Há exatos dez anos morria o suíço Clay Regazzoni, piloto que competiu na Fórmula 1 entre 1970 e 1980.
Regazzoni, um dos bons pilotos de sua geração, teve como melhor performance a temporada de 1974, quando foi vice-campeão (pela Ferrari), apenas três pontos atrás de Emerson Fittipaldi (McLaren-Ford).
Pela F1 disputou 132 GPs, vencendo cinco e conquistando cinco poles. Competiu por Ferrari, BRM, Ensign, Shadow e Williams.
Sua morte aconteceu em 15 de dezembro de 2006, dia em que ele bateu seu Chrysler Voyager frontalmente a um caminhão na estrada A1, próxima à cidade de Parma, na Itália. Ele tinha 67 anos.
O ACIDENTE NA F1 QUE O DEIXOU PARAPLÉGICO
O carro de Regazzoni era adaptado, uma vez que ele havia perdido os movimentos da cintura para baixo em um acidente durante o GP dos Estados Unidos de 1980, em Long Beach, ocasião em que seu carro (um Ensign) sofreu uma avaria nos freios e ele bateu contra a Brabham do italiano Ricardo Zunino, que estava encostada em uma área de escape.
Sua coluna vertebral foi lesionada. Ele passou por diversas cirurgias mas não voltou a andar, passando a exercer a função de comentarista de Fórmula 1 e ativo participante em debates e ações em prol das pessoas portadoras de deficiências físicas.
Ainda assim, apesar da limitação, chegou a disputar diversas provas de rali com carros adaptados, incluindo uma participação no antigo Rali Paris-Dakar.
OUTRO ACIDENTE: GUIANDO UM MAVERICK, NO CENTRO DE SÃO PAULO
Em 1973, trabalhando na Rádio Jovem Pan, Milton Neves testemunhou o inusitado acidente de Clay Regazzoni, que não aconteceu em Interlagos, durante o GP do Brasil, mas no centro da cidade de São Paulo, quando o suíço seguia para o Hotel Hilton na Avenida Ipiranga.
"Em 1973, logo depois da Ford ter lançado o Maverick, a fábrica forneceu um modelo para cada um dos pilotos e chefes de equipe que vieram disputar o Grande Prêmio do Brasil em Interlagos, para que eles circulassem pela cidade. Eu estava acompanhado do amigo Dulcinei Marras, fazendo a cobertura da corrida para a Jovem Pan. Fomos de ônibus até o centro da cidade, no Hotel Hilton, na avenida Ipiranga, onde estavam os pilotos. Era uma manhã calma de sábado, silenciosa, quando de repente ouvimos um `cantar de pneus´ e um barulho feio de batida. Fomos ver o que tinha acontecido. Era o Clay Regazzoni em seu Ford-Maverick, que bateu em uma árvore, mas felizmente ele saiu tranquilamente do carro, deu uma limpada na roupa e foi a pé mesmo para o Hilton. Pena que eu não tinha uma máquina fotográfica naquele momento, mas é uma imagem que ficou em minhas retinas, de um tempo romântico do automobiismo, com os pilotos muito mais acessíveis do que hoje em dia", lembra Milton Neves.
E COMO FOI O DESEMPENHO DE REGAZZONI NAQUELE GP DO BRASIL, APÓS O ACIDENTE COM O MAVERICK?
E vale a informação: Clay Regazzoni, então piloto da BRM V12, terminou o GP do Brasil de 1973 na sexta colocação, prova vencida por Emerson Fittipaldi (Lotus-Ford). No pódio, também estavam o escocês Jackie Stewart e o neozelandês Denny Hulme, segundo e terceiro colocados, respectivamente.
CLIQUE AQUI E VEJA A PÁGINA DE CLAY REGAZZONI NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?"
Reserva de Leandro na Copa de 82, mas titular absoluto do Flu, Edevaldo completa 67 anos!
28/01/2025Achados & Perdidos: O tricampeonato do Santos na Taça Brasil, contra o Bahia, há 61 anos
28/01/2025Achados & Perdidos: O dia em que Milton Neves conheceu a Cidade do Galo
28/01/2025Após derrota, Palmeiras busca recuperação frente ao Red Bull Bragantino; as formações
28/01/2025Alfinete
28/01/2025