Envolvido em um escândalo de chantagem com o compatriota Mathieu Valbuena, o atacante Karim Benzema ficou fora da lista da França para a Euro 2016, que acontece no próprio país – a Band e o Bandsports transmitem o torneio a partir de 10 de junho. Filho de argelinos, o jogador do Real Madrid acusa o técnico da seleção de ter “cedido à pressão da parte racista da França” ao tirá-lo da lista final.
Nesta sexta-feira, a política Marion Le Pen, filha de Marie Le Pen, que chegou a concorrer à presidência da França pelo partido de ultradireita Frente Nacional, rebateu as declarações de Benzema no Twitter.
“Nasceu e se formou no nosso país, e ficou milionário graças a uma França em que hoje cospe. Indigno”, escreveu Marion, para depois continuar. “Se não está feliz aqui, que vá jogar na seleção de seu país”, completou a política se referindo à Argélia.
Ao dizer que Deschamps cedeu à pressão dos racistas, Benzema citou o crescimento da Frente Nacional. “Ele tem que saber que na França o partido extremista chegou no segundo turno nas duas últimas eleições. Eu não sei, entretanto, se é uma decisão somente de Didier porque eu estive com ele, com o presidente, com todo mundo. Eu não tenho problemas com ninguém. Estou com a França e a quero bem”, afirmou Benzema.
A França faz a partida inaugural da Euro 2016 contra a Romênia, dia 10 de junho, às 16h, no Stade de France. Romênia e Suíça completam o Grupo A da competição.
Foto: Charles Platiau/Reuters
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