Gasperin

Ex-goleiro do Internacional, América e Botafogo-SP

Gasperin, o Luiz Carlos Gasperin, marcante goleiro do Internacional (RS) nos bons tempos de Falcão, Figueroa, Caçapava e Batista, entre outros, morreu em Curitiba (PR) na manhã do dia 26 de janeiro de 2010.

Ele, que morava lá mesmo na capital paranaense, lutava contra um câncer de intestino desde 2005.

Gasperin era dono de uma papelaria (ao lado de sua esposa) e também mantinha-se como técnico de futebol.

Nascido no dia 10 de maio de 1952, Gasperin, que odiava ser chamado de "Gasparin", deixou três filhos (Dudu, Thiago e Cândice Bróglio Gasperin).

O ex-arqueiro também jogou (e bem) no Grêmio, Cruzeiro, América do Rio, Botafogo de Ribeirão Preto, entre outros times. Ele encerrou a carreira em 1990 defendendo o Glória de Vacaria (RS). Foi o último jogador a ganhar prêmio Belfort Duarte, em 1983, quando defendia o América do Rio.

Clubes que defendeu como jogador

E.C. Brasil de Vacaria-RS (1968 a 1970) C.E. Bento Gonçalves-RS (1971 a 1974) Grêmio Portoalegrense-RS (1975) E.C. Juventude-RS (1976) S.C. Internacional-RS (1976 a 1981) Cruzeiro E.C.-MG (1981) América F.C.-RJ (1982 a 1985) Botafogo F.C.-Ribeirão Preto-SP (1985 a 1987) G.E. Glória de Vacaria-RS (1988 a 1990)

Títulos conquistados

Campeão gaúcho da categoria amador pelo Brasil de Vacaria em 1970; camepão da Taça Governador do Estado (como profissional) pelo Bento Gonçalves-RS em 1973; campeão gaúcho pelo Inter em 1976 e 1978; bicampeão brasileiro pelo Inter em 1976; campeão brasileiro pelo Inter em 1979; vice-campeão da Libertadores pelo Inter; campeão dos campeões pelo América-RJ em 1982; campeão da Taça Rio de Janeiro pelo América em 1982; campeão do Torneio de Verão Viña del Mar (Chile) pelo Inter em 1978; campeão do Torneio de Tarragona/Espanha pelo América em 1983; campeão do Torneio Taça Cidade de Uberlândia pelo Botafogo de Ribeirão em 1986 e campeão da Divisão Especial o Rio Grande do Sul pelo Glória de Vacaria em 1988.

Recorde na Libertadores

O time brasileiro com a defesa menos vazada, que tenha disputado todos os jogos da competição Libertadores da América (desde a primeira fase) é o Internacional com a marca de 0,416 gol por jogo.

Em 1961, o Palmeiras em seis jogos sofreu cinco gols, média de 0,83 gol por jogo. Em 1963, o Sqantos sofreu quatro gols em quatro jogos (média de 1,0 por jogo). Em 1977, o Cruzeiro sofreu apenas dois gols em seis jogos (média de 0,33 por jogo). Só que, ppor ter sido campeão do ano anterior, só participou da segunda fase.

Clubes brasileiros como o São Paulo, Grêmio e Palmeiras, conhecidos pelas tradicionais "boas campanhas" durante a Libertadores, jamais atingiram esta marca. Por isso, Gasperin é o goleiro brasileiro com nenor média de gols em uma competição da Libertadores (escalado em todos os jogos) jogando pelo Inter.

Abaixo, leia texto de Cândice Broglio Gasperin, jornalista e filha do ex-goleiro

Meu primeiro presente foi uma bola de futebol

Assim começa Luiz Carlos Gasperin, goleiro profissional por mais de vinte anos, a contar sua história. Gaúcho de Sarandi, mudou-se para Vacaria, no mesmo estado, com apenas cinco anos de idade. Os pais, madeireiros, tentaram passar a profissão para o filho, mas não adiantou. "Não foram raras às vezes que fugia da escola ou da serraria do pai para jogar futebol", afirma.

