De repente, o Fluminense tem “um dos maiores técnicos do mundo”

De repente, o Fluminense tem “um dos maiores técnicos do mundo”

E o Palmeiras hein?

Bagunçado no primeiro, mas corajoso e forte no segundo tempo,...com seu técnico irritado e irritante, voltou pra casa.

Ah... e o Flamengo ainda acha que “dava pra ganhar” do Bayern Munich.

Bom,...aqui já deu pra ver que temos uma esperança a mais para o ataque da Seleção com o garoto João Pedro, que nem chegou direito e já jogou mais de uma hora com o Chelsea na partida contra o Palmeiras.

Já os árbitros brasileiros não brilharam, Mesmo!

E o Botafogo que virou notícia, na morna imprensa americana (quando fala de futebol...) por mandar embora seu técnico no hotel, enquanto ainda estavam nos Estados Unidos.

Ué... não era “a grande equipe brasileira equilibrada que venceu os campeões da Champions League, o PSG”?

Cadê?

Estão em casa, assistindo o PSG chegar à semifinal.

E sem técnico...

De repente, o Fluminense tem “um dos maiores técnicos do mundo”.

E o Guardiola, o Luis Enrique, o Courtois, o Infantino e até o Enzo Maresca, técnico do Chelsea, elogiaram, falaram bem, declararam paixão e respeito pelo futebol brasileiro nos microfones do mundo inteiro.

Yan Couto jogando um bolão no Dortmund, Vini no Real, Marquinhos no PSG, e o Savinho que só não fez chover defendendo a camisa do City.

Uau....

Ou em inglês : Wow!!!

O que foi o futebol do Luis Henrique com a Inter de Milão?

O Andrey Santos jogou o fino no Chelsea...Mas o Marcos Leonardo.....

Ahhhh o Marcos Leonardo alem do milhão de dólares de prêmio pelo que fez na Arábia Saudita....com os gols e a bola que jogou no improvável Al Hilal, na mais improvável( e até agora: inacreditável!) vitória contra o Manchester City, vai virar Sheikh honorário...tamanho talento do menino.

Ederson fechando o gol do manchester City.

O John sendo aplaudido mundo afora e o Vítor... bom, Vitor é um capítulo à parte: gênio, craque, ídolo, exemplo... um grande.

Goleiros brasileiros sendo aplaudidos de pé no Mundial de Clubes da FIFA.

Ver o grande, elegante e simpático Capitão Cafú sentado, na fileira de cima ou ao lado,mas sempre perto do presidente Infantino, é “Lenda da FIFA”.

E está aqui fazendo bonito com sua serenidade e profissionalismo, ao lado de gênios da bola como Roberto Carlos, Gilberto Silva...

A Brasileiridade invadiu o Mundial de Clubes da FIFA!

Estamos dando um banho: de bola no campo, de alegria nas arquibancadas e de microfones e câmeras no jornalismo (com detalhe de aplausos à sensacional Cazé TV, que faz o que canal nenhum no mundo faz).

E nós...umm banho de suor... a cada jogo, a cada busca de como chegar aos estádios num país que não tem, e nem coloca transporte público fácil na maioria das sedes (menos Seattle!), seguimos sendo parte do time dos "nice Brazilias"...os brasileiros legais.

E somos.

No meio do calor, da correria e das filas intermináveis para comprar os pretzels no intervalo dos jogos, o que mais chamou atenção foi aquele “jeito brasileiro” de torcer: cantando até mesmo quando estão perdendo.

Rindo, abraçando até quem usava camisa do outro time.

Com sambinha contagiando americanos, mexicanos, hondurenhos, russos e ingleses, que mexiam o corpo sem graça mas sentido o ritmo.

Teve brasileiro tirando foto com torcedor árabe, argentino, e até de rival europeu no mesmo jogo!

Sempre com aquele sorriso que parece não cansar nunca.

