Do UOL, no Rio de Janeiro
Para quem achou que a parada estava resolvida após a goleada por 4 a 0 em São Januário (RJ) quase que tropeçou na própria língua. Demonstrando muita dificuldade em jogar na altitude de 2.810 metros de Sucre (BOL), o Vasco foi completamente envolvido pelo Jorge Wilstermann nesta quarta-feira, perdeu por 4 a 0 no tempo normal, e só obteve a classificação para a fase de grupos da Copa Libertadores após vencer a disputa de pênaltis por 3 a 2 com grande atuação do goleiro Martín Silva, que pegou três cobranças. A equipe agora ingressará na "chave da morte" com Cruzeiro, Racing (ARG) e Universidad de Chile (CHI).
Esta foi a pior derrota sofrida pelo Vasco na história da competição. Anteriormente, o resultado mais expressivo foi um revés por 3 a 0 para o Boca Juniors (ARG) em 2001.
O Cruzmaltino inicia sua caminhada na próxima etapa da competição dia 13 de março, em São Januário, contra os chilenos da La U. Em seguida enfrenta Cruzeiro (fora), dia 4/4; Racing (fora), dia 19/4; Racing (casa), dia 26/4; Cruzeiro (casa), dia 2/5; e Universidad de Chile (fora), dia 22/5.
Começo avassalador
Se valendo da altitude, o Jorge Wilstermann foi com tudo para cima do Vasco e fez três gols relâmpagos. Um aos cinco minutos do primeiro tempo com Zenteno, em cabeçada no primeiro pau, outro com Pedriel, aos seis, também de cabeça após lançamento do brasileiro Serginho, e o terceiro aos 16 minutos, com Cristian Chávez, se antecipando no cruzamento ao zagueiro Ricardo.
Único lance de perigo do Vasco no primeiro tempo
A única chance de maior perigo a favor do Vasco aconteceu aos 17 minutos do primeiro tempo, quando Evander arriscou um chute forte da intermediária e o goleiro Giménez fez grande defesa.
Gol de "empate"
O gol que igualou o placar agregado aconteceu aos 26 minutos do segundo tempo, quando Serginho cobrou falta para a área, a zaga vascaína parou e Zenteno, de novo, guardou de cabeça.
Racismo
O repórter Eric Faria, da TV Globo, relatou que torcedores do Jorge Wilstermann chamaram os jogadores reservas do Vasco que aqueciam na beira de campo de "macacos".
Bolívia enfrenta greve e protestos
O Vasco e seus torcedores tiveram que conviver com os transtornos que a Bolívia atravessa. O país promoveu greve geral e realizou protestos em várias cidades contra a candidatura à reeleição do atual presidente Evo Morales. Sucre, local da partida, também teve movimentos e alguns torcedores enfrentaram dificuldades para chegar ao estádio, com ruas fechadas e com barricadas. A delegação cruzmaltina, porém, foi escoltada pela polícia militar e não teve maiores problemas.
Promoção de ingressos
A diretoria do Jorge Wilstermann promoveu uma promoção de ingressos para tentar encher o estádio em Sucre contra o Vasco. A cada um ingresso comprado pelo torcedor, ele recebia dois. Mesmo assim, a arquibancada ficou vazia.
Erazo suspenso
Na manhã da última terça-feira (20), o Vasco foi comunicado de que o zagueiro Erazo foi suspenso em duas partidas pela expulsão diante da Universidad de Chile (CHI), na segunda fase da competição. O equatoriano, que estava com a delegação na Bolívia, já havia cumprido uma, contra o próprio Jorge Wilstermann (BOL), no jogo de ida, e não pôde mais enfrentar os bolivianos novamente nesta quarta.
Evento no Rio
No Rio de Janeiro, a diretoria promoveu um evento para acompanhar a partida na sede vascaína do Calabouço. Um telão e serviços de bebida e alimentação foram disponibilizados aos vascaínos. Para os sócios, a entrada era gratuita. Os não-sócios pagaram R$ 10. A ideia é realizar outros eventos deste tipo quando o Vasco atuar fora de casa.
Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco
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