Nossas meninas jogaram em Barueri etapa do circuito de sevens feminino, enquanto os nossos meninos foram a Las Vegas

Nossas meninas jogaram em Barueri etapa do circuito de sevens feminino, enquanto os nossos meninos foram a Las Vegas

Nossas meninas jogaram em Barueri etapa do circuito de sevens feminino, enquanto os nossos meninos foram a Las Vegas. Lá e cá, experiências distintas, com resultados parecidos.

Aqui, onde nossas meninas têm já um bom cartaz, vimos que a aproximação dos Jogos Olímpicos traz muito investimento às equipes que precisam se aprimorar. Com isso, o bloco intermediário sobe, e aperta o cerco ao bloco de cima.

Estamos nesse bloco de cima, mas na ponta de baixo dele, e isso quer dizer que precisamos não só continuar evoluindo, mas precisamos fazer isso a passos cada vez mais largos, para alcançarmos o topo da cadeia alimentar antes que o bloco intermediário nos engula.

Vendo as top do mundo jogarem (NZ e Austrália, e um pouco das inglesas), ficou-me uma sensação: velocidade de passes e contundência nos tackles. Conforme tive a oportunidade de dizer à Juliana após os jogos (sou fã incondicional dessa atleta), nosso papel – e falo aqui como dirigente esportivo – é dar às meninas as ferramentas para que aprimorem esses dois pontos, e o físico, para subirem esse degrau. E, quando isso acontecer, vamos todos subir junto, com muita alegria. Falta pouco para podermos sonhar – já escrevi isso antes – com um resultado de ponta na Olimpíada. Quem sabe, até, uma medalha? Eu acredito!

Enquanto isso, em Las Vegas, na semana seguinte, os nossos meninos mostraram que falta pouco para chegar à primeira vitória no circuito. Portugal que o diga! Temos aprimorado senso tático e velocidade, e nosso jogo demonstra maturidade a cada dia maior. Mas então o que falta? Bom, falta alguma coisa ainda. De novo olhando para cima, e mirando nos top do mundo, falta um sistema de jogo que não se abale, qualquer que seja o adversário ou o sistema do outro lado. Coisa de controle emocional, puro, que funciona em proporção inversa ao cansaço.

Preparo físico então? Sim, mas também condição física. Somos menores do que a média desses top, e temos de compensar isso correndo mais! Se corrermos mais (como disse o Portugal certa vez, como abelhas incessantemente importunando o adversário), e se tivermos – olha a semelhança com as meninas – contundência nos tackles, podemos dar um salto bom à frente.

O passe tem de ser mais veloz e certeiro também, e a aposentadoria do Gregg, neste ponto, me deixa um pouco aflito, pois considerava o Gregg o melhor passe do nosso time. Mas tem gente boa chegando, e vamos conseguir evoluir mesmo com a natural saída deste ou daquele atleta.

As meninas precisam jogar com as top. Os meninos, com todas as equipes que estão acima deles. Para a Olimpíada, no ritmo que vamos, poderemos sair felizes e honrados. Sim, eu sei, já escrevi isso sobre os meninos também. Vejam que boa notícia: não caímos no “ranking” do que podemos esperar; e, melhor ainda, estamos subindo.

Foto: Reprodução

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