim, contra o forte time dos Pequeninos do Jóquei, ele foi conversando comigo desde o vestiário até a entrada em campo, em um domingo ensolarado com quase todos os sócios presentes acompanhando a partida.
Até as piscinas ficaram às moscas.
Fiz o gol de abertura do placar, cruzamento do Juca, da direita, bem no comecinho, menos de 5 minutos de bola rolando.
Meu pai, querido, naquele dia não levou sua Gino Super-8 para eternizar o momento, mas quem quiser saber como foi, vejam o 1 a 0 do Fluminense sobre o Corinthians na "Invasão Corintiana" no Maracanã na semifinal do Brasileiro de 1976, tento marcado por Carlos Alberto Pintinho.
Depois, com um entrosamento absolutamente perfeito, "entramos na roda" e tomamos uma virada dolorida, 5 a 1...
Ao término do jogo, Seu Mingo me disse apenas uma palavra:
- Que golaço, Marquinhos!
Não pela derrota, mas pela troca da diretoria, Seu Mingo acabou não integrando a lista de diretores de uma gestão seguinte, e um novo associado, o Seu Jaime, já com seus 60 anos, assumiu o comando, .
Eu sempre fui vaidoso com o status que havia conquistado na condição de um dos melhores boleiros do clube, ao lado do querido Alexandre Marinheiro.
Então, com o novo treinador, eu precisava "mostrar serviço" para manter-me como o camisa 10 do Saint Moritz...
O primeiro teste foi no Futebol de Salão, e este novo treinador me chamou para eu tentar bater uma falta encobrindo a barreira, ameaçando passar a bola antes de chutar.
Fiz o gol e mais alguns neste amistoso, e ele sempre me ensinava algum "truque", alguma jogada ensaiada.
Depois, já adolescente, na Portuguesa de Desportos, meu outro professor foi o Seu Hermínio, ex-zagueiro da Lusa que comandava as divisões de base no Canindé.
Não fui o sucesso nos gramados que fui no Salão e mesmo no Saint Moritz, mas ainda assim vivi bons momentos por lá.
Seu Hermínio era obstinado por bolas paradas e eu aprendi muito com ele.
Ganhamos vários jogos por conta disso...
Abri as gavetas empoeiradas das minhas memórias porque acho que este técnico argentino, Lionel Scaloni, é daqueles que deixa claro que técnico ganha jogo sim!
Merecidamente conquistou a Copa do Qatar, mudando seu time, tanto nos jogadores como na forma de jogar ao longo da competição.
E, na final, não fez aquilo que poderia se esperar, "trancando o time" com medo de Mbappé...
Apostou em Dí Maria e contou com mais uma jornada especial de Messi, além da total entrega dos demais.
Scaloni, penso, deva ser tão generoso como meus técnicos do Saint Moritz e da Lusa...
Daqueles que conversa com seus jogadores ao "pé do ouvido" e lhes parabeniza pelos feitos.
Hoje, são os jogadores e os torcedores do bom futebol quem devem agradecer a Lionel Scaloni.
Por tudo isso e, ainda, por ter colocado seu xará para bater a primeira penalidade na hora da decisão.
E também deve-se agradecer à França e Mbappé, por uma final de Copa maravilhosa.
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Na maior final da história das Copas, Messi vai de uma vez por todas ao patamar de Maradona. Por: @lucas_creis
Temos um novo tricampeão mundial! Argentina e França fizeram a maior final da história das Copas do Mundo e, com ares absolutamente dramáticos, decidiram a taça nas penalidades.
Corajosa, intensa, quente, inteligente, a equipe de Lionel Scaloni teve o título nas mãos até os dez minutos finais do tempo regulamentar, viu a França igualar o marcador com a genialidade de Mbappé, voltou a frente na prorrogação e viu a equipe europeia igualar tudo novamente. Mas, da forma mais emocionante possível, levou a Taça Fifa para Buenos Aires pela terceira vez na história com a perfeição nas suas cobranças e o brilho do goleiro Martínez.
O título argentino coloca Messi de vez no patamar mais alto possível no futebol mundial. O camisa 10 albiceleste se coloca finalmente ao lado de Diego Maradona no olimpo do esporte bretão, encerrando qualquer tipo de discussão.
