O Lole guiou por grandes equipes da categoria. Foto: Divulgação

O Lole guiou por grandes equipes da categoria. Foto: Divulgação

Carlos Reutemann, ex-piloto argentino que esteve na Fórmula 1 entre 1972 e 1982, morreu nesta quarta-feira (7), aos 79 anos, em decorrência de uma hemorragia digestiva. Ele estava internado em um hospital da província de Santa Fé, sua cidade natal, onde nasceu em 12 de abril de 1942.

Reutemann deixa a viúva Verónica Ghio, com quem estava casado há 15 anos, seu segundo matrimônio. O ex-piloto teve duas filhas, ambas de seu primeiro casamento (com Micha Reutemann): Mariana e Cora, esta última a mãe do seu único neto, Santiago Bautista Diez Reutemann.

Reutemann havia passado por um tratamento contra um câncer de fígado em 2017 e tinha sequelas do longo procedimento cirúrgico ao qual foi submetido na ocasião, nos Estados Unidos. 

Dedicou-se à política após deixar o automobilismo, tendo sido governador da Província de Santa Fé e atualmente era senador, também por Santa Fé, cargo que ocupava desde 2003.

Reutemann é o segundo argentino com mais vitórias na Fórmula 1, um total de 12, atrás apenas do pentacampeão mundial Juan Manuel Fangio, que somou 24. 

Carlos Alberto Reutemann, o Lole, como era carinhosamente conhecido, disputou 146 GPs na Fórmula 1, e além das 12 vitórias também  conquistou seis poles e fez voltas mais rápidas em seis corridas.

Começou sua carreira na Fórmula 1 pela Brabham, em 1972, permanecendo no time então comandado por Bernie Ecclestone até 1976, período em que conquistou suas quatro primeiras vitórias, a primeira delas no GP da África do Sul de 1974.

Em 1977 integrou a Ferrari, formando dupla com Niki Lauda, permanecendo no time de Maranello até 1978, conquistando outras quatro vitórias. 

Em 1979 passou em branco, sem vencer nenhuma etapa, então pela Lotus, que havia tido uma temporada espetacular no ano anterior, com Mario Andretti ficando com o título e Ronnie Peterson (post mortem) sendo o vice. Mas o time de Colin Champman não repetiu o ótimo desempenho do ano anterior e Reutemann conseguiu apenas dois pódios em 1979 e terminou a temporada em sétimo lugar, ainda assim bem melhor que seu companheiro Mario Andretti, que foi o 12º.

Para no ano seguinte, 1980, viveu uma boa temporada pela Williams, terminando o ano em terceiro lugar, vencendo uma prova, o icônico GP de Mônaco. Porém, em 1980, a preferência de Frank Williams pelo australiano Alan Jones, que acabou sendo o campeão daquele ano, acirrou os ânimos entre o argentino e o time inglês.

Em 1981, ainda na Williams, foi vice-campeão, com duas vitórias, terminando o campeonato com 49 pontos, um a menos que o campeão, o brasileiro Nelson Piquet.

Em 1982 fez seu último ano na Fórmula 1, ainda na Williams, mas disputou apenas as duas primeiras corridas da temporada (África do Sul, terminando no pódio, em segundo lugar e no Brasil, quando não completou a prova.

Próximo de completar 40 anos, já cansado da rotina de viagens, decidiu deixar o automobilismo e se dedicar à politica, tendo sido governador e senador da província de Santa Fé.

VITÓRIAS NO BRASIL

Reutemann venceu três GPs do Brasil, em 1977 pela Ferrari (em Interlagos), em 1978 também pela Ferrari (em Jacarepaguá) e em 1981 pela Williams (em Jacarepaguá).

Ainda venceu o GP do Brasil de 1972, pela Brabham, que não valeu pontos para o campeonato (foi uma prova teste, antes da oficialização do Brasil no calendário, em 1973).

