A cidade de Curitiba parecia estar amaldiçoada. Após receber o primeiro 0 a 0 da competição com Irã 0 x 0 Nigéria, a Arena da Baixada tinha tudo para receber sua segunda partida sem gols. Dois jogadores trataram de mudar o rumo desta violenta partida desde o início dela. De um lado, Carlos Costly por Honduras. Do outro, Enner Valencia pelo Equador. A semelhança entre eles é que ambos são os camisas 13 de suas respectivas seleções.
Mastigando um objeto azul, que parecia um canudo ou um chiclete, Costly não teve medo de arriscar nas jogadas ofensivas. Aos 15 minutos da etapa inicial, ele tentou um chute de longa distância e a bola não passou nem perto do gol. Porém, aos 30 minutos, ele ganhou um bate-rebate no meio-campo e saiu na cara do goleiro. Não teve dúvidas, encheu o pé esquerdo e guardou a bola no fundo das redes.
Valencia, não o Antonio, que é badalado por jogar no Manchester United, mas sim o Enner, que atua no Pachuca, do México. Desde o primeiro jogo contra a Suíça, ele tem sido o cara do time, apagando o grande Valencia da seleção. Nesta noite, não foi diferente. Ele perdeu um gol cara a cara com o goleiro aos 18 minutos do primeiro tempo, chutando a bola para fora. Entretanto, aos 33, logo após os equatorianos tomarem o primeiro gol, ele aproveitou o chute errado de Paredes e colocou a bola no fundo do gol.
Assim, um dos 13 teria que decidir esse duelo. Sobrou para Enner, que, em um lance parecido com o gol que ele mesmo fez contra a Suíça, na primeira rodada da Copa do Mundo, anotou seu segundo tento no jogo. Deste modo, com dois gols de Valencia, que triunfou no duelo dos camisas 13, a Seleção Equatoriana conseguiu vencer seu primeiro jogo, sem ser amistoso, longe de Quito desde 2009.
FOTO: UOL
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