Com muita personalidade, foi a Argentina quem tomou a iniciativa do jogo, pressionou a França nos minutos iniciais com Messi e Di Maria muito ativos. A pressão surtiu efeito aos 20 minutos, quando Di Maria sofreu pênalti de Dembele, e Messi bateu com maestria para abrir o placar.
Dez minutos depois, num contra-ataque de manual, Di Maria recebeu um passe pornográfico do Mac Allister e, frente a frente com Lloris, e fez o segundo.
O primeiro tempo de Los Hermanos foi perfeito. Marcação segura, intensa, organizada. Não por acaso, o goleiro Martínez não trabalhou nos primeiros 45 minutos, que terminou com a Argentina finalizando seis vezes (três no gol), contra nenhuma finalização francesa.
A dinâmica do segundo tempo se modificou. Com a boa vantagem no placar, a Argentina mudou sua postura, baixou um pouco suas linhas, passou a esfriar a partida quando tinha a possibilidade, ou contra-atacava nos momentos possíveis. A França equilibrou a posse de bola, mas chances reais de gols não apareciam.
Aos 35 minutos do segundo tempo, no entanto, Otamendi cometeu um pênalti bobo, que Mbappé converteu, colocando fogo na partida que vinha sendo bem controlada pelos sul-americanos.
E num passe de mágicas, Mbappé recebeu um belíssimo passe de Thuram, e marcou um golaço para empatar o placar. O empate francês veio num intervalo de menos de cinco minutos, justamente quando tudo parecia definido.
A prorrogação foi cheia de emoçõs, porém com a França melhor. Foi a Argentina, no entanto, quem chegou ao gol primeiro, mais uma vez com Lionel Messi. Só que estamos falando de futebol e, de pênalti, Mbappé voltou a igualar o placar, levando a decisão para os pênaltis.
Com a bola na marca da cal, os argentinos foram perfeitos. A França parou em Martínez, e deu a chance da equipe sul-americana sacramentar o título. Coube ao lateral Montiel cobrar com tranquilidade e decretar o terceiro título mundial da história de Los Hermanos.
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Zagueiro clássico, Mauro Galvão comemora 61 anos
TEXTO RETIRADO DA PÁGINA DE MAURO GALVÃO NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?”, DE AUTORIA DE ROGÉRIO MICHELETTI
Um dos zagueiros mais clássicos da história do futebol brasileiro, Mauro Galvão, que marcou época no Internacional e no Vasco da Gama, comemora nesta segunda-feira 61 anos.
Embora fosse gremista na infância, Mauro Galvão defendeu o Internacional até 1986. Transferiu-se para o Bangu. Na época, o time de Moça Bonita investiu muito e além de Mauro Galvão contratou também o volante Toby (ex-Coritiba) e o meia Neto (revelação do Guarani e que depois brilhou com a camisa do Corinthians).
Em 1988, ele trocou de equipe. Mauro Galvão, o ponta-direita Marinho e o meia Paulinho Criciúma deixaram o Bangu para defender o Glorioso, que sofria com a falta de títulos. Mauro Galvão ajudou o Fogão a sair da fila (foi campeão em 89 e 90) e depois foi jogar no Lugano, da Suíça, entre 1990 e 1996.
Depois de seis anos na Europa, Mauro Galvão retornou ao futebol brasileiro e realizou um sonho de infância: vestiu a camisa do Grêmio. Pelo Tricolor gaúcho, Mauro Galvão foi campeão brasileiro de 1996 e da Copa do Brasil de 1997.
O zagueiro, de estilo clássico, manteve a fama de pé-quente no Vasco da Gama, onde jogou entrre 1997 e 2001 e conquistou vários títulos, entre eles o Carioca de 98, o da Libertadores de 98 e do Copa João Havelange de 2000.
RECORDE
Mauro Galvão detém um recorde impressionante, como sendo o jogador profissional de futebol que conquistou títulos no Campeonato Brasileiro com o maior intervalo de tempo, 17 anos. Ele foi campeão brasileiro em 1979 pelo Inter e pelo Grêmio em 1996.
