por Túlio Nassif
Filho do casal de imigrante italianos Mario Bergoglio e Regina Maria Sivori, Jorge Mario Bergoglio, nasceu no dia 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina. Foi criado no bairro de Flores, atual sede do San Lorenzo, onde fez graduação e mestrado em química, na Universidade de Buenos Aires.
Quando criança, acompanhava seu pai nos jogos de basquete no San Lorenzo, um dos cinco grandes do futebol argentino e cujas origens haviam sido impulsionadas por um padre. Jorge tornar-se-ia torcedor sanlorencista fanático, uma vez que, quando iniciou no mundo dos esportes, aos 10 anos, já havia ganhado seu primeiro título argentino, sem perder se quer um jogo, no ano de 1946.
Em sua juventude, teve uma doença respiratória que o levou a remoção de um pulmão, devido ao tabaco. Mais tarde, teve até uma namorada, Amália. Segundo ela, Bergoglio chegou a pedi-la em casamento, tendo ele inclusive afirmado que, do contrário, se tornaria padre.
Ingressou no noviciado da Companhia de Jesus em março de 1958. Fez o juniorado em Santiago, Chile. Graduou-se em Filosofia em 1960, na Universidade Católica de Buenos Aires. Entre os anos 1964 e 1966, ensinou Literatura e Psicologia, no Colégio Imaculada, na Província de Santa Fé, e no Colégio do Salvador, em Buenos Aires. Graduou-se em Teologia em 1969. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano. Emitiu seus últimos votos na Companhia de Jesus, em 1973 e, ainda neste mesmo ano, foi nomeado Mestre de Noviços, no Seminário da Villa Barilari, em San Miguel e eleito superior provincial dos jesuítas, na Argentina. Em 1980, após o período do provincialato, retornou a San Miguel, para ensinar em uma escola dos jesuítas.
No período de 1980 a 1986 foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel. Após seu doutorado na Alemanha, foi confessor e diretor espiritual em Córdoba. Além do espanhol, fala fluentemente italiano e alemão.
Foi nomeado pelo Papa João Paulo II, em 20 de maio de 1992, bispo auxiliar de Buenos Aires. E em 3 de junho de 1997, foi nomeado arcebispo coadjutor de Buenos Aires. No ano seguinte, tornou-se arcebispo metropolitano e, ainda em 1998, foi ordinário para os fiéis de rito oriental (outra nomeação recebida pelo Papa João Paulo II), sem um ordinário próprio, na Argentina, no dia 30 de novembro.
Foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público em 21 de fevereiro de 2001 e recebeu o título de cardeal-presbítero. Ao ser nomeado, convenceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma e assim, ao invés de celebrarem sua nomeação no Vaticano, com o dinheiro da longa viagem, pediu a todos que dessem o dinheiro da mesma aos pobres.
Com a abdicação do Papa Bento XVI, em 28 de fevereiro de 2013, assumiu o posto da Igreja Católica Apostólica Romana e atual chefe de estado do Vaticano no dia 13 de março de 2013, sendo o 266º Papa da história.
Assim, se tornou o primeiro jesuíta e primeiro americano a ser eleito Papa, além de ser o primeiro pontífice não-europeu em mais de 1200 anos. A partir deste dia, adotou o no nome de "Francisco?, em referência a São Francisco de Assis, fazendo menção a sua simplicidade e dedicação aos pobres.