Alberto Dualib, histórico presidente do Corinthians, morreu na noite da última terça-feira, aos 101 anos, após mais de um mês internado no Hospital Santa Catarina, em São Paulo-SP. A família não divulgou a causa da morte do histórico dirigente corintiano.
Dualib foi presidente do Corinthians entre 1993 e 21 de setembro de 2007, quando renunciou ao cargo após meses resistindo a diversas acusações do Ministério Público de ter cometido crimes como lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, estelionato e emissão de notas frias.
No Corinthians, Dualib foi um vencedor. Além de ter construído uma bela sede social no Parque São Jorge, ajudou a formalizar três parcerias, com o Banco Excel, o fundo de investimentos Hicks Muse Tate e Furst e a MSI, que resultaram em títulos para o futebol como as Copas do Brasil de 1995 e 2002, os campeonatos brasileiros de 1998, 99 e 2005, o campeonato mundial do ano 2000 e os campeonatos paulistas de 1995, 97. 99, 2001 e 2003.
Sua situação começou a ficar comprometida quando tanto ele quanto seu vice, Nesi Cury, foram acusados pelo Ministério Público de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha por conta da nebulosa parceria com a MSI. Segundo o promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, o rombo nos cofres alvinegros apenas com as notas frias chegou a R$ 2 milhões. Paralelamente, grupos de torcedores fundaram o movimento "Fora Dualib", que passou a fazer vigília no Parque São Jorge exigindo a renúncia do velho mandatário.
Grampos telefônicos colocaram definitivamente um fim à tentativa do cartola de se explicar ao apresentarem provas de que ele e seus asseclas negociaram o pagamento a um fiscal da Receita Federal para que o clube não fosse autuado. Além disso, Dualib e assessores foram pegos conversando sobre a forma como jogadores contratados pelo Timão receberiam dinheiro no exterior sem o pagamento de impostos.