Atleta teve passagens marcantes pelo Cruzeiro e pelo Flamengo. Foto: Reprodução

Atleta teve passagens marcantes pelo Cruzeiro e pelo Flamengo. Foto: Reprodução

O goleiro da camisa amarela.

Foi assim que Raul Plassmann, que completa 80 anos nesta sexta-feira (27), ficou conhecido durante o longevo período em que defendeu a meta do Cruzeiro, entre 1965 e 1978, quando conquistou inúmeros títulos, entre eles dez estaduais e a Libertadores da América em 1976.

Paranaense do município de Antonina, Raul começou profissionalmente pelo então Atlético-PR, em seguida pelo rival Coritiba e ainda teve curtas passagens por São Paulo e Nacional (Uruguai) para desembarcar na Toca da Raposa.

E foi justamente em sua estreia pelo Cruzeiro, em 1965, sem uma camisa preta do seu tamanho, que Raul pegou uma camiseta amarela comprida e a utilizou na partida, e sem querer "lançou" a moda dos goleiros utilizarem outras cores.

Depois do time celeste viveu mais momentos memoráveis, agora pelo Flamengo (entre 1978 e 1983), quando foi três vezes campeão estadual, outras três do Brasileiro, da Libertadores (1981) e Mundial de Clubes (1981).

Em 1976, pela Libertadores da América, Cruzeiro e Internacional travaram um duelo espetacular, com vitória cruzeirense por 5 a 4

ABAIXO, UMA INUSITADA HISTÓRIA COM ARMANDO MARQUES E O JOGO INESQUECÍVEL ENTRE CRUZEIRO E INTERNACIONAL PELA LIBERTADORES DE 1976.

Mesmo tendo brilhado tanto tempo e vivido grandes experiências, Raul conta qual sua passagem mais inesquecível.
 
"Foi no avião, quando fui à poltrona do Armando Marques, coincidentemente no mesmo voo, e resolvi tirar com ele uma dúvida que me encasquetava há mais de 20 anos. Nós dois aposentados há anos. Quis saber do Armando por que ele não deu um pênalti escandaloso que cometi no César Maluco, num Palmeiras e Cruzeiro, com muita chuva, em São Paulo. Lembrei-lhe que agarrei a perna do César na pequena área, ele, Armando estava muito perto, viu tudo e nada marcou. César, então livre, ia fazer o gol após superar o Piazza. Então perguntei o por quê ! Aí, ele respondeu que eu era um tolinho e explicou que não marcou porque o César era muito feio, barbudo, chato, cabeludo, reclamão e eu, Raul, sob a chuva, de camisa amarela molhada, cabelos loiros e o corpo maravilhoso torneado com tecido a moldá-lo parecendo um Deus grego. Ouvi calado e pensativo, agradeci muito e voltei para minha poltrona. A aeromoça veio com o carrinho de bebidas e dispensei. Estava pensando no César", lembra Raul.
 
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA DE 1976: 
Cruzeiro 5 x 4 Internacional
Data: 07/03/1976 
Local: Mineirão 
Público: 65.463 pagantes 
Árbitro: Luís Pestarino (Argentina) 
INTERNACIONAL: Manga; Cláudio Duarte (Valdir), Figueroa, Hermínio e Vacaria; Caçapava e Falcão; Valdomiro, Flávio (Ramón), Escurinho e Lula Técnico: Rubens Minelli 
CRUZEIRO: Raul; Nelinho, Moraes, Darci Menezes e Vanderlei; Zé Carlos e Eduardo; Roberto Batata (Isidoro), Jairzinho, Palhinha e Joãozinho Técnico: Zezé Moreira
 

Em pé: Zé Carlos, Neco, Darci, Pedro Paulo, Procópio e Raul. Agachados: Natal, Evaldo, Tostão, Dirceu Lopes e Rodrigues. Legenda e foto reproduzidas do blog Tardes de Pacaembu


Em pé: Hilton Chaves (Treinador), Cincunegui, Pedro Paulo, zagueiro não identificado, Vantuir, Piazza, Raul Plasman e o preparador físico Paulo Benigno. Agachados: Vaguinho, Dirceu Lopes, Jair Bala, Tostão e Ronaldo Drummond. A legenda e a foto foram reproduzidas do blog Tardes de Pacaembu


Jogadores do Flamengo comemoram título mundial sobre o Liverpool em 1981. Da esquerda para a direita: Zico, Raul Plasmann (encoberto), Tita, Andrade, Leandro e Júnior. Sorrindo, no fundo, o jornalista Kléber Leite. Crédito da foto: Agência O Globo, via Portal UOL.


