Classificado para as quartas de final da Copa América sem vencer nenhum jogo na fase de grupos, o Paraguai é um adversário em crise para o Brasil na próxima quinta-feira, na Arena do Grêmio. Com um setor defensivo muito criticado, pressão da imprensa local e apenas uma vitória no ano, os paraguaios chegam para encarar a seleção de Tite longe da forma ideal.
O argentino Eduardo Berizzo assumiu o Paraguai em fevereiro, depois de uma experiência com o colombiano Juan Carlos Osorio. Ex-zagueiro com passagem por River Plate e seleção brasileira, Berizzo é um discípulo de Marcelo Bielsa: gosta de times que tenham a bola, joguem com intensidade, sejam verticais e agridam o adversário.
Em fase de adaptação, o trabalho ainda não sei encaixou. Desde a chegada do novo treinador, o Paraguai venceu apenas uma partida, um amistoso diante da Guatemala no dia 9 de junho, último teste antes da Copa América. No total, são sete confrontos, uma vitória, três empates, três derrotas. Oito gols marcados, dez sofridos.
Foi sem vencer que o Paraguai avançou às quartas de final - dois empates, uma derrota, três gols marcados, quatro sofridos. A falta de futebol já gerou pressão da imprensa local: depois da derrota diante da Colômbia, no domingo, um jornalista paraguaio criticou os cinco meses de trabalho, questionando se Berizzo achava justa a classificação sem vitórias e com futebol pobre. O treinador pediu a próxima pergunta, irritado.
De lá para cá, o Paraguai se blindou. Já são três dias sem entrevistas coletivas de jogadores ou comissão técnica. O ponto positivo da equipe de Berizzo até agora na Copa América é o goleiro Gatito Fernandes, eleito o melhor em campo nos três jogos. Na defesa, a imprensa paraguaia contesta a presença de Alonso ao lado de Gustavo Gomez, e pede a presença de Balbuena, ex-Corinthians.
Brasil espera Paraguai fechado e utilizando lançamentos longos
A seleção brasileira espera encontrar um Paraguai preocupado em se defender, e utlizando lançamentos longos. Na frente, Berizzo utiliza atacantes rápidos pelos lados e sempre conta com um pivô - Santander ou Cardozo fazem a função.
"É um treinador novo colocando suas ideias, um jogo de contato, bola longa, primeira e segunda bola, pivôs grandes, jogadores de beirada com velocidade que também retornam na marcação. É uma das equipes que mais trabalhou com bola longa nesta Copa América", disse o auxliar Cléber Xavier em entrevista ao SporTV.
No setor ofensivo e armação das jogadas, o principal destaque do Paraguai é Miguel Almiron. Atualmente no Newcastle, o meia está sendo observado pelo Real Madrid durante a Copa América, e desperta o interesse de outros grandes europeus.
O Brasil encara o Paraguai as 21h30 da quinta-feira, na Arena do Grêmio. Em caso de vitória, segue para Belo Horizonte, onde disputará a semifinal.
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