A estratégia de Murray e a magia de Del Potro valorizaram ainda mais a sonhada medalha de ouro.

Foi um jogo épico, digno de uma final olímpica e qualquer que fosse o resultado, estaria em ótimas mãos.

Obviamente não há como tirar o brilho da conquista de Murray, que por quase toda a partida manteve o controle, deu ritmo ao jogo, com exceção do segundo set quando o argentino conseguiu impor seu ritmo mais forte de jogo.

Sim, duelaram com estilos bem diferentes. Enquanto Murray tentava se proteger da direita arrasadora de Del Potro forçando o backhand do argentino e abusando dos slices, Del Potro tentava dar mais intensidade ao jogo com bolas fundas e muito velozes.

Del Potro vinha de uma jornada difícil contra Nadal e parecia beirar a exaustão. Mas a impressão que se tinha era a de que ele arrancava forças sabe se lá de onde, e tornava o jogo cada vez mais disputado e difícil para Andy.

O público se comportou como se estivesse em uma Copa Davis, mesmo assim a concentração dos jogadores foi superior, pareciam estar imunes ao cânticos e gritos mais exagerados nos momentos de saque. Teve até torcedor expulso de quadra!

Com esta vitória, Andy Murray conquistou o inédito título de bicampeão olímpico, uma proeza que dificilmente será alcançada, mesmo porque vivemos em um momento de transição dos grandes jogadores no circuito.Não há soberania absoluta.

As lágrimas de ambos no final do jogo podem sintetizar o significado desta partida e da premiação.

Não eram milhões de dólares, era apenas uma medalha. Mas para aqueles que talvez não compreendam, o esporte é assim, algumas conquistas valem mais do que todo o dinheiro do mundo.

É como na vida, não há dinheiro que pague a felicidade.

Foto: UOL
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Gustavo Santos - nosesportes@gmail.com
No Twitter: @gustavofarmacia

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