 


Jorge Júnior apresentando o Programa Placar Eletrônico, tendo como convidados Élber e Raul Plassmann. Foto: arquivo pessoal de Jorge Júnior


Raul venceu dez campeonatos mineiros, o Campeonato Brasileiro de 1966 e a Libertadores de 1976. Imagem: Hall da Fama, Troféu Telê Santana


Na estação ferroviária de Belo Horizonte, nos "braços do povo", o atacante Tostão, à frente de dois senhores de óculos, no centro da imagem. E também o "grandalhão" Procópio, de jaqueta, sorrindo ao léu


Nicola Calichio (já falecido), então diretor-financeiro do Cruzeiro, na janela do trem, no caminho de Belo Horizonte para o Centro-Oeste.


Na janelinha do trem, o craque Tostão na estação ferroviária de Belo Horizonte, pronto para embarcar com o seu Cruzeiro para jogar na região centro-oeste do Brasil. Crédito da foto: Levi dos Santos Xavier


Natal na janela do trem, com o elenco cruzeirense, indo para o Centro-Oeste brasileiro.


O olhar do Procópio na janela do trem no embarque do Cruzeiro de Belo Horizonte para o centro-oeste brasileiro.Crédito da foto: Levi dos Santos Xavier


Histórica foto na estação ferroviária de Belo Horizonte. O trio de ouro da Raposa, da esquerda para a direita: em pé, o saudoso Nicola Calichio, à época diretor-financeiro do Cruzeiro, e nas janelas estão Dirceu Lopes, Piazza e Tostão.


Piazza sob olhares de torcedores na estação ferrovíaria de Belo Horizonte.


Raul coloca suas mãos nos moldes para eternizalas no Hall da Fama do Cruzeiro. Foto: VIPCOMM


Raul Plassmann recebe das mãos de Gilvan Tavares uma placa, em homenagem aos grandes jogadores da história da Raposa. Foto: VIPCOMM


Raul Plassmann e Gilvan Tavares esticam a camisa amarela do Cruzeiro, tão utilizada pelo arqueiro. Foto: VIPCOMM


Veja que foto fantástica, no vagão refeitório, o Cruzeiro indo de trem para a região do centro-oeste brasileiro. Da esquerda para a direita, Neco, Evaldo, Raul Plassmann e Natal.


No vagão refeitório, Natal e Raul Plassmann chupando uvas e na mesa de trás, Evaldo e Neco. Crédito da foto: Levi dos Santos Xavier


Da esquerda para a direita, Raul Plassmann (deitado na beira do gramado) é o primeiro e Juarez Soares (sentado acompanhando o jogo) é o segundo. Foto: Sarkis


Nesta foto estão, da esquerda para a direita: Dalmar, não identificado, Zé Carlos, Procópio, Dirceu Pantera, Piazza, Neco, Raul, Illton Chaves, Dilsinho, Marco Antonio, Evaldo e Dirceu Lopes


Raul Plassmann e Ditão Boca Negra


Em pé, da esquerda para a direita: Darci Meneses, Mariano, Moraes, Raul, Wilson Piazza e Vanderlei. Agachados: Eduardo Amorim, Zé Carlos, Ronaldo, Dirceu Lopes e Joãozinho. A foto, de Guinaldo Nicolaevsky, saiu na revista Placar em 1977.


Em pé, da esquerda para a direita: Carlos Alberto, Raul, Rondinelli, Figueiredo, Leandro, Mozer, Marinho, Júnior e Cantarelli. Agachados: um jogador encoberto, Chiquinho, Tita, Adílio, Ronaldo Marques, Zico e Baroninho


Um belo time do Cruzeiro. Em pé: Vanderlei, Zé Carlos, Piazza, Pedro Paulo, Brito e Raul. Agachados: o massagista Nocaute Jack, Natal, Evaldo, Tostão, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira. Foto enviada por Walter Roberto Peres, publicada na "Revista Manchete"


Em pé, da esquerda para a direita: Lauro, Moraes, Toninho Almeida, Raul, Darci e Ananias. Agachados: Guido, Eduardo, Zé Carlos, Palhinha, Roberto Batata e Joãozinho


Em pé, da esquerda para a direita, vemos: Pedro Paulo, Lauro, Darci, Piazza, Misael, Raul, Perfumo, Vanderlei, Hélio e Escorio. Agachados: Guido, Eduardo, Zé Carlos, Roberto Batata, Dirceu Lopes, Lima, Joãozinho e Aldair Pinto. Essa foto do Cruzeiro de 1973 consta no livro "De Palestra a Cruzeiro", de Plínio Barreto e Luiz Otávio Trópia Barreto


Veja um combinado de jogadores de outros Estados, chamados de estrangeiros, que enfrentaram os atletas do Coritiba, na década de 60. Em pé, da esquerda para a direita, vemos: Barbosa, Edgar, Victor, Iauca, Altemir, Joca e Raul Plassmann. Agachados: o massagista Galieri, Calita, Adílson, Pedrinho, Quarentinha, Sicupira e Paraná.