Na porta do estádio, a cena mais nossa impossível. E mais "brasileira"...bem típica: camelôs brasileiros,vendendo camisa pirata do Fluminense, do Palmeiras, do Botafogo, do Flamengo.

E gringo achando graça disso tudo. E levando de recordação as camisetas piratas!

Essa é a Marca Brasil: simpatia que não tem manual, alegria que não precisa de tradução.

E que achou o placo certo nesse Mundial: a brasileirada que vive nos EUA, estava com saudades da bagunça. No meio da frieza e desinteresse com o próximo que aquinos EUA parece ser lei, o Mundial de Clubes da FIFA ofereceu uma brecha, umas férias dessa realidade cruel, para que no meio da batucada e das infinitas fotos com camisas que iam da Ponte Preta ao Náutico, passando pelo Juventus da Rua Javari, os " Cabelas de Bagre" de Itaquaquecetuba, da Fiel Torcida do Corinthians, e até do Paysandu: o Mundial era a oportunidade de tirar do armário a camiseta do coração.

Dane-se quem estava em campo: eu vou é usar minha camisa surrada do Brasil, da Copa de 90!

Juro que vi uma camisa do Ituano e outra do Bangu!

Com as semifinais definidas, e com nosso Fluzão ali no meio dos 4 melhores do torneio, com todo mérito do mundo, só posso dizer que nós, estamos tentando ser um tipo de “3º Tempo” aqui na América: trazendo o pós-jogo, os detalhes que não estão ali no gramado com a bola rolando. Tudo com muita "Brasileiridade".

Contado coisas como o fato que, juro... contei 48 diferentes lojinhas e bares de comida no estádio em Orlando!

Todas diferentes uma das outras: de sushi e teppanyaki a sandwich cubano... seja lá isso o que for.

Batata frita salpicada de alho, bolinhas de sorvete granulado... seja isso o que for.

E claro, cerveja a 72 reais o copo. E o frango empanado que melhor nem contar o preço pra vocês.

PSG contra Real Madrid.

E o Fluminense pegando o Chelsea.

Demais.

Mas quando... quando jogam?

Só terça-feira?

Tá... mas e até lá, enquanto os coitados dos jogadores descansam do calorão absurdo e da umidade ainda mais absurda... o que a gente faz?

Não tem mais Mamelodi Sundowns contra o Ulsan. Nem Inter de Milao contra o Urawa Reds?

E muito menos um bom Botafogo x Monterrey ou Los Angeles FC (que não é o Los Angeles Galaxy...)?

Maldito maravilhoso Mundial de Clubes!

Que a culpa paire eternamente sobre a cabeça do presidente Infantino, por nos dar o gostinho de muito futebol bom, às vezes dois jogos por dia em porções generosas... e agora, por nos deixar assim... no ar... dias a fio!

E pensar que isso aqui acaba daqui a pouco... dia 13 de julho.

E pensar que ninguém dava bola para o Mundial.

E pensar que teve gente maluca dizendo que os europeus “estavam no fim da temporada”...

E que não estavam nem aí para o Mundial...

Tá bom...

Então o grito de vitória do Vini Jr. depois do 3 a 1 contra o Borussia, ali na minha frente no gramado do MetLife Stadium em Nova Jersey, e a raiva do Guardiola por ser eliminado, e os cantos e pulos da molecada do PSG, quando destruíram o Bayern de Munique...eram o que ?

Tá bom que os europeus “não estão nem aí”...

Não só estão, como trouxeram TODOS os seus melhores e maiores jogadores.

Estão cansados, sim... mas dando sangue em campo!

Tem mais de 1 bilhão de dólares em prêmios aqui. Mais que no Mundial de Seleções. Só o campeão levará pra casa, mais de 125 milhões de dólares ( algo em torno de 600 milhões de reais).

