Os filhos da mãe

A matriarcal pátria educadora não aprende a lição. E a cartolagem continua mamando nas tetas! Confira também os palpites do Brasileiro

O ditado reza que tem pai que é cego. Não tem papo, cascata, ou, como merrrrmão diz, caô: todo o mundo vê que há mãe que só enxerga o filho. Fato. Sentimento singular que, muitas vezes, é vivido no plural: mãe vê todos os filhos. Seletivo, coração de mãe é infinito. Sempre cabe mais um. Ou uma. Em se tratando de governo, é assim desde remotos idos. Tum-tum, fortuna, mamata. Que bonito é. Para mamar nas tetas do poder tem de fazer parte da panela... É aguentar, às vezes, alguma pressão. É funk! Martela o martelão. Matriarcal, o (autotintitulado) país do futebol é uma grande família de marsupiais. Leilão. A ligação umbilical da família que vive do futebol se dá em forma de bolsa. Antes fosse bolsa-família... Na última eleição cebefiana, rolou até bolsa-cartola. Grana. E segue o jogo e rola a bola. Pan-Americano é marolinha. Pátria educadora não aprende a lição. Copa do Mundo e Olimpíada, gigantesca marola. Qualquer boquinha, rapaziada entra de sola. Como todos os clubes brasileiros fazem. Dos torcedores, os não “consumidores”, desfazem. Cadê a isonomia? Vovó, sobrinha, titia, quem não queria uma Timemania? A cartolada quis. E levou. E tome Refis. Um, dois... Se precisar, vem o três, a gosta do freguês. Trocar Teixeira por Marin é o fim. Com Del Nero, é fogo, o mesmo lero. Mudam-se as moscas, mesmíssimas manobras. Na maciota, outras toscas. Como a tentativa de implosão da medida provisória que trata das dívidas fiscais dos clubes. Inconstitucional? História. Para boi dormir. À boi gordo. Engodo. É só a mãe CBF tratando de proteger os coitadinhos dos filhos. Do seu clube particular. Protegendo os sócios do próprio negócio. Legal ou ilegal, é papo para advogado. À justiça, nem sempre maiúscula, cabe a sentença. Imoral não é subjetivo. É cristalino adjetivo. Antônimo de decência. Mais triste ainda é quando a pouca transparência é par da incompetência. O resultado é o nosso calendário. Meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro, sem parada para a Copa América, vai começar mais um interminável Campeonato Brasileiro. Fórmula importada do estrangeiro. Temperada com o pior do jeitinho brasileiro. É inacreditável, mas vamos à luta. Que vença o melhor filho...