O sentimento do corintiano hoje não é de raiva ou de vergonha. É da mais legítima tristeza. Foto: Facebook/Corinthians

O sentimento do corintiano hoje não é de raiva ou de vergonha. É da mais legítima tristeza. Foto: Facebook/Corinthians

Eu fazia parte da turma que, desde que ficou definida a final da Copa do Brasil, apostava que o Flamengo não teria a menor dificuldade para vencer o Corinthians e levar o troféu do mata-mata mais cobiçado do país. Tanto pela diferença dos elencos – abissal, apesar de alguns “terraflanistas” garantirem que não – quanto pela prévia que aconteceu entre os dois gigantes na Libertadores da América.

E, por falar no confronto entre os times no torneio sul-americano, para os corintianos foi uma derrota muito mais vergonhosa do que dolorosa. O Corinthians foi dominado em Itaquera, onde levou 2 a 0 do Rubro-Negro, e, no Maracanã, jogou até um pouco melhor que em casa, mas mesmo assim acabou derrotado por 1 a 0. Foram jogos para se esquecer.

Mas, na final da Copa do Brasil, a situação foi muito mais dolorosa porque o torcedor corintiano chegou a sentir o gosto da conquista. Depois do gol de Giuliano, o Timão dava toda pinta de que conseguiria vencer o então assustado Flamengo no tempo normal ou nos pênaltis. O que, por pequenos detalhes, acabou não acontecendo.

E o torcedor não tem nem como ficar bravo com um ou outro jogador. Róger Guedes perdeu um gol incrível, mas o lance foi muito rápido e ele arrematou do jeito que deu. Fagner tirou demais na hora de cobrar a sua penalidade, algo que acontece e quem ninguém faz por querer. E Mateus Vital entrou em uma fria enorme nas cobranças alternadas.

Por isso, o sentimento do corintiano hoje não é de raiva ou de vergonha. É da mais legítima tristeza. Pelas circunstâncias, seria um dos títulos mais inacreditáveis da história alvinegra. E só não aconteceu por puro azar. 

Bem, mas, se serve de consolo, o Corinthians, que não tinha perspectiva alguma nesta temporada, conseguiu chegar à final da Copa do Brasil e dominar o principal time do país fora de casa. É claro que os alvinegros queriam o título, mas o que o Timão apresentou neste mata-mata cria a expectativa de dias melhores para os torcedores do clube do Parque São Jorge. Isso, é claro, se a diretoria conseguir convencer Vítor Pereira, que foi quem consertou esse grupo, a ficar.

 

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