Estava escrito há 10.000 anos que em fevereiro de 1958, surgiria um negro, magrinho, que mudaria a história do futebol mundial. O primeiro a enxergar isso foi o pernambucano Nelson Rodrigues

Estava escrito há 10.000 anos que em fevereiro de 1958, surgiria um negro, magrinho, que mudaria a história do futebol mundial. O primeiro a enxergar isso foi o pernambucano Nelson Rodrigues


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Nelson Rodrigues no Maracanã cumprimentando acenando os populares

O melhor cronista esportivo brasileiro não entendia de futebol, mal enxergava os jogos, devido a sua visão problemática, mas tinha uma extrema sensibilidade para captar as situações e nunca falou definitivamente do esporte bretão e sim de seres humanos que usavam calções e chuteiras.

Foi o primeiro há exatos 56 anos a determinar quem seria o Rei do Futebol.“Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis. Uma delas é a de Pelé. Eu, com mais de quarenta, custo a crer que alguém possa ter dezessete anos, jamais. Pois bem: – verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racialmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: – ponham-no em qualquer rancho e a sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor”, trechos da sua coluna o “Personagem da Semana”, após a vitória do Santos sobre o América RJ por 5 a 3, em pleno estádio do Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo.

Nelson desenvolveu várias teses sobre futebol, entre elas a mais famosa é o “Complexo de Viras-Latas”, cujo teor era a falta de fé do brasileiro em si. Ele gostava de declarar que via o amor pelo buraco da fechadura e com o futebol criava os seus “Anjos & Demônios” a cada domingo, no Maracanã, apesar de mal enxergar o campo e não conseguir distinguir um time do outro.  

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