Craques do Cruzeiro em evidência


Veja que belo time tinha o Cruzeiro em 1973. Em pé, da esquerda para a direita, vemos: Nelinho, Piazza, Darci Menezes, Raul, Perfumo e Wanderlei. Agachados: Eduardo, Zé Carlos, Palhinha, Dirceu Lopes e Joãozinho. A foto foi enviada por Walter Roberto Peres


Na foto acima, Raul Plassmann como técnico do Londrina e o fã Marcelo de Paula Dieguez


Será que o jogo estava tão "modorrento" e Raul estava bocejando?


Flamengo, 1979. Em pé: Nélson, Cantarelli, Rondinelli, Manguito, Toninho, Carpegiani, Júnior, Raul e Andrade. Agachados: um massagista, Reinaldo, Adílio, Cláudio Adão, Zico, Tita, Luisinho e Júlio César.


Formação cruzeirense que jogou contra a Caldense em 1975 pelo Campeonato Mineiro. O jogo foi disputado no estádio Cristiano Osório, em Poços de Caldas, no dia 11 de maio, e terminou sem abertura de contagem diante de 6.107 pagantes. O time azul foi treinado interinamente por Moacir Rodrigues. Já a Caldense tinha em seu banco de reservas Carlos Alberto Silva. Em pé vemos Darci, Paulo Roberto, Piazza, Moraes, Raul e Vanderlei; agachados estão Roberto Batata, Eduardo, Dirceu Lopes, Palhinha e Moacir


Formação cruzeirense no Mineirão antes de jogo contra o Atlético com Neco, Pedro Paulo, Piazza, Perfumo, Fontana e Raul em pé e Roberto Batata, Zé Carlos, Tostão, Dirceu Lopes e Lima agachados


Cruzeiro de 1968 com Zé Carlos, Pedro Paulo, Ditão, Darci Meneses, Murilo e Raul em pé e Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira agachados. Foto enviada ao site pelo internauta Walter Peres


Em pé: Vanderlei, Lauro, Piazza, Fontana, Brito e Raul. Agachados: Nocaute Jack, Natal, Zé Carlos, Tostão, Dirceu Lopes e Rodrigues.


A massa rubro-negra sente muita saudade desse timaço campeão do mundo de 1981. Em pé estão Leandro, Raul, Andrade, Mozer, Marinho e Júnior; agachados Lico, Adílio, Nunes, Zico e Tita


Impossível esquecer esse time do Mengão que entrou em campo no estádio Centenário, em Montevidéu, para jogar a terceira partida da decisão da Libertadores de 1981 contra o Cobreloa do Chile. O encontro se deu em 23 de novembro e terminou com vitória do mais popular dos times cariocas por 2 a 0, com dois gols de Zico. Em pé vemos Mozer, Raul, Marinho, Nei Dias, Andrade e Junior; agachados estão Tita, Leandro, Nunes, Zico e Adílio


Neste Cruzeiro campeão da Libertadores de 76, estão em pé: Nelinho, Piazza, Darci Menezes, Raul, Roberto Perfumo e Vanderlei. Agachados: um massagista, Eduardo, Zé Carlos, Palhinha, Dirceu Lopes e Joãozinho


Em pé estão Neco, Raul Fernandes, Moraes, Piazza, Fontana e Raul; agachados vemos Natal, Zé Carlos, Tostão, Dirceu Lopes e Rodrigues


Formação do Cruzeiro em 1976. O time chegou à decisão do Mundial Interclubes mas perdeu para o Bayern de Munique. Em pé estão Moraes, Nelinho, Ozires, Piazza e Vanderlei; agachados vemos Roberto Batata, Zé Carlos, Palhinha, Jairzinho, Joãozinho e Raul


Vejam o Cruzeiro campeão da Taça Libertadores da América de 1976. Nesta foto no Mineirão estão, em pé, Nelinho, Moraes, Ozires, Valdo, Vanderlei e Raul; agachados vemos Silva, Eduardo, Jairzinho, Palhinha e Joãozinho


Da esquerda para a direita, nas escadarias do delicioso Pacaembu, vemos Peter (veio de Piraju), pessoa não identificada, Nenê, Raul, Oswaldo Cunha, Suly e Zé Roberto (no cantinho). Atrás, Paraná (fumando) e Marco Antônio (ex-seleção Mineira e Comercial de Ribeirão Preto), encoberto pela cabeça de Raul


