As duas melhores equipes da 1ª fase da Superliga entraram em quadra em busca do mesmo objetivo, mas com sensações diferentes. Enquanto o RJX buscava seu primeiro tÃtulo após 32 anos, o Cruzeiro estava participando da sua terceira final consecutiva.
O primeiro set foi totalmente dominado pelos mineiros, onde o cubano Leal pode demonstrar toda a sua força, potência e habilidade. Saques forçados ? Cruzeiro é o melhor time da competição neste fundamento ? abalaram o emocional dos cariocas. A diferença foi gritante: 25 x 15 para o Cruzeiro, sendo que 12 pontos vieram de graça do RJX.
Assim como aconteceu na Superliga feminina quando o Osasco deu show no primeiro set e achou que já havia ganhado a partida, na masculina foi a mesma coisa. Parecia que os mineiros foram dispostos a fechar em 3 sets a 0. Só pareceu.
O RJX soube se recompor em quadra, melhorou no saque e assim soube aproveitar melhor os bloqueios, contando com a gigante atuação de Lucão. O Cruzeiro se desesperou, cometeu erros bobos confirmados pelos "desafios? solicitados pelos adversários e viu os cariocas deixarem tudo igual no placar.
O 3º set era a chance dos visitantes virarem o jogo e recuperarem a confiança. O inÃcio do set até que foi bem equilibrado, com William sendo peça fundamental para o time celeste. Mas era dia de Lucão e de Théo, que começou apagado no jogo, mas terminou como o maior pontuador da partida com 19 pontos. O RJX repetiu o placar do 2º set e fechou em 25x18.
Tudo ou nada para os mineiros. O 4º set era a chance de levar a partida para o set desempate. Mas a confiança dos jogadores do time de Eike Batista cresceu na mesma proporção que o emocional do Cruzeiro ficou abalado. O celeste, que errou apenas 6 pontos no primeiro set, começou a errar a cada ponto: era bola na antena, saques no meio da rede, pisadas na linha, toque na rede... Parecia que não ia ter fim, mas teve. Dante, Lucão, Théo e Bruninho deram fim ao sofrimento e fecharam em 25 x 15, 3 sets a 1 e o primeiro tÃtulo do RJX depois de 32 anos e de 15 anos sem chegar à uma final de Superliga.
Superioridade carioca na maior competição nacional de vôlei. Só resta saber se o time do bilionário Eike Batista irá continuar com a mesma formação após prejuÃzo das empresas que patrocinam a equipe. Reuniões durante a semana devem definir o futuro da equipe montada em 2011, mas, enquanto isso, o assunto segue sendo tratado como sigilo.
É esperar para ver.
Imagem: @CowboySL