Se não for feira com inteligência, política de austeridade pode acabar custando caro ao clube. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Se não for feira com inteligência, política de austeridade pode acabar custando caro ao clube. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

A farra financeira promovida pelas últimas gestões corintianas renderam grandes resultados dentro de campo, evidentemente. No entanto, causaram um rombo sem precedentes nos cofres da equipe do Parque São Jorge que, hoje em dia, visando amenizar os prejuízos, não consegue competir no mercado da bola nem com times médios do futebol brasileiro. Atualmente, por exemplo, é mais fácil um jogador escolher jogar no Red Bull Bragantino, no Bahia ou no Atlético-GO do que no Timão. 

Não que a diretoria esteja errada. Em algum momento a farra realmente deveria acabar para que a situação financeira corintiana não entrasse em colapso - se já não entrou. Mas acontece que, no momento, o Alvinegro se vê entre a cruz e a espada, já que, se não investir em contratações, correrá sério risco de rebaixamento no Brasileirão 2021. E isso, é claro, acarretaria em um prejuízo ainda maior para o clube, que receberia na segunda divisão uma cota de TV mais modesta e, consequentemente, os patrocinadores também ofereceriam menos para estampar suas marcas na camisa alvinegra. 

Por isso, mesmo quebrado, o Corinthians precisa ir ao mercado para evitar um desastre ainda maior. Que busque ajuda de investidores, que faça empréstimos e, com o dinheiro que por ventura conseguir, que faça pontuais e certeiras contratações. 

Não tem como um time com o tamanho do Corinthians disputar um Brasileirão inteiro tendo Mosquito (com todo o respeito) como o seu principal jogador de ataque. O setor precisa ser urgentemente reforçado, mesmo que com oportunidades de mercado, com jogadores pouco utilizados por outros clubes. Sylvinho, que contra o Bahia só teve como escalar Jô como atacante, precisa pelo menos ter opções para conseguir agredir o adversário. 

Reforço que concordo com a política de austeridade da “nova" diretoria alvinegra. A farra com o dinheiro do clube precisava mesmo ter um ponto final. Mas, se ela não for feita com inteligência, pode acabar custando ainda mais caro para o Corinthians. 

 

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