Escolha nas mãos de Modesto

Escolha nas mãos de Modesto

Ver o Ricardo Oliveira joga nesse time do Santos é lindo. O cara é inteligente, apesar da idade, rápido, extremamente técnico. Não é à toa que o cara é artilheiro do Brasileirão.

Mas, mesmo com oartilheiro do torneio, o Santos está a beira do rebaixamento. A luz no fim do túnel é o trem chegando para atropelar. Com tudo.

Fica fácil concluir que o problema é tático e/oua defesa que concede muito gols, certo? Além disso, a perda da referência de Robinho enervou de tal forma os meninos da Vila que, na 11a rodada, eles já entram em campo descontrolados.

Aí a gente analisa o técnico: Marcelo Fernandes foi, nos anos 90, um dos piores zagueiro do Santos. Possivelmente, em minha opinião, um dos piores da história, ao lado de Camilo e Evaldo (esse mais recente, 2008, se não me engano). Experiência do cara como técnico? Zero. Esperança de que ele vá arrumar essa defesa (que não é a especialidade dele)? Zero.

O Santos está sem dinheiro? Sim, está. Mas não vai sair mais caro manter um aprendiz de treinador em um time nitidamente sem mão para comandar, treinar e organizar?

Contra o Inter-RS, a expulsão de David Bráz estava desenhada. Hoje, na derrota na Vila, a de Geuvânio, que revidou de forma grotesca uma falta sofrida por ele. Assim como ocorreu com Claudinei Oliveira - que pegou em 2013 um time recém-viúva de Neymar -, o momento do Santos requer algo que seu comandante não pode dar.

Fernando Diniz, Sérgio Guedes, Guto Ferreira. Será que nenhum desses serve? Talvez não. Mas duvido que qualquer um desses sirva menos que Marcelo Fernandes.

 

Foto: UOL

Rafael Gonçalves é jornalista, locutor, escritor de fundo de gaveta, chef do videoblog Carecas na Cozinha, cantor de chuveiro e ex-goleiro. Mestre em Comunicação e Inovação, amante de futebol das bolas redonda e oval, baseball e quatro rodas. Roqueiro apaixonado por Michael Jackson e Frank Sinatra. Sigam no www.twitter.com/faelgo.

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