Do UOL, em São Paulo
O São Paulo vivia até agora uma crise baseada em derrotas para clubes do mesmo patamar: Corinthians, Palmeiras e San Lorenzo (ARG). Mas isso acabou, e de forma negativa. Neste domingo o time de Muricy Ramalho foi derrotado pelo Botafogo, por 2 a 0, em Ribeirão Preto, em jogo pela penúltima rodada da primeira fase do Paulistão. É a primeira vez que o São Paulo perde dois jogos seguidos em 2015.
O jogo não muda o futuro do São Paulo dentro da competição, apesar de assumir a última posição entre os quatro rivais: a equipe está classificada e enfrentará o Red Bull Brasil nas quartas de final. Mas muda o futuro não tão próximo do clube, assim como o clima no vestiário e na diretoria.
O jogo
O São Paulo começou jogando muito bem em Ribeirão Preto. Alexandre Pato encontrou espaços para servir de pivô, Paulo Henrique Ganso encontrou espaços para os homens de frente, e Ewandro, pela ponta direita, achou as principais jogadas.
Faltou, no entanto, finalizar melhor. Ewandro teve duas ótimas chances no início da partida. Na primeira, foi derrubado pela marcação e poderia ter visto a marcação de um pênalti. A arbitragem não viu assim, no entanto. Depois, recebeu novamente, em posição semelhante, e finalizou forte, para fora.
Mas o São Paulo parou com a grande intensidade por volta dos 30 minutos de jogo, e o Botafogo aproveitou. Em duas jogadas, levou mais perigo ao gol de Rogério Ceni do que o São Paulo havia feito em todas as tentativas. Em uma delas, um cruzamento rasteiro quase achou um gol para os donos da casa.
A melhor chance do São Paulo viria com o argentino Ricardo Centurión, que às vésperas da partida foi fotografado em uma casa noturna da Argentina e não apareceu para treinar na sexta-feira, no CT da Barra Funda. Centurión apareceu na cara do gol, tinha a opção de rolar a bola para Pato empurrar para as redes, sem goleiro, mas tentou o chute. A bola fraca não levou perigo ao gol do Botafogo.
Centurión não voltaria do intervalo. Gabriel Boschilia assumiu a posição e passou a criar mais jogadas.
Mas foi o Botafogo que marcou, e em lance com falha tripla do São Paulo. Ganso perdeu uma bola na meia ofensiva, não tentou recuperá-la, e o Botafogo fez lançamento longo. O zagueiro são-paulino Dória pareceu pensar que a bola fosse sair, fez mal a proteção e acabou surpreendido por um adversário, que tomou-lhe a bola, cruzou para a entrada da área e achou Vitor – sem qualquer marcação – para fazer o gol em chute no contrapé de Rogério Ceni.
O São Paulo levaria perigo apenas com chutes de fora da área, com Ganso e Boschilia. Mas veria o Botafogo marcar pela segunda vez aos 35 minutos do segundo tempo: Gimenez dominou a bola na entrada da área, girou para cima de Boschilia e chutou forte, sem chances para Rogério Ceni.
Nos minutos finais, o Botafogo quase aumentou o placar para 3 a 0: Carlão recebeu bola dentro da área, passou por Toloi e chutou na trave.
O melhor - Gimenez: lateral direito do Botafogo apareceu até o último minuto de jogo nas costas da defesa são-paulina e ainda marcou o segundo gol do jogo.
O pior - Dória: cometeu falhas graves. Em uma delas, proporcionou o gol que abriu o placar. Zagueiro voltava de lesão neste domingo e deu mostras de que não poderá ser escalado nos principais jogos da temporada, pela Copa Libertadores, que estão por vir.
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