O Santa Cruz Futebol Clube será responsabilizado pela morte do torcedor atingido por um vaso sanitário jogado das arquibancadas do estádio Arruda, no Recife

O Santa Cruz Futebol Clube será responsabilizado pela morte do torcedor atingido por um vaso sanitário jogado das arquibancadas do estádio Arruda, no Recife

Vanessa Ruiz
Do UOL, em São Paulo

O Santa Cruz Futebol Clube será responsabilizado pela morte do torcedor atingido por um vaso sanitário jogado das arquibancadas do estádio Arruda, no Recife, na noite da sexta-feira. A informação foi dada na manhã deste sábado pelo secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho Liberato de Mattos.

A justificativa de Mattos é que "a Polícia Militar não tem obrigação de fiscalizar banheiros de estádios". A polícia ainda não identificou o agressor responsável por atirar o vaso sanitário e ninguém foi preso após a briga das torcidas que resultou na morte de Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos. A ausência de câmeras no interior do Arruda dificulta a investigação.

O vaso sanitário foi atirado do alto das arquibancadas na parte externa do estádio, entre os portões seis e sete. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, a morte foi resultado de uma briga entre torcedores do Santa Cruz e Paraná após o empate por 1 a  1 em jogo válido pela Série B do Campeonato Brasileiro.

Em consequência da mesma briga, outros dois torcedores foram encaminhados para uma Unidade de Pronto Atendimento no bairro de Torrões. José Adrian Ferreira de Lima, de 21 anos, deu entrada com um ferimento extenso no pé com ruptura parcial do tendão de aquiles, e foi encaminhado para o Hospital Getúlio Vargas para cirurgia. Já Vanderson Wilderlan Gomes Alves, de 22 anos, sofreu um corte na cabeça e está em observação na UPA.

Os três foram identificados como integrantes de uma torcida organizada do Sport, rival do Santa Cruz e torcida-irmã da organizada do Paraná.

Na manhã desta sexta, um casal de tios e a namorada de Paulo Ricardo ainda aguardavam a liberação do corpo no Instituto Médico Legal do Recife. Um corte na energia elétrica durante a madrugada atrasou a perícia, que só pode ser iniciada pela manhã.

Foto: UOL

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