Estamos apenas no primeiro mês da temporada por aqui, e já temos heróis e vilões no mundo da bola

Estamos apenas no primeiro mês da temporada por aqui, e já temos heróis e vilões no mundo da bola

O futebol brasileiro segue com o imediatismo em alta e criando heróis e vilões da noite para o dia. A temporada nem começou a já temos o técnico do ano, no caso o argentino Sampaoli, do Santos, e o “fracassado” da temporada, o novato André Jardine do São Paulo.
Ser torcedor é ser passional, é quebrar regras, é viver longe do respeito aos planejamentos e sonhar apenas com vitórias e títulos. Tudo bem, mas... Peço um pouquinho de bom senso, por favor.
O São Paulo, até o clássico de domingo, era o time mais ofensivo da capital, com sete gols marcado em dois jogos. O time que despontava como uma das forças do Paulistão caiu por terra após 90 minutos. Bastou a derrota para o Santos e virou o fiasco do início da temporada.
O otimismo que contagiava os tricolores se transformou em pessimismo e Jardine passou a ser um mico no comando do time. Essa cobrança toda após a terceira partida do estadual.
Que tal pensarmos em planejamento?
Já Sampaoli, criticado aos quatro cantos pela forma de trabalhar, sobretudo após rifar Vanderlei, um dos melhores goleiros do país, cobrando da diretoria a contratação de outro camisa 1, agora já é uma espécie de Deus na Vila Belmiro.
A boa vitória sobre o São Paulo (2 x 0), no Pacaembu, rendeu rasgados elogios ao treinador, que agora é apontado como um cara antenado em tecnologia e um verdadeiro mago dos esquemas táticos.
O futebol brasileiro é assim. Os resultados tem de ser para ontem, impressionante. Temos a necessidade de criar ídolos e rotular profissionais de uma rodada para a outra.
Como pode isso, num futebol que envolve milhões na temporada?
Esse imediatismo não combina com profissionalismo e bons resultados. É importante dar tempo ao tempo, por mais que o futebol exija resultados. Estamos apenas no início da temporada, é prematuro ainda enaltecer qualquer tipo de trabalho. A oscilação vai existir, normal.
Pode-se avaliar um trabalho de forma menos leviana só em maio, após alguns meses de bola rolando. Qualquer análise antes disso é puro passionalismo de torcedor e um enorme desrespeito com os profissionais envolvidos.
 
 
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Foto: UOL

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