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Messi e a jornada do herói: a trajetória do camisa 10 na seleção até o título mundial. Por: @lucas_creis
Estádio Lusail, Doha, Qatar, dia 18 de dezembro de 2022: Montiel corre para a bola, que está parada na marca do pênalti, bate com o pé direito, o goleiro Lloris cai para o lado esquerdo do gol, a bola vai para o lado oposto. Gol da Argentina, que, nas penalidades, conquista a Copa do Mundo. Imediatamente todas as câmeras do planeta se direcionam para um jogador e não é o autor da última cobrança.
Camisa 10 e capitão da equipe albiceleste, Lionel Messi desaba frente ao foco de todo o mundo. Dezesseis anos depois da primeira tentativa, e cinco Copas mais tarde, o herdeiro de Diego Maradona finalmente conquista o mundo.
Mas o caminho até a Taça Fifa não foi fácil. Muito pelo contrário.
Para ser campeão do Mundo, Messi caiu, sofreu, desistiu, voltou, despencou, ressurgiu e, cumprindo toda a “jornada do herói”, chegou ao auge dessa trajetória no Qatar.
Messi estreou na seleção principal da Argentina em 17 de agosto de 2005, num amistoso contra a Hungria, quando o meia-atacante então com 18 anos entrou substituindo Lisandro Lopez e ficou em campo por apenas 47 segundos até receber um cartão vermelho e ser expulso.
Sabia-se que ali estava presente o futuro do futebol argentino, campeão olímpico em 2004 e campeão mundial sub-20 em 2005.
Depois de crescer na Espanha, onde se formou como jogador na base do Barcelona, Messi era desejado pela seleção local, mas escolheu defender a Argentina. Despontando como um grande craque, o jovem logo viveu sua primeira experiência em Copas na Alemanha, em 2006.
Reserva num time recheado de grandes jogadores, Leo teve sua primeira oportunidade diante da antiga Sérvia e Montenegro, quando debutou nos mundiais e logo fez seu primeiro gol. O camisa 19 ainda entrou em campo diante do México nas oitavas de final, mas assistiu do banco ao traumático jogo contra a Alemanha, que acabou culminando na queda argentina nos pênaltis.
O ciclo de quatro anos após a Copa da Alemanha mudou Messi de patamar. Entre 2006 e 2010, o argentino deixou de ser “promessa” para virar o grande craque de seu país e do planeta. E quando desembarcou na África do Sul para sua segunda Copa do Mundo, já como camisa 10 da Argentina, o meia-atacante já era “o dono do time” comandado por Maradona.
Com um período pré-Copa conturbado e uma classificação que veio apenas na repescagem para o mundial, a Argentina foi para a África desacreditada e, com uma seleção bastante bagunçada sob o comando de seu maior ídolo, não fez uma campanha empolgante. Embora tenha chegado até as quartas de final novamente e de forma invicta, Messi e cia não convenceram e caíram para a jovem seleção da Alemanha. Vieram as críticas.
E foram críticas pesadas! A comparação com Maradona era inevitável e o camisa 10 não conseguia repetir na seleção o mesmo que fazia no Barcelona. Havia quem se irritasse com o fato de Messi não cantar o hino nos jogos da equipe albiceleste. Outros reclamavam da passividade e da falta de liderança do jogador. Messi, embora fosse reconhecido como um craque, era “pouco argentino” para de fato suceder Maradona.
Cada vez mais genial no Barça, Messi não conseguia despertar na Argentina a paixão que na Catalunha, mas teve um ciclo melhor com sua seleção entre 2010 e 2014, quando, pela primeira vez, chegou a uma Copa com um time competitivo ao seu redor.
No Mundial disputado no Brasil, a Argentina finalmente chegou como candidata real ao título. Sob o comando de Alejandro Sabella, Los Hermanos jogavam “para Messi”. E ele brilhou! Leo (acompanhado dos brilhantes Mascherano e Di Maria) levou o time albiceleste até a decisão da Copa diante da Alemanha. Mas depois de jogar melhor e criar mais chances na grande decisão, os argentinos sucumbiram diante do gol de Mário Gotze.
