Goleiro corintiano foi agredido por um torcedor santista no final da partida na Vila. Foto: Reprodução

Goleiro corintiano foi agredido por um torcedor santista no final da partida na Vila. Foto: Reprodução

A partida entre Santos e Corinthians, na noite da última quarta-feira (13), na Vila Belmiro, terminou com um episódio triste. Bombas foram atiradas no gramado e um torcedor tentou agredir o goleiro Cássio. Personagens tanto do lado santista quanto do lado corintiano condenaram o episódio.

Um deles foi o atacante Marcos Leonardo, do Santos, que estava perto de Cássio no momento da invasão e ajudou a contar o agressor.

“Eu vi o torcedor vindo, eu estava de frente. Tentei proteger o Cássio. Não preciso nem falar da pessoa dele, é um fenômeno que defende o Corinthians. Tentei defendê-lo. Não quero para ele o que não quero para mim. Meus pais me ensinaram a sempre defender o próximo”, disse o camisa 9 santista.

“Confusão acontece, cada um quer disputar ali. Todo mundo de cabeça quente e defende o seu. Não sou diferente, gosto de lutar a cada bola, a cada partida. Sou muito intenso e não gosto de perder. Infelizmente aconteceu aquilo”, completou.

Capitão do Peixe, o goleiro João Paulo foi duro em criticar a atitude do torcedor que invadiu o gramado para agredir o goleiro rival e disse que a atitude também prejudicará o próprio Santos.

“A gente não compactua com nenhum tipo de violência. Quem sai prejudicado é o Santos. Alguns torcedores tiveram esses atos no fim do jogo não estão com razão. Não estamos aqui para passar a mão na cabeça de ninguém. Do mesmo jeito que nós somos cobrados, esses torcedores também precisam ser. Eles só vão prejudicar o Santos. Um torcedor que preza pelo clube que ama jamais pode fazer algo para prejudicar a instituição”, afirmou João Paulo.

Pelo lado corintiano, Vítor Pereira não escondeu sua tristeza pelo episódio vivo na Vila Belmiro.

“Já vivi situações idênticas. Isso não é futebol, não pode ser isso. Eu não posso vir aqui e fazer muitos comentários, mas isso não é futebol. As pessoas não podem ver o futebol dessa forma. Muita frustração. O Santos não está passando por uma fase boa, mas não se pode passar dos limites. Tem que se tomar medidas, porque senão deixamos de ter segurança”, disse o treinador corintiano.

Em nota, o Corinthians lamentou e considerou "inaceitável a violência sofrida por nossos atletas e comissão técnica" e disse que cobrará "as medidas e punições cabíveis para que cenas como estas não se repitam".

Responsável por apitar o confronto, Jean Pierre Goncalves Lima relatou a confusão na súmula. Segundo o árbitro, foram sete invasores. Todos foram encaminhados para o Jecrim (Juizado Especial Criminal). A autoridade ainda relatou a agressão sofrida por Cássio.

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