Acima, em 1965, três ex-jogadores do São Paulo Futebol Clube: o galã Raul Guilherme Plasmann, chegando de Curitiba para o Tricolor, o central Penachio - um zagueiro que jogava duro como o uruguaio Diego Lugano - e o atacante mineiro Marco Antônio, também ex-Comercial de Ribeirão Preto, em 1965 e 1966, e Seleção Mineira, campeã do extinto Campeonatao Brasileiro de Seleções, em 1963


 


 


 


A ficha completa de uma grande vitória cruzeirense contra o Santos de Pelé


 


 


A foto acima, do dia 7 de maio de 2007, foi tirada durante o Chuteira de Ouro do Campeonato Paranaense. Da esquerda para a direita, Milton Neves e ex-jogadores que atuaram no futebol do Paraná, Raul, Dionísio e Sicupira, três ex-atletas que hoje são comentaristas esportivos.


 


 


No dia 14 de maio de 2001, no troféu Melhores do Esporte, uma foto histórica. Quase 50 goleiros que passaram por grandes clubes nacionais e pela Seleção Brasileira. Da esquerda pra direita, o segundo, na fileira mais abaixo (em primeiro plano) é Jairo, ex-goleiro do Corinthians. O quinto dessa mesma fila é o também ex-goleiro do Corinthians Ado. Atrás de Ado, do lado esquerdo, está Raul Plassmann, ex-goleiro do Flamengo. Ao seu lado (esquerdo), com sua inconfundível barba, está Rodolfo Rodriguez, o inesquecível goleiro do Santos


 


O qrande e querido Raul fala das agruras e alegrias de sua carreira futebolística


 


 


 


 


Raul, no dia 14 de maio de 2001, no Troféu Melhores do Esporte


 


Mauro Naves, Raul Plassmann e Júnior, em 2020. Foto arquivo pessoal de Mauro Naves


Seleção brasileira que venceu a Argentina, por 2 a 1, no Mineirão, em 6 de agosto de 1975. Em pé: Em pé: Nelinho, Piazza, Amaral, Getúlio, Raul e Vanderlei. Agachados: Roberto Batata, Marcelo, Campos, Danival e Romeu.


Seleção brasileira que perdeu para o Peru, por 3 a 1, nas semifinais da Copa América, em 30 de setembro de 1975. Em pé: Nelinho, Vanderlei, Miguel, Piazza, Raul e Getúlio. Agachados: Roberto Batata, Geraldo, Roberto Dinamite, Palhinha e Romeu.


Procópio Cardoso ao lado de Raul, em homenagem recebida em 2018


Raul Plassmann e João Antonio de Carvalho, em foto de 2016


Cruzeiro em 1976. Na foto, Raul, Eli Carlos, Joãozinho, Ozires e Nelinho. Foto: Reprodução


Jogadores do Cruzeiro e do Atlético-MG formando uma seleção das boas nos anos 70. Em pé, da esquerda para a direita: Nelinho, Zezinho Figueroa, Vantuir, Raul, Vanderlei e Toninho Cerezo. Agachados: Eduardo, Marcelo Oliveira, Reinaldo, Flamarion e Joãozinho


Atlético Paranaense 1 x 1 Cruzeiro, em 12 de setembro de 1976, Tião Marçal em primeiro plano e com a bola o goleiro Raul Plassmann


Revetria em seus tempos de Cruzeiro, campeão mineiro de 1977


Encontro entre PVC, Rogério Micheletti e Raul Plassmann em 2016. Foto: arquivo pessoal de Rogério Micheletti


Helô Campanholo e o ex-goleiro Raul Plassmann, em 2016. Foto: reprodução


Em 2012, o Cruzeiro homenageou os ex-jogadores Eduardo Amorim, Nelinho, Darcy Meneses e Raul. Foto: reprodução


Na década de 70 e em 2011


Em 2011, trabalhando no Cruzeiro. Foto: YouTube


Nos anos 2000, comentarista da Rede Record. Foto: UOL


No Cruzeiro, clube que defendeu entre 1965 e 1978, Raul inovou nas cores de camisa. Além da tradicional amarela, também jogou com esta laranja. Foto: cruzeiro.com.br


Final do Campeonato Brasileiro, no Maracanã. Flamengo 3 x 2 Atlético-MG, no dia 1 de junho de 1980. Da esquerda para a direita, em pé: Andrade, Marinho, Raul, Rondinelli, Carlos Alberto e Júnior. Agachados: Tita, Adílio, Nunes, Zico, Júlio César Urigeller


Cláudio Adão, Thiago e Raul Plassmann

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