Messi foi eleito o melhor jogador da competição, recebeu o troféu cabisbaixo e não escondeu a tristeza pelo fracasso. A dor era evidente!
A Argentina não conquistava um título desde 1992 e toda a responsabilidade estava nas costas do camisa 10. Messi era o símbolo de uma geração que vinha acumulando fracassos.
Veio então uma chance de quebrar o jejum: a Copa América de 2015. Mesmo sem encantar, os argentinos chegaram até a grande final para enfrentar o Chile, que jogava em casa. Depois de um jogo duro, que terminou 0 a 0, a decisão foi para os pênaltis. Messi abriu as cobranças para os argentinos, mas todos seus companheiros seguintes desperdiçaram suas oportunidades e os chilenos sagraram-se campeões. Mais uma taça que escapou.
Um ano depois, argentinos e chilenos se encontraram novamente na final da Copa América Centenário, disputada nos Estados Unidos. Mais um jogo enroscado, mais um empate em 0 a 0 e mais uma decisão nos pênaltis. Assim como em 2015, Messi bateu o primeiro pênalti dos argentinos, mas dessa vez não foi feliz. O camisa 10 pegou mal na bola e chutou por cima. Os chilenos foram mais eficientes, converteram quatro cobranças, contra apenas dois acertos de Los Hermanos, e ficaram com o título. Mais um vice para Leo e a Argentina.
Parecia o fim dessa história.
Após a derrota traumática, Messi desistiu. Muito abalado, o craque revelou que não tinha mais cabeça para seguir tentando e anunciou que não pretendia mais jogar pela seleção. As coisas simplesmente não davam certo.
O herdeiro da camisa 10 de Maradona estava deixando a Argentina e os argentinos. Estava abandonando sua “missão”, tal qual Luke Skywalker recusou o chamado no Episódio IV de Star Wars.
Convencido a retornar, Messi voltou a vestir a icônica camisa albiceleste e, num ciclo complicado, em que a seleção argentina teve três técnicos diferentes, foi ao mundial da Rússia com a expectativa de finalmente desencantar.
Com um gol na campanha ruim de Los Hermanos no mundial disputado em solo russo, Messi e a Argentina caíram ainda nas oitavas de final goleados pela França. Mas ele não estava mais disposto a largar mão do desafio. O camisa 10 estava engajado e decidido a fazer história, e seguiu na seleção para mais um ciclo de Copa. Mais quatro anos para chegar ao Qatar. Mais uma período para tentar, pela última vez, o tão sonhado título mundial.
Nesse meio tempo havia duas Copas Américas. Duas chances de quebrar o jejum de títulos de seu país e assim minimizar a pressão em cima da seleção. Na primeira oportunidade, queda nas semifinais diante do Brasil. Na segunda, finalmente a taça veio: Argentina campeã justamente sobre o Brasil em pleno Maracanã. A fila acabou! Festa em Buenos Aires. Los Hermanos tinham uma seleção confiável mais uma vez. Messi estava novamente feliz e muito bem acompanhado, e confirmou isso numa bela campanha de Eliminatórias.
A Argentina viajou ao Qatar entre as principais candidatas ao título, mas longe de ser A FAVORITA. Messi foi ao país árabe declarando que essa seria sua última Copa. A última oportunidade de conquistar o mundo.O último suspiro em mundiais para tentar igualar Maradona. Tinha que ser essa Copa. Messi tinha que fazer A COPA. E fez…
A estreia foi a pior possível: apesar de um gol do camisa 10, derrota para a Arábia Saudita. Choveu críticas. A confiança foi para o buraco. Dali em diante, os argentinos jogariam “finais” em todas as partidas seguidas e não poderiam mais perder. Bom, de fato não perderam.
Los Hermanos avançaram jogo após jogo, fase após fase. E com seu grande craque brilhando. Foram cinco gols até a grande final e desempenhos de arrancar o fôlego de quem quer que fosse. O camisa 10 desfilou nos gramados do Qatar e levou sua equipe até a decisão, contra a fortíssima França de Mbappé.
Aos 35 anos, Messi fez a Copa de sua vida! Mas ainda não era o bastante.
