Na chegada ao Rio, Marta não sabia se conseguiria um teste

Na chegada ao Rio, Marta não sabia se conseguiria um teste

Por UOL Esporte

Cinco vezes premiada como melhor atleta do mundo, a jogadora Marta relembrou o difícil começo no futebol. Preconceito, pobreza e descrença com o esporte foram algumas das barreiras que a meia-atacante enfrentou. Agora consagrada, Marta escreveu um relato em forma de carta de como foram seus primeiros passos.

Em uma das tentativas de ser jogadora, a então adolescente Marta ouviu de um dirigente. "Aqui não é lugar para mulheres".

Ela saiu da cidade de Dois Riachos, no Alagoas, para tentar a sorte no Rio de Janeiro. A viagem de ônibus durou três dias. Marta tinha 14 anos.

Na chegada ao Rio, Marta não sabia se conseguiria um teste. Após dias de espera, ela recebeu convite para fazer um teste no Vasco da Gama.

"Este ônibus deixará sua família e as 11 mil pessoas de Dois Riachos".

"Este ônibus vai levá-lo ao seu sonho. Seu sonho de se tornar uma futebolista profissional", escreveu, em terceira pessoa.

Contra jogadoras do time sub-19, Marta se destacou. Uma coordenadora do clube pediu para que Marta continuasse no grupo.

A partir daí, Marta ainda atuou em um time de Belo Horizonte antes de começar a despontar na seleção brasileira principal.

"Acredite em você mesma. Acredite nos teus instintos. E você vai descobrir por que Deus te deu este talento. Você não vai mais perguntar por quê. E as outras pessoas também não vão perguntar. Entre no ônibus", escreveu Marta.

Foto: Getty Images (retirada do portal UOL)

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