Depois que o pé-frio Milton Neves beijou o distintivo do Timão (sai, zica), só me resta entrar em férias

Depois que o pé-frio Milton Neves beijou o distintivo do Timão (sai, zica), só me resta entrar em férias

Estou em férias no jornal Agora São Paulo. A coluna Caneladas do Vitão voltará a ser publicada em 3 de fevereiro. E o BLOG DO VITÃO! também entrará em férias e voltará a ser atualizado regularmente em fevereiro. Ou antes, em edição extraordinária.

Antes, lembro que no dia 7 de fevereiro, os sócios do Corinthians elegerão o presidente que irá suceder Mário Gobbi: Roberto de Andrede, Antonio Roque Citadini, Paulo Garcia e Ilmar Schiavenato são os nomes à disposição dos sócios.

BLOG DO VITÃO, democraticamente, ofereceu o mesmíssimo espaço para os quatro candidatos corinthianos e fez, a todos, por e-mail, as mesmas perguntas: depois das propostas genéricas e apartidárias do BLOG DO VITÃO (aqui) e das entrevistas publicadas com Citadini (aqui), Garcia (aqui) e Ilmar (aqui), hoje seria a vez de Roberto de Andrade, mas o situacionista, apesar da insistência do BLOG DO VITÃO, não respondeu as perguntas, o que, óbvio, é direito dele. 

Já que Roberto de Andrade não quis aproveitar o espaço, republico as prostas genéricas e apartidárias do BLOG DO VITÃO para o futuro corinthiano. Futuro que, a curto prazo, será complicado... Depois que o Milton Neves beijou o escudo (aqui) será osso quebrar o encanto. Haja reza, Fiel. 

Saravá, São Jorge!

Para quem não leu, seguem as propostas do BLOG DO VITÃO para o Corinthians:

Shopping-Escola Parque São Jorge

Com o CT Joaquim Grava e o estádio em Itaquera, a sede social deixou de ser local para treinos e jogos do time de futebol profissional. Além da manutenção do parque aquático, das quadras poliesportivas e campos, a prioridade para a sede social deveria ser a formação de parcerias para transformar o Parque São Jorge em uma espécie de shopping center, com opções de lazer, entretenimento e compras complementares às atividades esportivas oferecidas atualmente aos sócios. O shopping Parque São Jorge teria praça de alimentação, cinema, teatro, megaloja Poderoso Timão, loja dos patrocinadores, laboratório médico (de uma bandeira que atende ao plano de saúde dos funcionários do clube), consultórios médicos (com plantonistas que atendem o plano do clube) escola de idiomas, além de o campus de um colégio (ensino infantil, fundamental, médio) e da universidade.


Salas de cinema

Parceira com uma rede de cinemas (Cinépolis, UCI, Cinemark etc) para a implementação de salas de cinema no clube. O sócio teria preferência para adquirir bilhetes para as sessões e o clube teria ainda o direito a exibir trailers e filmes institucionais em salas da rede com a qual fechar contrato, especialmente nas sessões de filmes infantis, mantendo sua projeção nacional e deixando sua mensagem a potenciais futuros torcedores/consumidores.
Exemplo: a criança de alguma cidade ou região estratégica em que o Corinthians detecte espaço para crescimento (por exemplo, Manaus, Belém do Pará, Maceió ou São Luís), quem comprar ingresso para algum filme infantil da rede parceira ganha uma entrada para a “sala Corinthians” da mesma cidade para assistir algum filme que o clube coloque em cartaz (exemplo: 23 anos em 7 segundos, Libertados, ou alguma edição dos “jogos eternos”)

Teatro

Com o crescimento, enriquecimento e desenvolvimento da zona leste, especialmente do Tatuapé, há demanda por mais eventos culturais. Além do teatro localizado na entrada da sede social, há espaço para outra sala padrão vip. A ideia é trazer as principais peças para a zona leste (Parque São Jorge), inclusive em dias alternativos (segundas, terças e quartas). Com o trânsito caótico e a insegurança da cidade, muita gente pagaria para ver evento cultural mais perto de sua casa. O ingresso teria a opção de vir acompanhado de lugar demarcado no estacionamento do clube para o período da peça, por exemplo.

