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Hortência, Fidel Castro e Magic Paula

Quantas jogadoras de basquete têm em seu currículo a disputa seis de campeonatos mundiais - FIBA , quatro campeonatos pré-olímpicos , quatro campeonatos pan-americanos  e dois Jogos Olímpicos ? Ou ter um título mundial de campeã mundial de basquete por seu país? E uma medalha de prata em olimpíadas para envergar no peito? Por tudo isso, Maria Paula Gonçalves da Silva, a Paula do basquete, recebeu o apelido de “Magic”, em alusão ao astro da NBA, Magic Johnson.

Teve sempre a rivalidade de Hortência, o que ajudou muito no crescimento do basquete feminino nacional. E juntas fizeram coisas de espantar a barba de Fidel Castro. Em pleno jogos pan-americanos de Havana, em 1991, as duas craques da bola ao cesto derrubaram o forte time cubano recebendo a admiração do “El Comandante”.

Três anos depois, espantaram o mundo derrubando as favoritas norte-americanas e chinesas no mundial da Austrália e na sequência levaram a medalha de prata nos jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996.

Isso sem contar os inúmeros títulos sul-americanos e nos recordes pessoais. Paula é a recordista de pontos da Seleção Brasileira adulta com 2.537 pontos.  Teve uma passagem rápida no Ministério do Esporte e pediu demissão após uma polêmica no Pan-Americano de Santo Domingo, em 2003.

Nestes 52 anos, completados neste dia 11 de março, a “Magic Paula” deve ter muitas histórias para contar. Mas não ouvimos há tempos falar em seu nome na mídia nacional.

A última notícia veio dos Estados Unidos, que a craque dos “Três pontos” havia entrado para o Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete.

Para um país que está a dois anos de sediar uma Olimpíada, deveria se ouvir mais uma ex-atleta com tantos méritos, experiência e sucesso na atividade que praticou.