Vestindo a icônica camisa 10 e carregando a braçadeira de capitão, Leo tinha um último encontro com o mundial. Uma última chance de encostar na Taça Fifa. Uma última oportunidade de repetir o feito de Maradona.
Como grande craque que é, brilhou na decisão, fez dois gols, cobrou o primeiro pênalti e, após um jogo absolutamente dramático, viu Montiel converter a última cobrança para a Argentina.
Ufa!
Dezessete anos e cinco Copas depois de sua estreia, o sonho se realizou. Depois de passar por tudo na seleção, Messi finalmente conquistou o mundo.
A longa história, repleta de altos e baixos, explica o choro do camisa 10, que desabou assim que o chute de Montiel venceu Lloris.
Não foi só a conquista de uma Copa do Mundo. Foi a entrada definitiva ao olimpo. Foi a realização de um sonho que, por muitas vezes, parecia inalcançável.
Por muitos anos, a discussão sobre o tamanho de Messi na história do futebol esbarrava em “falta uma Copa do Mundo para ele”. Não falta mais.
O primeiro jogador desde Maradona que conseguiu ser comparado a Pelé se coloca de uma vez por todas no mais alto patamar possível do futebol. Messi É O FUTEBOL e finalmente fechou seu ciclo. A jornada do herói foi cumprida.
É difícil explicar a emoção de vê-lo em campo. Me sinto abençoado por ter vivido essa Era, por ter acompanhado essa trajetória, por ter a oportunidade de assisti-lo toda semana rumo ao lugar mais alto desse esporte.
O mundial do Qatar acaba com qualquer discussão. Não falta mais nada, Messi.
Obrigado por tanto!
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Sobrinho "agregado" de Pelé catalogou 2.500 peças do Atleta do Século
Em matéria divulgada no site da ESPN, assinada pelos jornalista Marcelo Gomes e Rafael Valente, um belo capítulo da memória futebolística mundial foi narrado em vídeo por conta de um sobrinho "agregado" de Pelé, Rogério Zilli, que catalogou 2.500 peças do Atleta do Século, que hoje integram o Muséu Pelé, em Santos.
Zilli, de 57 anos, é casado com Danielle Nascimento, filha de Maria Lúcia, irmã de Pelé e neta de Dona Celeste, mãe do Rei do Futebol, que segue em tratamento contra um câncer no intestino em São Paulo, no Hospital Israelita Albert Einstein.
"Estão em exposição ao público aproximadamente 160 a 170 objetos, que eu considero o filé mignon. Mais ou menos 400 objetos ficam numa sala de reserva técnica, que é como se fosse o banco de reservas de um time de futebol. Eles ficam guardados lá. São arquivos, como se fosse um cartório, não ficam à vista", disse Rogério Zilli aos jornalistas da ESPN.
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Felipe Drugovich vai disputar a Corrida dos Campeões
O brasileiro Felipe Drugovich, que neste ano conquistou o título da Fórmula 2, em sua terceira temporada pela categoria, disputará a Corrida dos Campeões entre 28 e 29 de janeiro em Pite Havsbad, na Suécia, prova que reunirá nomes de peso do automobilismo mundial.
Drugovich, que em 2023 será piloto de desenvolvimento da Aston Martin ao lado do belga Stoffel Vandorne, participará pela primeira vez de uma competição automobilística no gelo e na neve, a convite de Fredrik Johnsson, que organiza a competição onde estarão também Sebastian Vettel, Valtteri Bottas, David Couthard, Mika Hakkinen, Jamie Chadwick e Tom Kristensen, entre outros.
Fiquei muito feliz pelo convite e pela oportunidade de competir com tantos grandes nomes”, comentou Drugovich, de 22 anos. A Aston Martin na Fórmula 1 seguirá com o canadense Lance Stroll e para a vaga do aposentado Vettel contará com o espanhol Fernando Alonso, que deixou a Alpine.
COMO SERÁ A CORRIDA DOS CAMPEÕES
Os pilotos são divididos em grupos na fase inicial, onde todos se enfrentam entre si, com os carros trocados entre as baterias, e os mais bem sucedidos avançam à próxima fase. Daí em diante os confrontos passam a ser diretos, sem segunda chance, e assim são definidos os semifinalistas e, depois, os finalistas.