Fazendinha como opção ao Anhembi

O estádio em Itaquera foi projetado, acertadamente em minha visão, para futebol. A região do Parque São Jorge, no entanto, pode abrigar shows de médio porte, feiras e eventos se a Fazendinha (que não será mais usada como campo profissional) for adaptada pensando nisso. A adaptação e a transformação da Fazendinha para eventos e feiras, uma espécie de Anhembi, pode ser tocada em parceria com investidores. Seria construído um hotel anexo ao novo salão de eventos para expositores e visitantes. A região do Tatuapé e a zona leste, em geral, não é bem servida de opções de hospedagem e o Parque São Jorge tem a vantagem de ser próximo, para os padrões da capital paulista, de Cumbica.

EventosCarnafiel, Natal da Fiel, festa junina, Dia de São Jorge.

A) Carnafiel
_O Carnaval em São Paulo, em clubes, praticamente inexiste. Hoje o corinthiano que gosta de Carnaval tem, como opção, torcer por alguma escola de samba de coração ou do seu bairro, incluindo as escolas das organizadas corinthianas. Além da retomada de bailes de carnaval no clube (gratuito para sócios: valorizando assim o associado), o Corinthians tem e pode formar a sua escola de samba, o seu grupo musical.
A ideia não é competir com ninguém no sambódromo, mas animar as festas do clube durante todo o ano e, particularmente, no Carnaval, desfilar no Parque São Jorge só para sócios e corinthianos, nos moldes dos trios-elétricos baianos.
Com músicas e marchinhas corinthianas, o Carnafiel seria feito para e por corinthianos, dentro do clube. Sócios do clube, da escolinha de música e bateria do clube, formariam a bateria. O Carnafiel seria organizado, em conjunto, pelo departamento cultural e social.

B) Natal da Fiel

O Corinthians tem uma megaloja dentro do clube. E sempre há um corinthiano ou até quem não é corinthiano querendo comprar algo alusivo ao Corinthians para um amigo(a), namorado(a) corinthiano(a). Um feirão de natal, dentro do clube, em dezembro, com descontos percentuais pré-fixados para o sócio, pode movimentar ainda mais o clube e ajudar as vendas e, pois, o aumento dos recursos do clube.

C) Festa junina da Fiel

Assim como os bailes de carnaval, é preciso retomar as festas juninas, focando em atrações que agradem às famílias (pais e filhos) de sócios. Como em outras festas, a música ficaria por conta da escola de samba oficial do Corinthians... O que, de uma tacada, atrairia pessoas pela opção diferente e também reduziria muito os custos, já que não seria gasto dinheiro com cachê exorbitante com cantores da moda.

D) Festa de São Jorge

Todo 23 de abril, festa para o padroeiro do Corinthians, com música da escola de samba do Corinthians, missa na capela, exposição de livros, quadros e toda as artes, além de barracas com comidas e camisas alusivas ao santo. Além do dia 23, se a festa para São Jorge pegar, poderia ser extendida aos finais de semana de abril.

Departamento Fiel torcida

Maior torcida de São Paulo e da região Sudeste em todas as pesquisas, o Corinthians tem uma torcida nacional, com forte presença em algumas regiões específicas e até fora do país (a invasão ao Japão, em boa parte, veio de corinthianos radicados na América do Norte, na Austrália, na Europa e no próprio Japão). Por isso, o Corinthians deveria ter uma diretoria específica para cuidar de atender a demanda dos torcedores/consumidores. Essa diretoria/departamento deve planejar e executar ações comerciais e de marketing institucional nas praças visitadas pelo clube em jogos do Brasileiro e da Copa do Brasil. Por que há sedes e sub-sedes de torcidas organizadas espalhadas pelo país e até em outros países e não há subsedes oficiais do clube pelo interior e país afora?