  

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Dois momentos de Carlos Reutemann

 

Frank Williams conversa com Reutemann em 1982, último ano do argentino na Fórmula 1. Foto: Divulgação

 

Sorridente, em 1978, quando era piloto da Ferrari. Foto: Divulgação

 

Reutemann com a Ferrari em 1977, no GP da Espanha. Ele terminou em 2º lugar na prova vencida por Mário Andretti. Foto: Divulgação

 

Com a Brabham-Ford em 1975, no GP da Argentina. Foto: Divulgação

 

Testando a Williams em Jacarepaguá, em 1981. Foto: Divulgação

 

Pela Ferrari, em 1977. Foto: Divulgação

 

Reutemann foi governador e depois senador pela Província de Santa Fé, na Argentina. Foto: Divulgação

 

Nelson Piquet e Carlos Reutemann, em 1980. No ano seguinte, os dois travaram uma grande disputa pelo título, vencida pelo brasileiro. Reutemann foi o vice. Foto: Divulgação

 

Em 1980, ano em que estreou pela Williams, patrocinada com dinheiro proveniente de empresas árabes, incluindo de Bin Laden. Foto: Divulgação

 

Em 1979, seu único ano pela Lotus. Na imagem, na chuva, no GP dos Estados Unidos, em Watikins Glen. Foto: Divulgação

 

O argentino Carlos Reutemann venceu o GP do Brasil de 1978 com a Ferrari 312 T2 de 12 cilindros no circuito carioca de Jacarpaguá, Foto: Divulgação

 

Com um dos carros mais lindos de todos os tempos, a Brabham-Alfa Romeo vermelha, na temporada de 1976. Foto: Divulgação

 

No GP da Argentina de 1974, com a Brabham-Ford. Foto: Divulgação

 

Em sua primeira prova na F1, no GP da Argentina de 1972, com Brabham-Ford. Ele terminou em sétimo lugar. Foto: Divulgação

 

Em 16 de maio de 2021, recuperando-se após alguns dias na UTI por conta de uma hemorragia abdominal, em hospital de Rosário, na Argentina. Foto: Mariana Reutemann, filha de Carlos Reutemann

 

Em 19 de junho de 1977, Laffite (Ligier) comemora sua primeira de suas seis vitórias na F1, no GP da Suécia, em Anderstorp. À esquerda, o alemão Jochen Mass (McLaren), segundo colocado, e à direita, o argentino Carlos Reutemann, o terceiro, com Ferrari. Foto: Reprodução

 

Laffite (centro), com Ligier- Ford, abriu a temporada de 1979 com vitória no GP da Argentina, em Buenos Aires. À esquerda, o argentino Carlos Reutemann, segundo colocado, com Lotus-Ford. Foto: Reprodução

 

Estreando no automobilismo com um Fiat 1500 em 30 de maio de 1965, competindo pela Turismo Mejorado, categoria argentina, em La Cumbre (Córdoba). Foto: Divulgação

 

Então aos 23 anos, estreando no automobilismo com um Fiat 1500 em 30 de maio de 1965, competindo pela Turismo Mejorado, categoria argentina, em La Cumbre (Córdoba). Foto: Divulgação

 

Carlos Reutemann e José Carlos Pace no pit-lane de Kyalami em 6 de março de 1976, dia em que foi disputado o GP da África do Sul. Reutemann largou em 11º e Pace em 14º. Ambos com Brabaham-Alfa Romeo abandonaram a prova com problemas de pressão de óleo. Foto publicada no Facebook F1 70 e 80

 

Miicha Reutemann (ex-esposa de Carlos Reutemann) e Juan Manuel Fangio nos anos 70. Foto: arquivo pessoal de Mimicha Reutemann

 

À esquerda, Ian Reutemann, sobrinho de Carlos Reutemann, em 04 de setembro de 2017, acompanhando a telemetria após testar carro da F4 Sul-americana no circuito uruguaio de Mercedes. Foto: Imprensa/F4 Sul-Americana

 

Com sua Brabham BT 44B com motor Ford durante o GP da Alemanha de 1975, em Nurburgring. Reutemann largou em décimo e venceu a corrida. Foto: Divulgação

 

Mimicha Reutemann e Maria Helena Fittipaldi, ex-esposas de Carlos Reutemman e Emerson Fittipaldi, em 22 de setembro de 1974, em Mosport, no Canadá. Foto: Phipps/Sutton Images/Corbi


      

  

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