Depois de várias bolas de presente e sucessivos convites para jogar nos times de amigos e parentes, Gasperin percebeu que levava jeito. A carreira de esportista foi apenas uma conseqüência do talento que ele tinha para o futebol.
Começou a jogar profissionalmente aos quatorze anos, no time amador Esporte Clube Brasil, de Vacaria. Porém, como na época a idade mínima para disputar campeonatos era de dezesseis anos, teve que esperar por dois. Contudo, a estréia já previa a projeção nacional - e até internacional.


Foi campeão estadual aos dezessete anos; aos dezoito, contratado pelos juniores do Grêmio Football Porto-Alegrense. Dali em diante, o sucesso foi inevitável. "No ano seguinte à minha passagem pelo Grêmio, fui para Bento Gonçalves, onde tive o melhor orientador técnico que já conheci em termos de futebol de campo".

Quem entende de esporte sabe de quem ele está falando. Do grande estrategista Ênio Andrade, figura carismática, de cabelos brancos, popular dentro fora de campo. Já falecido, deixou saudades não somente para quem trabalhou com ele, mas também para toda a torcida brasileira.

Juventude, Internacional, Cruzeiro, América-RJ e Botafogo-SP foram apenas algumas das equipes que disputou. E não deixou por menos. Ao todo, são 14 títulos conquistados, sendo dois campeonatos brasileiros, um vice-campeonato da Taça Libertadores da América e o título de "Campeão dos Campeões". Além disso, foi convocado pela extinta Seleção Brasileira de Sêniors, formada por jogadores acima de 33 anos. Porém, aos 39 anos, decidiu parar de jogar. "Chega uma hora em que o corpo não acompanha mais o ritmo, os movimentos e reflexos vão diminuindo. Quando começa assim, o melhor é parar".

A carreira como técnico:

Em 1989, quando parou de jogar profissionalmente, Gasperin decidiu que continuaria no futebol, mas como técnico. Os mais de vinte anos de carreira serviram de base para a nova profissão. O primeiro clube que dirigiu foi o Grêmio Esportivo Glória, na cidade de Vacaria, que também foi o último que defendeu como atleta.

No Rio Grande do Sul, trabalhou em equipes como São Luiz de Ijuí, Brasil de Pelotas, Guarany de Venâncio Aires, Santa Cruz, Caxias de Caxias do Sul, Aimoré de São Leopoldo e Esportivo de Bento Gonçalves.

Já em Santa Catarina, atuou no Caxias de Joinville, Concórdia Futebol Clube, Blumenau, Brusque Futebol Clube e Atlético Hermann Archinger, de Ibirama. No Paraná, passou por equipes como Prudentópolis, Iraty, Ponta Grossa, Rio Branco de Paranaguá e juniores do Paraná Clube.

Conquistou títulos de Campeão da Segunda Divisão de Futebol Catarinense pelo Atlético de Ibirama, Campeão do Primeiro Turno, no ano seguinte, pelo Caxias de Joinville, e também eleito o Melhor Treinador do Campeonato Gaúcho de 1991, pelo jornal Pioneiro, de Caxias do Sul. Quando não está trabalhando em alguma equipe, Gasperin reside em Curitiba, com a família.

Carreira com o filho:

Gasperin deixou três filhos: Carlos Eduardo, preparador físico; Thiago, administrador de empresas, e Cândice, jornalista. O filho mais velho foi o único que quis trabalhar no meio futebolístico, pois desde pequeno, Dudu (como é conhecido) acompanhava o pai nos treinos.

A paixão pelo esporte e a convivência diária com jogadores e diretores de futebol foram essenciais para a escolha da profissão. Começou como mascote do time do Interncaional, depois do Cruzeiro, do América-RJ e do Botafogo.