Consulados do Time do Povo

Fora de São Paulo-SP, estudar, em parceria com investidores privados, praças em que seja viável a implantação de mini-consulados do Sport Club Corinthians Paulista. Esses consulados teriam um padrão-estético e de serviços oferecidos: megaloja com produtos licenciados, museu com réplicas das principais taças do clube (mundiais, brasileiros, recopa, libertadores, paulista de 1977), sala de cinema e bar temático (com exibição de todos os jogos do clube). No processo de implantação, o Corinthians _e os respectivos parceiros_ controlariam o negócio. Posteriormente, estudaria-se a expansão através do modelo de franquias que, necessariamente, além da questão comercial, teria de observar e respeitar a questão institucional.

Escola

Construir no próprio clube salas e toda a estrutura para a implantação de uma escola que compreenda todos os ciclos, do berçário ao último ano de ensino médio, dentro do Parque São Jorge. Como não é nem deve ser a expertise do clube, a escola seria tocada em parceria com uma instituição privada estabelecida e de competência reconhecida no meio (ex: Pueri Domus, Objetivo, Etapa). No Corinthians, funcionaria mais uma unidade de uma rede. Atletas federados seriam bolsistas. 
A escola permitiria que o Corinthians conseguisse ampliar a relação com os sócios. Além do sócio do clube e do sócio-torcedor (Fiel torcedor), o clube poderia lançar a modalidade de sócio-aluno. Pelo valor estipulado da mensalidade, o sócio-aluno estudaria no colégio (integral: aulas em um período, no outro período atividades extracurriculares físicas, esportivas, recreativas e curso de língua estrangeira (inglês-espanhol).

Universidade

Cursos de graduação, doutorado e mestrado, em parceria com uma ou mais universidades privadas, em áreas que tenham alguma relação com a atividade de um clube esportivo, como o Corinthians: educação física, gestão esportiva, nutrição, psicologia, medicina, fisiologia, direito, administração, comunicação social (jornalismo, rádio e TV, publicidade).
_Jogadores que fizerem as categorias de base no clube e, por ventura, não forem profissionalizados ou aproveitados no time de cima, têm bolsa para estudarem na faculdade. Em troca, os atletas teriam estágio no clube e “pagariam” o investimento prestando, por tempo pré-determinado (variável de área a área), serviço ao clube.
_ Ex-atletas profissionais e atletas que estourarem a idade de juniores e não forem profissionalizados teriam prioridade nos cursos.
_Preparadores físicos, nutricionistas, psicólogos, fisilogistas, médicos etc que trabalharem nas categorias de base do clube das mais diversas modalidades, além de servirem de apoio aos sócios, seriam contratados entre os formados no clube.

Comunicação

_Além do site oficial, canal no youtube e redes oficiais do clube, estudantes de comunicação da universidade do clube (antes da construção, estuadaria uma parceria com alguma faculdade: próximo ao clube, há Unip, Unicid, São Judas...) fariam o noticiário e sites específicos de outro departamentos do clube, sob o comando do departamento de comunicação do clube (departamento que, registre-se, é muito bom e tem feito um grande trabalho). Departamento cultural, futsal amador, basquete, peteca, vôlei, social, tênis, remo...Os departamentos seriam divulgados, com resultados de campeonatos, agenda, horários divulgados em trabalho feito pelos estagiários.

Futebol de base

É um absurdo a forma como, há tempos, vem sendo tratado a base. Não é um fenômeno exclusivamente corinthiano, mas como o post é sobre as eleições do Corinthians (a ideia é válida para qualquer clube grande, sem exceção), defendo que jogador para atuar até o sub-15 tem de pertencer 100% ao Corinthians. No sub-17 e no sub-20, até uma adequação à nova realidade, o atleta, por melhor que seja, tem de ter ao menos 50% dos direitos veiculados ao clube. E, aos poucos, adaptar os novos contratos para que o clube volte a ter o direito de todos os atletas. É inegável que essa política traria algumas perdas, em um primeiro momento, ao clube, mas não dá para o Corinthians (recordista de títulos de Copinhas e atual campeão sub-20 paulista e brasileiro) continuar não revelando quase ninguém... E, quando revela, ainda fica com um percentual minoritário, às vezes, insignificante, do atleta.

