O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, morreu neste domingo (20), aos 93 anos, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A causa da morte não foi divulgada.

Nascido em 6 de maio de 1932, em São Paulo, Marin teve uma carreira marcada por passagens tanto pelo futebol quanto pela política. Como jogador, defendeu o São Paulo Futebol Clube entre 1950 e 1952, atuando como atacante. De acordo com o Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa, ele disputou 20 partidas com a camisa tricolor, marcando cinco gols.

Formado em Direito, Marin iniciou sua trajetória política como vereador em 1960. Na década de 1970, foi eleito deputado estadual e, no início dos anos 1980, chegou a assumir o governo do Estado de São Paulo por cerca de dez meses, durante a saída de Paulo Maluf.

Entre 1982 e 1988, presidiu a Federação Paulista de Futebol em duas ocasiões. Em 2008, era vice-presidente da CBF na Região Sudeste e, em março de 2012, assumiu interinamente a presidência da entidade após o afastamento de Ricardo Teixeira. Dias depois, foi efetivado no cargo. Sob sua gestão, o Brasil conquistou a Copa das Confederações de 2013, no Maracanã, vencendo a Espanha por 3 a 0.

Com a eleição de Marco Polo Del Nero em 2014, Marin voltou à vice-presidência da CBF a partir de 2015. No mesmo ano, foi preso em Zurique, na Suíça, durante operação do FBI que investigava corrupção no futebol mundial. Em 2017, foi condenado por crimes como conspiração, fraude e lavagem de dinheiro. Em 2018, recebeu pena de quatro anos de prisão e multa de US$ 1,2 milhão. No ano seguinte, foi banido pela Fifa de qualquer atividade ligada ao futebol.