O início de trabalho de Sylvinho no Corinthians não tem sido fácil. Dois jogos e duas derrotas. Ambas em casa. E contra o mesmo adversário, o Atlético-GO. Com um elenco jovem e limitado, o treinador corintiano preferiu escolher o caminho mais difícil em seu início no clube e a equipe vem sofrendo. Não por acaso, após o revés da última quarta-feira (2), diante do Dragão, pela Copa do Brasil, o comandante admitiu modificar o sistema tático.
No trabalho ruim de Vagner Mancini a frente da equipe, um ponto positivo se destaca na equipe alvinegra: o esquema com três zagueiros. O trio defensivo era formado por Bruno Méndez, Raul Gustavo e João Victor e vinha se destacando. Talvez fosse o único setor da equipe em clara evolução com o antigo treinador. Sylvinho optou por começar do zero seu trabalho e não reaproveitar o que vinha sendo feito.
Logo em sua coletiva de apresentação, o técnico afirmou que gostava e dominava o esquema com linha de quatro defensores. Em suas duas primeiras partidas a defesa foi formada por Fagner, Gil, Raul Gustavo e Lucas Piton.
Nos dois confrontos diante do Atlético-GO o Corinthians sofreu gols que não estamos acostumados a ver. Todos muito parecidos, aliás: troca de passes pelo meio, a bola chega na ponta direita e é cruzada rasteira para o meio da área, onde algum jogador chega finalizando. Não é normal ver o Timão, que se consolidou como uma equipe de compactação defensiva muito apurada nos últimos anos, dando tanto espaço desse modo.
Após a derrota da última quarta, Sylvinho não abaixou a cabeça, manteve o discurso de otimismo, mas admitiu modificar o jeito do time jogar.
“Vou rever qualquer situação, seja de atleta ou sistema. O de três (zagueiros) não é nem mais ofensivo, nem mais defensivo, serve para equilibrar. Pode ser muito defensiva ou muito ofensiva. Temos que buscar o equilíbrio do time. Não vou entrar em trabalhos anteriores, temos que respeitar todos que buscavam uma solução, e vamos buscar a nossa. O Corinthians já jogou em linha de quatro, de três, não teve muito sucesso em ambas, e temos que buscar a solução, que nem sempre está no tático. Tem a técnica, estado de espírito, gerenciamento, escolha de atletas, tem todo um link”, declarou o treinador em sua entrevista coletiva.
Sylvinho escolheu o caminho mais difícil. Optou por não reaproveitar o que vinha se estabilizando na equipe. Até aí tudo bem, o treinador é pago para implementar suas ideias de acordo com o que acredita ser melhor para o time. Mas os tropeços iniciais e, acima de tudo, o desempenho muito ruim podem custar caro.
Está no caminho? Desempenho agrada corintianos, que agora querem resultados
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