A notícia eclodiu no último domingo e imediatamente causou espanto no mundo do futebol

A notícia eclodiu no último domingo e imediatamente causou espanto no mundo do futebol

Durou poucas horas o sonho dos bilionários proprietários de clubes europeus de futebol de criarem a chamada Super Liga. O clubinho de 12 gigantes da bola viu os planos ruírem após uma enorme pressão política e popular.

A notícia eclodiu no último domingo e imediatamente causou espanto no mundo do futebol. Um dos primeiros a se posicionar de maneira contrária a aberração foi o ex-jogador e atual comentarista inglês Gary Neville. Lenda do Manchester United, clube que defendeu por 20 anos, e um dos times rebelados, o defensor explicou de maneira didática e clara porque o futebol não pode fazer distinção de classes.

O ponto principal disso, como sempre, é o dinheiro. Estas organizações acreditam que precisam ganhar mais do que a UEFA os remunera atualmente pela participação na Liga dos Campeões, a principal competição de clubes do planeta.

Porém, os dirigentes destes times, vários deles bilionários, meros investidores e especuladores, se esquecem – ou desconhecem mesmo – da história por trás do futebol. Para que estes gigantes pudessem atingir este patamar, muitos clubes chamados de pequenos ou médios serviram de escada, sparring, para que se tornassem o que são.

Não se faz futebol somente com a parte aristocrática do esporte. Os plebeus precisam estar inseridos porque é dali que surgem muitos craques, ídolos e é onde se ajuda crescer. Faço uso dessa figura de linguagem apenas para ilustrar o caso. Como chamar de pequeno ou plebeu times como Valencia, Sevilha, Napoli, Roma, Lazio, Everton, Porto, Benfica, Sporting, e tantos outros com uma história rica e de torcedores apaixonados?

De qualquer maneira, o erro foi consertado. Resta saber como estes 12 insurgentes irão se relacionar com a UEFA e a FIFA daqui para frente. A presença deles é fundamental em qualquer competição, mas sozinhos não representam a grande maioria de amantes e apaixonados pela bola. A força da opinião pública – e até mesmo dos torcedores destes rebelados – foi fundamental para azedar o plano e mostrar que ainda não é possível elitizar o principal esporte do mundo. 

 

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