No Internacional foi até mesmo proibido de entrar em campo pela Federação Gaúcha de Futebol. "Invadi o campo para comemorar um gol durante um Gre-Nal com meu pai, e o juíz saiu correndo atrás de mim para me expulsar", conta rindo. A vontade de seguir os passos do pai veio durante o colégio.

Aos quinze anos começou a treinar no time do Colégio Marista Paranaense, em Curitiba.
Depois, já na faculdade de Educação Física, passou a atuar em equipes amadoras e profissionais. "Quis ser goleiro como meu pai. Disputei campeonatos amadores, joguei pelos juniores do Paraná e do Atlético Paranaense e até treinei com o time B do Real Madrid, na Espanha".

Porém, como estava em idade avançada para começar a carreira (24 anos), resolveu voltar e continuar com a profissão aqui no Paraná.

Em 1999, iniciou a dobradinha com o pai, ao se tornar preparador físico de futebol, no Prudentópolis. A "família Gasperin", como é conhecida, trabalhou também no Ponta Grossa, Atlético de Ibirama (sendo campeões em 2002 na série A2), Caxias de Joinville, Glória, de Vacaria e Caxias, do Caxias do Sul.
 
Em 25 de maio de 2009, recebemos o e-mail de Cândice Broglio Gasperin, filha do ex-goleiro, que nos enviou mais belas fotos do querido Gasperin.
 

Caro amigo Milton!
Tudo bem? O pai pediu para eu te enviar algumas fotos do Inter de 1976 e 1978, acredita que irás gostar.

A de grupo é de 1976, da estreia do pai no Inter, jogo contra o Figueirense, 6x0 para o Internacional.

O time: Gasperin, Claudio, Figueroa, Marinho Peres, Chico Fraga, Falcão, Valdomiro, Jair, Dario,Caçapava e Lula

Foto com faixa:jogo em que o Inter ganhou as faixas de campeão gaúcho de 1978, Inter 4 x 0 Seleção República Tcheca, no Beira Rio.

O time: Gasperin, Hermes, Beliato, Falcão, João Carlos,Jorge Tabajara, Valdomiro, Jair, Adilson, Batista e Luiz Fernando.


Pai sozinho: pai na decisão da Libertadores de 1980.


Um grande abraço da família Gasperin


Atenciosamente,

Cândice Broglio Gasperin

De: Marília - IEME Comunicação [mailto:marilia@iemecomunicacao.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011 12:27
Para: miltonneves@terceirotempo.com.br
Assunto: EM PRODUÇÃO: livro vai contar a história do goleiro Gasperin

Milton, tudo bem?

Após o encontro com a jornalista Cândice Gasperin e com sua ajuda o nome para o livro em homenagem ao goleiro Luiz Carlos Gasperin ficou decidido - será "O Grande Guerreiro". Para a produção da obra, Cândice está realizando diversos encontros com ex-companheiros, jogadores e personalidades do esporte. No último sábado (12), a jornalista reuniu jogadores do América-RJ da década de 80 na cidade do Rio de Janeiro.

Um abraço,

Marília Bobato
IEME Comunicação
www.iemecomunicacao.com.br
marilia@iemecomunicacao.com.br

 "O Grande Guerreiro? vai contar vida e carreira do goleiro Gasperin

Livro será publicado no 2º semestre de 2011 com entrevista de ex-companheiros, jornalistas e personalidades do esporte

Luiz Carlos Gasperin, marcante goleiro do Internacional (RS) nos bons tempos de Falcão, Figueroa, Caçapava e Batista, terá sua vida e carreira contada em livro. Gasperin faleceu na manhã do dia 26 de janeiro de 2010, em Curitiba, após lutar insistentemente contra um câncer de intestino desde 2005.

