O apresentador mais polêmico do país descarta entrar um dia para a política, mas garante que votará no seu parceiro do Grupo Bandeirantes, caso ele seja candidato em 2016: Voto, pois o Datena seria um grande Prefeito. Mas espero que ele não entre nessa gelada.”

O apresentador mais polêmico do país descarta entrar um dia para a política, mas garante que votará no seu parceiro do Grupo Bandeirantes, caso ele seja candidato em 2016: Voto, pois o Datena seria um grande Prefeito. Mas espero que ele não entre nessa gelada.”

O apresentador mais polêmico do país descarta entrar um dia para a política, mas garante que votará no seu parceiro do Grupo Bandeirantes, caso ele seja candidato em 2016: Voto, pois o Datena seria um grande Prefeito. Mas espero que ele não entre nessa gelada.”

Nessa terceira parte da entrevista, Milton afirma que existem bons cartolas no mundo do futebol, cita alguns e fala também do seu lado religioso. “Peço a Deus apenas segurança e saúde, o resto já está bom demais.”

Blog Salgueiro FC – Você votaria no Datena para prefeito de São Paulo?

Milton Neves – Eu votaria. Ele seria um grande prefeito, pois é uma pessoa direita. Mas eu já falei: Datena, por favor, larga disso. Ele não me respondeu, apenas deu um sorriso enigmático.

Assim como tenho certeza que o Corinthians já é campeão brasileiro, que o Santos vencerá a Copa do Brasil e que a seleção brasileira não tem nenhuma chance na Copa de 2018, também acredito que o Datena não vai se meter nessa gelada.

-  Mas por que você acha que seria uma gelada a sua candidatura?

- O Datena é muito querido pela direção da Bandeirantes. É, talvez, a pessoa mais importante do canal. Um sujeito muito forte e vai entrar numa gelada dessa? Deve ganhar seus 500, 700 mil por mês na Bandeirantes, sei lá e nem quero saber, e vai abrir mão para ganhar 25 mil como Prefeito? Vai levar porrada direto...

- Ser prefeito de uma cidade como São Paulo é muito difícil?

- Passa de avião por cima de São Paulo e você notará. Metem o pau no Haddad, na Luiz Erundina, que já foi prefeita, mas veja, é muito difícil ser prefeito de uma cidade como São Paulo.

Nos Estados Unidos, onde tenho viajado muito, é tudo simétrico, certinho. Aqui é tudo na base do puxadinho, uma vergonha! E eu fico com dó do povo, que mora mal demais.

- O que faria o Datena se candidatar?

´ É uma enorme sedução, pois saem pesquisas e ele está em segundo, primeiro, às vezes terceiro... O homem tem que ser vaidoso. A ausência de vaidade inibe o crescimento profissional em qualquer setor de atividade.

Se o Ademir da Guia (Ídolo do Palmeiras) tivesse vaidade teria sido outro astro. Ele está entre os dez melhores jogadores do mundo, mas esqueceram de avisar. Eu e o Datena somos vaidosos e acho que o profissional tem que ser assim, caso contrário ele estaciona na profissão. É igual a mulher bonita, como a Gisele Bundchen, quando convida você para sair, é difícil de resistir.

- A política não o fascina?

- Com política jamais vou me meter. Tem que existir política, assim como existe presidente, juiz de direito, magistrado, os grandes juristas... O mundo é dividido entre lixeiros, empresários, jornalistas, advogados, dentistas e demais profissões, mas a política é algo que não me apetece.

- Todo político é ladrão?

- Essa história de que todo político não presta e todo político é ladrão é um absurdo. É a mesma história no futebol, quando falam que todo cartola não presta ou que todo cartola é ladrão. Não é assim. Tem muita gente ruim, talvez a maior parte, mas tem muita gente boa também.

- No futebol é possível citar bons cartolas?

- Claro. Cito: Fernando Carvalho, do Internacional, André Koff, do Grêmio, esse cara é uma reserva moral que nós temos no país; Alexandre Kalil, do Atlético-MG, que é rico e não tem vaidade. O Kalil é novo e tem ainda o espírito de grandes dirigentes do passado, como Oswaldo Teixeira Duarte, Vicente Matheus, do Corinthians, que era outro puríssimo cartola.

Até mesmo esse Paulo Nobre, do Palmeiras, que não conheço, mas que enfia 150, 200 milhões de reais no clube e, por isso, é chamado de Palmeirinha. Existem sim, bons cartolas.

- O Milton Neves é um cara religioso?

-  Eu sou católico não praticante, mas converso com Deus quando chego para trabalhar. Antes de descer do carro, as pessoas ficam até olhando, mas eu rezo pela minha mãe, pelo meu pai, pela minha tia Antônia, que agora faleceu, para Jesus e Deus. E peço para que me ajude no que eu merecer e não me ajude no que eu não merecer. Deus ajuda quem merece. O cara que não merece logo mais quebra a cara.

- Deus tem sido bom com você?

- Eu só peço segurança e saúde e mais nada. Tenho algumas pendências a serem resolvidas, mas qualquer coisa que acontecer comigo hoje está tudo certo, não lamento nada. Seria esganado demais se eu exigisse mais alguma coisa. Está tudo bom demais!

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Foto: Divulgação

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