Esportes amadores

O Corinthians tem uma equipe forte de natação e tem disputado, com bons times, os principais campeonatos do futsal, mas outros esportes (leia-se tudo que não é futebol) têm de se manter com renda e patrocínio próprios, sem tirar receitas do social e do futebol profissional. Além de buscar e aumentar parcerias para a manutenção da natação e do futsal, o clube tem obrigação de buscar um parceiro forte para disputar com time em condição de brigar nas cabeças pelo basquete, segundo esporte que mais deu alegrias ao clube, contribuindo, inclusive, para diminuir a angústia e alegrando a Fiel durante o período de 23 anos de jejum de títulos do futebol. Em segundo plano, logo após o basquete, por tradição e respeito à história, o Timão precisa, também através de parceria, fortalecer o departamento de remo.

Departamento cultural

O projeto “Jogos Eternos” é uma ótima ideia, que deve ser ampliada, melhorada e, se possível, melhor divulgada, usando todas as redes sociais do clube, além de correspondência eletrônica aos sócios e divulgação no maior número de jornais de bairros da região da zona leste. O evento deve ser gravado e depois colocado à disposição nas mídias do clube (site oficial, twitter, facebook, além de matéria no jornal do clube). Edições menores dos jogos eternos devem ser feitas e, nas respectivas datas, ser exibidas no trailer do cinema do clube e antes das peças no teatro.

Itaquera

La Bombonera, Santiago Bernabéu, Camp Nou fazem parte da roda de muitos turistas que visitam, respectivamente, Buenos Aires, Madri e Barcelona. Considerando só os 30 milhões da nação corinthiana (a maioria, óbvio, não é moradora da capital paulista), há público para visitar o estádio da abertura da Copa do Mundo do Brasil se, claro, tiver atrativos para tal. Um megaconsulado do time do povo (com salas de cinema, restaurantes, megaloja, bar temático) têm de funcionar no local mesmo em dias sem jogos, permitindo que o corinthiano visita sala de troféus, museu, etc.

Política de ingressos

A) Atualmente, o setor norte (atrás do gol da Radial Leste) e parte do sul (já que outra parte é destinada à torcida visitante) têm preços populares. Como o norte fica para as organizadas, parte do sul é a única opção popular à Fiel. Defendo a prioridade, na ordem, ao sócio (do clube) e ao sócio-torcedor na compra dos bilhetes, mas uma área maior com preços populares (o setor leste superior inteiro).

B) O torcedor organizado não deve ser descriminado nem marginalizado. Nem, entretanto, privilegiado. Por que um setor destinado apenas a eles? Por que prioridade para a compra de bilhetes? Se é para ter privilégio, esse deve ser concedido, reforço, pela ordem, ao sócio do clube e ao sócio-torcedor.

Campanha para ocupação 100% da Arena Corinthians

Além de repensar valores e prioridade para aquisição dos bilhetes, o Corinthians _apesar de ter sido o recordista de público e renda no último Brasileiro_ não conseguiu jogar com ocupação total em sua nova casa. Nem perto disso. Como desde a implantação do fiel torcedor, o grosso do público é formado pelas compras antecipadas pelo Fiel torcedor (as pessoas que compram ingressos na bilheteria na última hora são, percentualmente, quase insignificantes), com 48 horas de antecedência, o Corinthians deve fechar a venda e distribuir os ingressos restantes a menores que sejam alunos do Chute Inicial (escolinha de futebol do clube) e distribuir outra parcela para alunos da rede pública da região de Itaquera, rapaziada que não tenha condição de arcar com o valor do bilhete e que, moradora do bairro, não tenha chance de ver na sua região o time do coração.
É claro que para a adoção dessa medida seria necessário o acompanhamento do clube, para que a ideia inicial seja atendida e para que os bilhetes não sejam revendidos ou abasteçam cambistas. O departamento “Fiel torcida” cuidaria dessa projeto.

São apenas algumas ideias, genéricas. Algumas são possíveis a implantação imediata. Em outras, é preciso plantar a semente e correr atrás de parceiros para o futuro.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na web!

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