Saudade: Há oito anos a Fórmula 1 perdia um de seus melhores pilotos, Jack Brabham
Saudade: Há oito anos a Fórmula 1 perdia um de seus melhores pilotos, Jack Brabham
Por Marcos Júnior Micheletti - 19/05/2022 10:00
Há exatos oito anos, de causas naturais, morria o australiano Jack Brabham, piloto tricampeão mundial de F1 (em 1959 e 1960 pela Cooper e em 1966 pela Brabham, equipe que fundou). Ele viveu até os 88 anos e morava em Gold Cost, no leste da Austrália.
Nascido em Hurtsville, Austrália, em 2 de abril de 1926, seu envolvimento com os carros começou aos 15 anos, quando começou a trabalhar em uma oficina mecânica. Sua estreia na Fórmula 1 aconteceu tardiamente, aos 29 anos, no GP da Grã Bretanha, em 1955.
Sua primeira vitória foi no GP de Mônaco de 1959 com um Cooper-Climax, exatamente no ano em que venceu seu primeiro título mundial na principal categoria do automobilis
A partir de 1962, até 1965, já por sua própria equipe, a Brabham, teve anos difíceis, amargando posições intermediárias, sem ter conseguido nenhuma vitória.
Mas, em 1966, aos 40 anos, teve outra temporada impecável, com quatro vitórias consecutivas (França, Inglaterra, Holanda e Alemanha), chegando a seu terceiro título mundial na Fórmula 1. Ele terminou o campeonato com uma ampla vantagem, totalizando 42 pontos contra 28 de John Surtees, o vice-campeão.
Em sua brilhante passagem pela Fórmula 1, Jack Brabham participou de 126 GPs, com 14 vitórias, 13 poles e 12 voltas mais rápidas.
Foi pela equipe Brabham (já sob o comando de Bernie Ecclestone, desde 1972), que o também tricampeão mundial de F1 Nelson Piquet venceu seus dois primeiros campeonatos: em 1981 e 1983, impulsionado por motores Ford e BMW, respectivamente. Wilsinho Fittipaldi e José Carlos Pace também guiaram carros da Brabham. Wilsinho em 1972 e 1973 e Pace entre 1974 e 1977.
Jack Brabham era casado com Lady Margaret, com quem teve três filhos: Geoff, Gary e David, todos com passagens pelo automobilismo.
Geoff venceu uma edição das 24 Horas de Le Mans, Gary disputou duas provas na F1 pela extinta equipe Life, mas não completou as corridas (GPs dos EUA e Brasil) além de ter disputado a Cart/Indy em 1993 e 1994.
Entre os filhos, David foi o que mais competiu na F1, participando de 24 GPs pelas equipes Brabham e Simtek, mas não marcou pontos.