Em meio ao noticiário nebuloso sobre a Seleção Brasileira, que enfrenta o Paraguai, nesta terça-feira, em Assunção, leio que Tite ganhou fôlego após o afastamento do cartola metido a garanhão Rogério Caboclo, o que está sendo acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária da CBF.
Tite e o dirigente estavam em rota de colisão e o Caboclo afastado – vai ficar 30 dias fora do comando, até o desligamento definitivo, informam fontes da CBF -, já havia decidido que o treinador iria ser demitido.
Despedido, Tite abriria espaço para a contratação de Renato Gaúcho, do grupo de seguidores do atual presidente do país.
Tite é olhado com desconfiança pela cúpula do Governo Federal.
Seria, na avaliação de gente de dentro do Palácio do Planalto, “pessoa de esquerda”.
Balela.
Tite nunca disse que é de esquerda e que vota neste ou naquele político de pensamento contrário ao do atual presidente brasileiro.
É até contraditório em suas posições.
Assinou um manifesto pela saída de Marco Pollo Del Nero, acusado de corrupção, da presidência da CBF e uma semana depois foi fotografado beijando o rosto do dirigente que, apesar de banido do futebol pela Fifa, até hoje dá as cartas nos bastidores da chamada entidade máxima do futebol brasileiro.
Com Rogério Caboclo afastado, a direção da CBF estaria disposta a manter Tite até a Copa de 2022.
Com Caboclo, Tite havia perdido força na CBF, que tentou contratar Xavi, ex-jogador do Barcelona, e Muricy Ramalho, hoje homem forte do São Paulo, para auxiliar-técnico.
Os dois recusaram o convite.
Sustento que Tite deveria ser demitido.
Mas não por causa de suas posições políticas, se é que ele as têm.
Tite deveria ser substituído, porque a Seleção Brasileira que dirige desde as eliminatórias para a Copa de 2018 não consegue mostrar futebol convincente.
Faz atualmente boa campanha nas eliminatórias para a Copa do Catar, como também fez na classificatória para o mundial da Rússia, mas o rendimento do time é fraco quando enfrenta seleções mais fortes, principalmente as europeias.
Tite é um técnico que não ousa.
Insiste sempre nas mesmas convocações.
Não abre mão de Roberto Firmino, Gabriel Jesus, Fred, jogadores que já tiveram dezenas de oportunidades e não brilharam.
Convocou Gabriel Barbosa e o colocou como titular contra o Equador.
Mas, contra o Paraguai, Gabigol perderá o posto para Gabriel Jesus.
Tite não abre mão de sua patota.
Tem preferidos no elenco e em sua numerosa comissão técnica, com lugar até para o filho Matheus Rizzi Bachi.
Estamos a um ano e meio da Copa do Catar. Tempo suficiente para que o substituto de Tite faça um bom trabalho de renovação do elenco.
O substituto deveria ser Renato Gaúcho?
Não.
Traria um treinador estrangeiro.
Guardiola, por exemplo, já disse que gostaria de dirigir a Seleção Brasileira.
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