A pressão sobre Hernan Crespo no São Paulo é enorme. O argentino não vem conseguindo fazer a equipe evoluir, o time patina e não se afasta de vez da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Como era de se esperar, a demissão do argentino passou a ser especulada no Morumbi.
Óbvio que o trabalho de Crespo precisa evoluir. O time precisa jogar mais. Mas demiti-lo agora seria, mais uma vez, buscar a solução mais rasa.
Colocar toda a responsabilidade pelo fracasso no Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil sobre os ombros de Crespo seria repetir o filme que vimos em todas as temporadas passadas. Demitir o argentino é dizer que ele não serve mais para o clube... Mas Fernando Diniz também não servia, assim como Cuca, ou André Jardine, ou Aguirre, ou Dorival, Ou Rogério Ceni...
Desde a saída de Muricy Ramalho, em 2009, nenhum treinador “presta” para o São Paulo. Ninguém serve. São mais de 20 profissionais (entre efetivos e interinos) assumindo a equipe nesses últimos 12 anos – alguns deles se repetindo. E ninguém serviu.
Curiosamente, Crespo é o único que conquistou um título relevante desde o Tri Brasileiro com Muricy em 2006, 2007 e 2008.
O argentino ainda é um técnico em formação, tem apenas quatro trabalhos na carreira de treinador e vive no São Paulo sua primeira experiência num clube grande. Óbvio que vai tropeçar, errar, oscilar. O ponto é que Crespo já mostrou bons resultados, montou bem a equipe e alcançou bom desempenho. Tem sofrido para arrumar o time desde que o elenco passou a conviver com problemas de lesão. O fato de não ter feito uma pré-temporada também pesa e a conta chega.
A questão é que Crespo está longe de ser o problema do São Paulo. Tem sua parcela de responsabilidade pelos problemas na equipe, assim como seus antecessores. Mas repetir a receita e simplesmente jogar a culpa em cima do treinador seria mais um erro da diretoria são-paulina.
Não acredito que com Crespo o São Paulo será rebaixado. Tampouco imagino que irá para a Libertadores caso troque o comando da equipe. A tendência é que o time termine o Brasileirão numa zona intermediária da tabela. Seria importante bancar o argentino, dar a ele a oportunidade de iniciar a próxima temporada realizando uma pré-temporada, colocar em prática um plano de médio/longo prazo. A tendência é que time e treinador melhorem.
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