Renato estreou pelo Fla na última quarta-feira (14). Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Renato estreou pelo Fla na última quarta-feira (14). Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

A expressão é maldosa, mas certamente você já ouviu por aí alguém dizendo que “fulano parecia piloto de teco-teco comandando um Boeing”. E o pior que essa maldosa máxima não saiu da minha cabeça durante a estreia de Renato Gaúcho no Flamengo, diante do Defensa y Justicia.

É preciso ressaltar, obviamente, que o rival argentino é muito bem armado e treinado por Sebastián Beccacece. Mas, mesmo assim, é difícil compreender como uma equipe tão estrelada quanto a rubro-negra consegue jogar tão pouco diante de um time infinitamente inferior no papel.

Renato, logo de cara, tentou mudar radicalmente o Flamengo, utilizando o 4-2-3-1 que lhe rendeu títulos no Grêmio. No entanto, com tantas peças à disposição, Portaluppi precisa entender que ele terá que se adaptar ao elenco. E não o contrário. É isso que se espera de um técnico tão valorizado no mercado da bola quanto ele.

Então, tomara que ele não saiba jogar apenas de uma forma também...

E, tempos atrás, escrevi neste espaço que Rogério Ceni não estava à altura da expectativa do flamenguista, que sonha em ver o Rubro-Negro brilhando novamente como em 2019. Bem, e por mais que seja cedo, conhecendo bem o estilo de Renato, aposto que ele também não conseguirá chegar nem perto do rendimento de Jorge Jesus na Gávea.

Para falar a verdade, até mesmo o próprio JJ teria enormes dificuldades para recriar aquela equipe que enchia os olhos. Em 2019, criou-se sobre a Gávea uma “tempestade perfeita”. Foi uma exceção, e não regra. E, enquanto os flamenguistas não entenderem isso e não reduzirem suas expectativas, será difícil algum técnico conseguir um razoável tempo de trabalho no clube carioca.

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