Em 2008, quando teve que ser sedado após o agravamento da doença e acordou milagrosamente do coma, pediu a sua filha, Cândice Broglio Gasperin, que escrevesse um livro sobre sua história que levasse às vítimas de câncer esperança, determinação e coragem. Em outubro de 2010 fez novamente o pedido, desta vez em sonho. No dia seguinte ao episódio, os filhos encontraram um papel com a letra de Gasperin com 25 lições de vida. Assim, a família decidiu que o livro seria dividido em 25 capítulos.
"Sem dúvidas, meu pai foi um grande guerreiro, dentro e fora de campo, principalmente quando descobriu a doença. Jamais deixou de lutar, manteve a persistência, determinação e fé, suas características marcantes?, comenta a filha que também é jornalista. 

Então, em dezembro de 2010, Cândice junto ao irmão, Carlos Eduardo iniciaram uma pesquisa mais aprofundada sobre Gasperin com encontros reunindo ex-companheiros do jogador, jornalistas e personalidades do esporte. Inclusive, durante um destes encontros com o jornalista Milton Neves, surgiu o nome para o livro - "O Grande Guerreiro?.

Os irmãos já estiveram em Porto Alegre, e seguem com os encontros no Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. O primeiro deles foi em Porto Alegre e contou com a presença de dez jogadores do Internacional ? time de 1979. "Não esperava reunir tantos jogadores, mas foi possível pela boa vontade de todos e de tanto que o Gasperin era querido no nosso grupo. O encontro mostrou que podemos nos reunir mais vezes e manter essa antiga amizade?, afirmou o zagueiro Larry Chaves. A pesquisa para o livro e os encontros seguem até março, sendo que a obra deve ser lançada no 2º semestre deste ano.

Sobre Gasperin:

Luiz Carlos Gasperin jogou no Internacional, Grêmio, Cruzeiro, América do Rio, Botafogo de Ribeirão Preto, entre outros times. Pelo Inter, foi o goleiro brasileiro com menor média de gols em uma competição da Libertadores (escalado em todos os jogos). Foi também o último jogador a ganhar o Prêmio Belfort Duarte antes de sua reformulação, em 1983, quando defendia o América do Rio. Em 1989, quando parou de jogar profissionalmente, Gasperin decidiu que continuaria no futebol, mas como técnico. Os mais de vinte anos de carreira serviram de base para a nova profissão. O primeiro clube que dirigiu foi o Grêmio Esportivo Glória, na cidade de Vacaria, que também foi o último que defendeu como atleta.

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Clubes que defendeu como jogador:

E.C. Brasil de Vacaria-RS (1968 a 1970) C.E. Bento Gonçalves-RS (1971 a 1974) Grêmio Portoalegrense-RS (1975) E.C. Juventude-RS (1976) S.C. Internacional-RS (1976 a 1981) Cruzeiro E.C.-MG (1981) América F.C.-RJ (1982 a 1985) Botafogo F.C.-Ribeirão Preto-SP (1985 a 1987) G.E. Glória de Vacaria-RS (1988 a 1990)

Títulos conquistados:

Campeão gaúcho da categoria amador pelo Brasil de Vacaria em 1970; camepão da Taça Governador do Estado (como profissional) pelo Bento Gonçalves-RS em 1973; campeão gaúcho pelo Inter em 1976 e 1978; bicampeão brasileiro pelo Inter em 1976; campeão brasileiro pelo Inter em 1979; vice-campeão da Libertadores pelo Inter; campeão dos campeões pelo América-RJ em 1982; campeão da Taça Rio de Janeiro pelo América em 1982; campeão do Torneio de Verão Viña del Mar (Chile) pelo Inter em 1978; campeão do Torneio de Tarragona/Espanha pelo América em 1983; campeão do Torneio Taça Cidade de Uberlândia pelo Botafogo de Ribeirão em 1986 e campeão da Divisão Especial do Rio Grande do Sul pelo Glória de Vacaria em 1988.

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