A final será disputada por apenas dois pilotos em uma “melhor de três”, que definirá o Campeão dos Campeões.
VENCEDORES DE OUTRAS EDIÇÕES
A Corrida dos Campeões é disputada desde 1988 e foi vencida por Sébastien Loeb (2022, 2008, 2005 e 2003), David Coulthard (2018 e 2014), Juan Pablo Montoya (2017), Sebastian Vettel (2015) e Romain Grosjean (2012), entre outros.
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Vai ser inevitável e cada vez mais comum ver gente colocando Messi acima de Pelé. Por: @lucas_creis
A conquista da Argentina na Copa do Mundo de 2022 com uma grande campanha de Lionel Messi reacendeu um debate eterno: o tamanho do camisa 10 argentino na história do futebol.
Afinal, agora que tem uma Copa, Messi alcançou Maradona? Ultrapassou o Don Diego? Já pode ser comparado a Pelé? É possível colocá-lo acima do Rei do Futebol?
Independente de qual seja a conclusão, um fato é certo: Vai ser inevitável e cada vez mais comum ver gente colocando Messi no mesmo patamar ou até mesmo acima de Pelé.
Esse é um caminho sem volta!
Pelé parou de jogar em 1977 defendendo o NY Cosmos. A despedida do Santos foi em 1974. E o adeus à seleção brasileira aconteceu em 1971. Lá se vão quase cinco décadas. O Rei jogou e encantou numa época cada vez mais distante e, mais do que isso, com bem menos imagens do que Maradona, por exemplo. Muita coisa feita pelo ex-camisa 10 do Santos e da seleção brasileira não foi registrada ou ficou gravada em imagens precárias.
Claro que isso não apaga e não diminui os feitos de Pelé, que é e continuará sendo O Maior de Todos os Tempos. Mas é um fator que precisa ser considerado para entender como será cada vez mais comum ver muitas análises que colocarão Messi junto ou acima do Rei.
Outro ponto importante: de forma inevitável, é cada vez menor o número de pessoas que viram Pelé jogar e que seguem “espalhando a palavra” do Rei. As histórias envolvendo o ex-camisa 10 são cada vez mais distantes e, para um garoto de 10 anos, pode parecer quase que um conto mitológico. E esse mesmo garoto, quando estiver om 30 anos de idade, talvez nem considere mais Pelé em seu ranking pessoal.
Ao mesmo tempo, Messi é visto fazendo coisas absurdas semana após semana, temporada após temporada, há quase vinte anos sem deixar o nível cair.
Por muito tempo, o argumento para “barrar” o argentino nas mais altas prateleiras do futebol mundial era a falta de uma Copa. Não falta mais. Não falta nada na carreira de Lionel.
E quando alguém quiser colocá-lo no mesmo nível ou até acima de Pelé, certamente argumentará que Messi tem simplesmente sete prêmios de melhor do mundo, 10 títulos do Campeonato Espanhol, oito da Supercopa da Espanha, sete da Copa do Rei, quatro da Champions League, três da Supercopa Europeia e três do Mundial de Clubes, uma Copa América e uma tão sonhada Copa do Mundo, sem contar dois prêmios de melhor jogador em Copas.
Messi não está e não terminará sua carreira acima de Pelé. Ninguém estará!
Mas é inevitável, temos que nos acostumar a ver cada vez mais gente fazendo a comparação e colocando o argentino como o melhor de todos os tempos!
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Saudade: Há 12 anos morria Enzo Bearzot, técnico campeão mundial com a Itália em 82
Há exatos 12 anos, em 21 de dezembro de 2010, morria o ex-treinador italiano Enzo Bearzot, que comandou a Azurra na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, tornando-se campeão após um início fraco na competição, que embalou após o time eliminar a favorita seleção brasileira no Estádio do Sarriá por 3 a 2, na feliz jornada do também saudoso Paolo Rossi (1956-2020). Bearzot, então aos 83 anos, morreu de causas naturais, enquanto dormia, em sua residência, na cidade de Milão.