E que arqui-multi bilionários como os clubes de Madrid, o City, o PSG... que dinheiro não falta ali, vieram e deram, dão tudo de si para conquistar o título!

O que valoriza o trabalho que o Botafogo, o Palmeiras, o Flamengo e, sobretudo, o Fluzão estão fazendo.

E fizeram aqui!

Então, no meio da cor dourada, infinita, em tudo, que este Mundial de Clubes da FIFA está lambuzando cada coisa, cada prêmio, cada comercial, cada detalhe, só me resta curvar-me com todo respeito, consideração, agradecimento, emoção e, sobretudo, orgulho:

Desde o Cafú na Tribuna de Honra, do garoto Hércules que emociona de verdade quando marca gols de vitória para o Fluminense, passando pela torcida brasileira que foi impecável, muito barulhenta e “comportada”, e pelos colegas da imprensa — que foram, de longe, maioria entre os países que mandaram profissionais pra cá:

Obrigado!

Thank you também ao Renato Gaúcho, sim: que trouxe, montou, apresentou e segurou o seu time nesse Mundial que nos representa, nos traz orgulho e nos enche de honra!

E ao Infantino... quem diria... Muito obrigado!


O Mundial número 1 da história, que já de cara começou mais brasileiro que tudo, já que só nós, os Brazilians, tínhamos quatro equipes... ninguém mais, foi, é e será sempre tingido de verde-amarelo, com toques brasileiros que nos fazem amar esse torneio.

Calma.

Tem mais Mundial de Clubes.

Mas o texto aqui,...saiu... era muita “patriotada”, pra não colocar em palavras.

Sem ser “Pacheco”, e falando do fundo mais fundo do meu coração... foi demais ser Santista na alma, mas torcer que nem louco pelo Palmeiras, ficar gritando para o Estevão passar a bola e para o Vanderlan parar de fazer besteira...

Não tinha como não aplaudir de pé o Árias, aplaudir o Richard Rios, gritar pro Savarino e torcer pro De la Cruz e pro De Arrascaeta conseguirem marcar os gols necessários ...

E como não ficar triste com o Erick Pulgar e sua lesão importante aqui no Mundial?

A Legião Estrangeira destruiu em campo, brilhando e representando o Brasil e seus clubes nos gramados dos Estados Unidos.

Então que sigam as piadas, as zoações engraçadas e os memes de inteligência artificial grosseiros, mas que fazem parte do momento.

Eu só sei que somos simpáticos ao mundo.

Simpáticos pra caramba!

A ponto de sorrir que nem bobo quando os torcedores do Al Hilal da Arábia Saudita falam claramente que não têm nadinha contra o Neymar: que ele, ao contrário, ajudou a “promover nosso futebol pelo mundo”.

Zero frustração ou rancor com o Menino Ney!

E os fãs do PSG dizendo que “tudo bem”... “perder para brasileiros é quase um prazer!”

E fico com o Mbappé.

Porque pra falar de Brasil, fico com a Tartaruga Ninja, como é apelidado o centroavante francês.

Que, ao final do 3 a 1 do Madrid sobre os alemães do Borussia, marcou aquele golaço no final do jogo e disse: “Bicicleta! O Vini chama isso de bicicleta.

E eu falei que na minha família era gol à brésilienne! E que ia fazer um assim antes dele”

Os europeus são realmente uma liga acima de todos.

Os sauditas trouxeram o futebol asiático ao topo, destruindo o Manchester City.

Os mexicanos aplaudiram seu Monterrey nas oitavas.

Os brasileiros?

Ahhhh... “os brasileiros são o sorriso desse Mundial e o segundo time de todos nós”, disse o presidente da FIFA.

E não é que ele está certo?


Que Santos que nada!

Aqui meu coração, a alma e o grito foram do Verdão, vibraram com o Fogão, sonharam com o Mengão.

Mas serão, e são, agora do Fluzão!

Brasil no Mundial.

Tudo de bom!

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