Rodrigo Santana comandou o time do Atlético-MG no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, diante do Cruzeiro, e terá a incumbência de dirigir a equipe na partida de volta. A primeira chance entre os profissionais faz parte de um plano traçado pelo técnico interino para a sua carreira e contou até com conselho de Fábio Carille, atualmente no Corinthians.
Depois de um bom trabalho pela URT entre 2017 e 2018, ele teve a chance de assumir a coordenação técnica do sub-20 do Atlético. O que poderia ser visto como um passo atrás na carreira foi avaliado de forma distinta pelo treinador.
Rodrigo Santana, à época, procurou o amigo Fábio Carille, atualmente no Corinthians, para saber o que deveria fazer em sua carreira. A resposta ajudou o atual interino do Galo optar por uma mudança para a capital mineira, deixando o profissional da URT para ir às categorias de base.
"Quando tive a oportunidade de vir para o Atlético, já estava batendo nas cabeças com os times do interior. Quando tive a proposta do Atlético, eu pensei: "Preciso estar perto do Galo". Eu quis conhecer e precisava de um clube grande. Conversei com muitos treinadores amigos meus, o Carille é um grande amigo meu e me disse: "Rodrigo, você precisa estar em um clube grande para ver como é, como será a sua carreira". Estou feliz", disse o comandante.
A ideia era seguir passos de técnicos que se consolidaram por um período entre os profissionais nos últimos anos. Fábio Carille foi quem teve maior destaque ao deixar de ser auxiliar técnico e se sagrar campeão brasileiro em 2017 à frente do Corinthians.
No entanto, havia outros exemplos, como Roger Machado no Grêmio, Mauricio Barbieri e Zé Ricardo no Flamengo e Alberto Valentim no Palmeiras.
"Eu parei de jogar futebol profissional com 28 anos. Para mim, foi muito duro. Eu cheguei a pensar que poderia jogar mais quatro anos, mas se deixasse essa carreira, poderia me preparar para ser profissional. Eu estava observando muitos treinadores da nova safra que estão se dando bem, exemplos de Mauricio [Barbieri], que estava no Flamengo, Roger [Machado], Fábio Carille... Eles vinham da base, com mais tempo de casa e ficaram mais próximos de um clube grande", concluiu.
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