Bearzot foi zagueiro, mas não obteve nos gramados o mesmo sucesso que conseguiu fora deles. Como atleta, defendeu as cores da Internazionale, Catania e Torino, este seu último clube, onde acabou iniciando sua trajetória como treinador.
Além de comandar a Itália na Copa de 1982, sagrando-se campeão, Enzo Bearzot também dirigiu a seleção de seu país no Mundial anterior, o de 1978 disputado na Argentina e o de 1986, que foi realizado no México.
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Achados & Perdidos: Pelé recebia as seis medalhas pela unificação dos títulos brasileiros há 12 anos
Há exataos 12 anos, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) legitimava a unificação dos títulos brasileiros, com isso, Pelé passou a ter seis títulos nacionais, todos pelo Santos Futebol Clube (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965 pela Taça Brasil) e 1968 (pelo Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão/Taça de Prata).
Naquele 22 de dezembro de 2010, então no Itanhangá Golf Club, no Rio de Janeiro, Pelé agradeceu a homenagem e ao ser indagado pelos repórteres pelas seis medalhas que estava recebendo, cantou um trecho do hino do Santos:
"Agora quem dá bola é o Santos!", cantarolou o Rei do Futebol carregando no peito as seis medalhas pelos títulos brasileiros.
Em seguida, relembrou todos aqueles que foram fundamentais nas conquistas santistas:
"Fico feliz de estar aqui em nome de todos aqueles que passaram naquela época. Dos presidentes aos roupeiros, que limpavam as nossas chuteiras, é uma honra, uma alegria muito grande eu estar aqui representante a todos que fizeram isso ser possível. E espero que a garotada de agora, os jovens de agora, reconheçam esses títulos. A gente tratava aquelas competições como títulos nacionais", comentou Pelé na ocasião.
Pelé, hoje, está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, em tratamento contra um tumor no intestino.
ABAIXO, RELAÇÃO DOS CLUBES BRASILEIROS QUE TIVERAM SEUS TÍTULOS NACIONAIS RECONHECIDOS PELA CBF
TAÇA BRASIL
1959 – Bahia
1960 – Palmeiras
1961 – Santos
1962 – Santos
1963 – Santos
1964 – Santos
1965 – Santos
1966 – Cruzeiro
1967 – Palmeiras
1968 – Botafogo
TORNEIO ROBERTO GOMES PEDROSA (ROBERTÃO/TAÇA DE PRATA)
1967 – Palmeiras
1968 – Santos
1969 – Palmeiras
1970 – Fluminense
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Scaloni seria chamado de "Professor Pardal" se comandasse o Brasil. Por: @lucas_creis
A Argentina campeã do mundo no Qatar teve como fato marcante, além do show de Messi em toda a campanha, a versatilidade do técnico Lionel Scaloni, que não repetiu nenhuma escalação nos sete jogos e apresentou diferentes opções táticas a cada adversário.
Mas e se fosse no Brasil?
E se Scaloni comandasse a seleção pentacampeã e optasse por mudar peças e esquemas a cada partida?
E aqui fica uma crítica aos torcedores e também à imprensa de nosso país, afinal, no Brasil, Scaloni seria chamado de “Professor Pardal” na primeira tentativa de adaptar sua equipe aos rivais.
Na melhor das hipóteses, diriam que o treinador estaria perdido no comando da equipe.
Desde o título da Argentina, a conquista do time de Scaloni “virou exemplo” para Tite e a seleção brasileira. Se tornou um vício comum usar a conquista de Los Hermanos para dar lições ao time verde e amarelo.
Mas a campanha argentina dá lições mais valiosas para nós, aqui do lado de fora, imprensa e torcida.Ou Scaloni não seria bombardeado mudasse escalação e sistema a cada jogo?
Todo mundo quer ver na seleção ou em seu clube do coração um treinador arrojado, corajoso, ousado e com variações táticas que possam surpreender e incomodar os rivais. Mas a paciência vai até o primeiro jogo ruim.
E a questão que fica agora é: Quem vai ser o primeiro Pardal do futebol brasileiro em 2023?
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19/05/2025